Nacionalismo e hibridismos identitários no romance histórico Mulheres de Cinzas, de Mia Couto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Litterata |
Texto Completo: | http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2179 |
Resumo: | Mulheres de Cinzas, primeiro livro da trilogia histórica Areias do Imperador de Mia Couto, é um romance narrado sob a perspectiva de uma jovem moçambicana e de um soldado português alternadamente. Trata-se de um romance histórico sobre o período em que o Sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, último imperador do Estado de Gaza que, no final do século XIX, ameaçava o domínio colonial. Este artigo é resultado de um estudo da obra, com a finalidade de investigar o papel da língua como construção da identidade individual e coletiva numa sociedade em conflito entre colonizados e colonizadores, e a hibridez entre ambos como marca da experiência colonial. Parte-se, inicialmente, dos estudos históricos de Erick Hobsbawm sobre nação, língua e nacionalismo, a partir de 1780, para compreender como a maioria dos países ocidentais construiu esses conceitos. Em seguida, o romance é analisado como narrativa performativa sobre a nação, considerando seu contexto de produção (Moçambique pós-colonial), entendendo o termo “performativo” na acepção concebida por Homi Bhabha e suas reflexões sobre identidade. Nesse contexto, a língua é percebida não como um elemento de comunicação apenas, mas também de conflito no espaço lusófono. |
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Nacionalismo e hibridismos identitários no romance histórico Mulheres de Cinzas, de Mia CoutoMulheres de Cinzas, primeiro livro da trilogia histórica Areias do Imperador de Mia Couto, é um romance narrado sob a perspectiva de uma jovem moçambicana e de um soldado português alternadamente. Trata-se de um romance histórico sobre o período em que o Sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, último imperador do Estado de Gaza que, no final do século XIX, ameaçava o domínio colonial. Este artigo é resultado de um estudo da obra, com a finalidade de investigar o papel da língua como construção da identidade individual e coletiva numa sociedade em conflito entre colonizados e colonizadores, e a hibridez entre ambos como marca da experiência colonial. Parte-se, inicialmente, dos estudos históricos de Erick Hobsbawm sobre nação, língua e nacionalismo, a partir de 1780, para compreender como a maioria dos países ocidentais construiu esses conceitos. Em seguida, o romance é analisado como narrativa performativa sobre a nação, considerando seu contexto de produção (Moçambique pós-colonial), entendendo o termo “performativo” na acepção concebida por Homi Bhabha e suas reflexões sobre identidade. Nesse contexto, a língua é percebida não como um elemento de comunicação apenas, mas também de conflito no espaço lusófono.Editus2018-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2179Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões; v. 8 n. 2 (2018): As literaturas africanas de todas as línguas: saberes e sentidos de resistência cultural; 30-412526-48502237-0781reponame:Litteratainstname:Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)instacron:UESCporhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2179/pdfCopyright (c) 2018 Adriano Carlos Mourainfo:eu-repo/semantics/openAccessMoura, Adriano Carlos2019-11-27T09:10:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2179Revistahttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/oai2526-48502237-0781opendoar:2019-11-27T09:10:09Litterata - Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)false |
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