As armadilhas do discurso: sofística e retórica em Um copo de cólera, de Raduan Nassar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Litterata |
Texto Completo: | http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/545 |
Resumo: | O estudo do paratexto do escritor e jornalista paulista Raduan Nassar pode indicar pistas pertinentes para a exegese de seus textos ficcionais, que revelem referências literárias ou teóricas indicadoras de uma determinada visão do mundo. Esse procedimento mostra-se eficaz no que tange à sofística e a sua “arte do discurso”, pois permite estabelecer um diálogo intertextual entre Um copo de cólera e O sofista, de Platão. O vínculo entre prática oratória e combate aponta para uma interpretação bem específica da extrema violência que permeia a briga do casal de protagonistas no texto de Raduan Nassar. Tal conflito adquiriria, por momentos, contornos lúdicos, calcados no distanciamento e no cálculo estratégico postos em prática num exercício de manipulação recíproca. O exame de numerosos indícios textuais comprova que os protagonistas são oradores que, embora experientes, não escapam às armadilhas discursivas. O leitor também não sai ileso dessa experiência. Com efeito, a leitura de Um copo de cólera pela lente da sofística e da retórica constitui tanto uma aprendizagem que transcende esse texto quanto uma ferramenta, convertido em ferramenta efi caz para a interpretação de outros discursos, ficcionais ou não. |
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As armadilhas do discurso: sofística e retórica em Um copo de cólera, de Raduan NassarO estudo do paratexto do escritor e jornalista paulista Raduan Nassar pode indicar pistas pertinentes para a exegese de seus textos ficcionais, que revelem referências literárias ou teóricas indicadoras de uma determinada visão do mundo. Esse procedimento mostra-se eficaz no que tange à sofística e a sua “arte do discurso”, pois permite estabelecer um diálogo intertextual entre Um copo de cólera e O sofista, de Platão. O vínculo entre prática oratória e combate aponta para uma interpretação bem específica da extrema violência que permeia a briga do casal de protagonistas no texto de Raduan Nassar. Tal conflito adquiriria, por momentos, contornos lúdicos, calcados no distanciamento e no cálculo estratégico postos em prática num exercício de manipulação recíproca. O exame de numerosos indícios textuais comprova que os protagonistas são oradores que, embora experientes, não escapam às armadilhas discursivas. O leitor também não sai ileso dessa experiência. Com efeito, a leitura de Um copo de cólera pela lente da sofística e da retórica constitui tanto uma aprendizagem que transcende esse texto quanto uma ferramenta, convertido em ferramenta efi caz para a interpretação de outros discursos, ficcionais ou não.Editus2015-07-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/545Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões; v. 1 n. 1 (2011): Estudos literários em perspectiva interdisciplinar; 315-3382526-48502237-0781reponame:Litteratainstname:Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)instacron:UESCporhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/545/579Copyright (c) 2015 Luciana Wrege Rassierinfo:eu-repo/semantics/openAccessRassier, Luciana Wrege2017-10-26T20:47:50Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/545Revistahttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/oai2526-48502237-0781opendoar:2017-10-26T20:47:50Litterata - Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)false |
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