Aspectos do processo de nasalização automática em uma variedade do português falado no Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Ana Maria Santos de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2181
Resumo: The nasalization is considered to be one of the phonological and phonetic features which distinguish Portuguese from several other languages; it is, therefore, considered to be one of the most important features of Portuguese language. According to Câmara Jr. (1970), the nasal vowels result from the contact between a vowel and a nasal consonant. That hypothesis is, in this study, considered as the general rule guiding the nasalization phenomenon of the vowel in Portuguese. From what we call a general rule, we can consider two types of nasalization: One is usually called contrastive or phonemic nasalization, for having distinctive function, and the other is called automatic or phonetic nasalization since it doesn´t distinguish any meaning. Based on the presumptions of autossegmental phonology, we study, in this research, the nasalization process of a variety of spoken Portuguese in Recife. We emphasize on the automatic nasalization process which occurs when a vowel assimilates the nasal feature of the nasal consonant of the following syllable, for example, in [ˈkama] (bed) and [mĩˈɲᴐka] (worm).Considering the general rule determining that a vowel is nasalized before a nasal consonant, we seek to describe that factors, in the nasalization process called up till now automatic nasalization, favor the following realization´s possibilities: (i) the vowel, even before a nasal consonant, suffers variation, in other words, it can be nasalized or not, or (ii) the vowel, even before a nasal consonant considered the trigger leading to the process of the vowel nasalization in Portuguese, is never nasalized. In order to undertake this study, we selected excerpts of interviews collected by NURC/RE Project, containing words that havea vowel followed by a nasal consonant and divided into groups. For these groups, we consider the linguistic factors that can facilitate or block nasalization rule. The selected factors were: the syllabic structure, the point of articulation of the nasal consonant and the accentual context of the vowel target of nasalization. The results show that these factors have a role in the categorization of vowel nasalization rule as well as in its optionality or blockage.
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From what we call a general rule, we can consider two types of nasalization: One is usually called contrastive or phonemic nasalization, for having distinctive function, and the other is called automatic or phonetic nasalization since it doesn´t distinguish any meaning. Based on the presumptions of autossegmental phonology, we study, in this research, the nasalization process of a variety of spoken Portuguese in Recife. We emphasize on the automatic nasalization process which occurs when a vowel assimilates the nasal feature of the nasal consonant of the following syllable, for example, in [ˈkama] (bed) and [mĩˈɲᴐka] (worm).Considering the general rule determining that a vowel is nasalized before a nasal consonant, we seek to describe that factors, in the nasalization process called up till now automatic nasalization, favor the following realization´s possibilities: (i) the vowel, even before a nasal consonant, suffers variation, in other words, it can be nasalized or not, or (ii) the vowel, even before a nasal consonant considered the trigger leading to the process of the vowel nasalization in Portuguese, is never nasalized. In order to undertake this study, we selected excerpts of interviews collected by NURC/RE Project, containing words that havea vowel followed by a nasal consonant and divided into groups. For these groups, we consider the linguistic factors that can facilitate or block nasalization rule. The selected factors were: the syllabic structure, the point of articulation of the nasal consonant and the accentual context of the vowel target of nasalization. The results show that these factors have a role in the categorization of vowel nasalization rule as well as in its optionality or blockage.A nasalização é considerada uma das características fonológicas e fonéticas que distinguem o português de várias outras línguas, sendo, por essa razão, considerada o traço mais característico da língua portuguesa. De acordo com Câmara Jr. (1970), as vogais nasais resultam do encontro de uma vogal com uma consoante nasal. Essa hipótese é considerada, neste estudo, a regra geral para que haja o fenômeno de nasalização da vogal em português. Partindo do que estamos chamando de regra geral, podemos considerar dois tipos de nasalização. Uma delas é chamada, usualmente, nasalidade contrastiva ou fonêmica, por ter função distintiva, enquanto que a outra é, geralmente, chamada de nasalização automática ou fonética, uma vez que não distingue significados. Com base nos pressupostos da fonologia autossegmental estudamos, nesta pesquisa, o processo de nasalização de uma variedade do português falado no Recife, dando ênfase ao processo de nasalização automática, que ocorre quando uma vogal assimila o traço nasal da consoante nasal da sílaba seguinte, como, por exemplo, em [ˈkãma] (cama) e [mĩˈɲᴐka] (minhoca). Considerando a regra geral, que determina que uma vogal seja nasalizada diante de uma consoante nasal, tentamos descrever que fatores, no processo de nasalização que até agora tem sido chamado nasalização automática, favorecem as seguintes possibilidades de realizações: (i) que uma vogal, mesmo diante de uma consoante nasal, sofra variação, ou seja, pode realizar-se tanto nasal quanto oral ou (ii) que a vogal, mesmo diante da consoante nasal considerada o gatilho para o processo de nasalização de vogais em Português, nunca tenha a realização nasal. Para a execução deste trabalho, selecionamos, dos dados do projeto NURC/Recife, palavras contendo uma vogal seguida de uma consoante nasal e as dividimos em grupos. Para esses agrupamentos, consideramos os fatores linguísticos que podem favorecer ou bloquear a regra de nasalização. Os fatores selecionados foram os seguintes: a estrutura silábica, o ponto de articulação da consoante nasal e o contexto acentual da vogal alvo da nasalização. Os resultados mostraram que esses fatores têm um papel tanto na categorização da regra de nasalização da vogal quanto na sua opcionalidade ou bloqueio.Universidade Federal de AlagoasBrasilPrograma de Pós-Graduação em Letras e LinguísticaUFALOliveira Jr, Miguel José Alveshttp://lattes.cnpq.br/2507102865905963Costa, Januacele Francisca dahttp://lattes.cnpq.br/0804348161687349Payão, Luzia Miscow da Cruzhttp://lattes.cnpq.br/0784412745833099Cardoso, João Henrique da Costahttp://lattes.cnpq.br/8818923303967337Mendonça, Ana Maria Santos de2017-10-31T18:39:05Z2017-10-302017-10-31T18:39:05Z2015-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMENDONÇA, Ana Maria Santos de. Aspectos do processo de nasalização automática em uma variedade do português falado no Recife. 2015. 73 f. 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