AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DAS COMUNIDADES CANDOMBLECISTAS AFRO-BRASILEIRAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Communitas |
Texto Completo: | https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/1831 |
Resumo: | O presente texto constrói uma teia significativa e bibliográfica sobre a etnografia conceitual das vivências de mundo usados pelos candomblecistas que através de elementos potenciais e significativos como ancestralidade, natureza, oralidade, danças, entre outros, constroem seus conhecimentos. São conhecidos como povos culturais tradicionais, e seu veículo base de aprendizagem é a oralidade. Quando utilizados nas práticas educativas de seus iniciados após confirmação pelos jogos de búzios “consulta de significados orais ancestrais”, ocorre o início da formação humana e pedagógica candomblecista. Não dicotomizaremos a presença da escrita nesta pesquisa, apesar de encontrarmos relatos da sua existência como método de fixação pedagógica. Este ensaio é resultado também de uma observação in loco realizada em um terreiro de Ketú, município de Jaboatão dos Guararapes/Pe. Corroboram ainda com esta temática candomblecistas, documentários, livros e artigos. À luz das ordenações esclarecedoras de Boaventura de Sousa Santos (2009), em sua pesquisa Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes, onde aponta formas de cristalizar as epistemologias monoculturais e hegemônicas que, ao acessar pensamentos multiculturais neste caso uma “pedagogia candomblecista” o aprender a aprender vai para além da relação “coisificada”, visa a linha pós-abissal. Entretanto, a educação contemporânea desenvolve a linguagem dinâmica em suas práticas pedagógicas, com teorias e metodologias que contemple educador/educando. A Aprendizagem Significativa criada por David Ausubel (2000) utiliza organizadores prévios para estruturar os processos de novas informações que irão se estabelecerem e formarem novos saberes dentro de uma perspectiva onde as peças bases serão: a disponibilidade do aluno/abiã em querer passar pelos processos de aprendizagem e o material pedagógico que terá que ser de alta complexidade sendo potencialmente significativo. Aprendizagem sendo significativamente na sua formação tornará crítico, autônomo, pesquisador, anunciando a teoria de David Ausubel para o século XXI como uma proposta transformadora amplificando sua concepção para uma aprendizagem com significados. |
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