Capitalismo monopolista: produção e reprodução da violência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Bárbara Bento dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/5862
Resumo: The present study aims to investigate violence in monopoly capitalism, elucidating the essential determinations within the relation of exploitation of capital over labor. We seek to analyze the economic character of violence in the process of institution of the capitalist production mode, revealing how violence is used to exercise relations of domination and servitude. The research is based on a historical-critical perspective, principally in: Karl Marx, in his work O Capital (1996, 1988), in chapters XXIII and XXIV of Volume II and in chapter XIII of Volume IV; István Mészáros, his work Para além do capital: rumo a uma teoria de transição (2011) and O desafio e o fardo do tempo histórico (2007); Friedrich Engels, in O papel da violência na história (1974) and A origem da família, da propriedade privada e do Estado (2012), as well as other scholars, such as: Paul Baran and Paul Sweezy, in his work Capitalismo monopolista: ensaio sobre a ordem econômica e social americana (1978); Harry Braverman, in Trabalho e capital monopolista: degradação do trabalho no século XX (1987), among others. In order to carry out our study, we used the research of a bibliographic nature, as well as the immanent analysis of the selected texts. In the process of research, it was seized that the social function of violence in the historical process is closely linked to the economic situation of a certain production mode, it constitutes the primitive element of economic power, having as a material basis private property and class division. However, for violence to be used as a medium, for one power to overlap another, it needs instruments such as weapons, the use of direct force, and the State. This is evident in the transition process known as the Primitive Accumulation, in which violence was used in a direct, legalized and institutionalized way by the State, through the Laws of Enclosure and Bleaching, removing the peasants from their lands and their means of production, allied to the institution of a bloody legislation that created the free proletariat, giving the conditions of the constitution of the capitalist mode of production, completing the process of ascension of the bourgeoisie as a ruling class. In monopoly capitalism, this phenomenon becomes more complex, its unfolding reaches all spheres of social life, for example, with the emergence of the Universal Market – a result of the concentration and centralization of capital – all dimensions of social life are absorbed and transformed into commodities; the labor relations are modified with the insertion of scientific management in the capitalist production process, resulting in an intensification of the extraction of the relative surplus value and increase of the relative superpopulation; and the social function of the State, which takes on new dimensions by entering as administrator of the economic spheres of production and control; production and consumption; production and circulation, intensifying extra-economic violence through the military-industrial complex, in which, as it is capable of absorbing the great surplus produced by monopoly capitalism, it is also able, through wars, to endanger the very existence of its own humanity. In this way, violence directly affects social life, its expressions are produced and reproduced according to the determinations of the sociometabolic system of capital, and its condition of existence is based on the material needs of capitalist reproduction.
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The research is based on a historical-critical perspective, principally in: Karl Marx, in his work O Capital (1996, 1988), in chapters XXIII and XXIV of Volume II and in chapter XIII of Volume IV; István Mészáros, his work Para além do capital: rumo a uma teoria de transição (2011) and O desafio e o fardo do tempo histórico (2007); Friedrich Engels, in O papel da violência na história (1974) and A origem da família, da propriedade privada e do Estado (2012), as well as other scholars, such as: Paul Baran and Paul Sweezy, in his work Capitalismo monopolista: ensaio sobre a ordem econômica e social americana (1978); Harry Braverman, in Trabalho e capital monopolista: degradação do trabalho no século XX (1987), among others. In order to carry out our study, we used the research of a bibliographic nature, as well as the immanent analysis of the selected texts. In the process of research, it was seized that the social function of violence in the historical process is closely linked to the economic situation of a certain production mode, it constitutes the primitive element of economic power, having as a material basis private property and class division. However, for violence to be used as a medium, for one power to overlap another, it needs instruments such as weapons, the use of direct force, and the State. This is evident in the transition process known as the Primitive Accumulation, in which violence was used in a direct, legalized and institutionalized way by the State, through the Laws of Enclosure and Bleaching, removing the peasants from their lands and their means of production, allied to the institution of a bloody legislation that created the free proletariat, giving the conditions of the constitution of the capitalist mode of production, completing the process of ascension of the bourgeoisie as a ruling class. In monopoly capitalism, this phenomenon becomes more complex, its unfolding reaches all spheres of social life, for example, with the emergence of the Universal Market – a result of the concentration and centralization of capital – all dimensions of social life are absorbed and transformed into commodities; the labor relations are modified with the insertion of scientific management in the capitalist production process, resulting in an intensification of the extraction of the relative surplus value and increase of the relative superpopulation; and the social function of the State, which takes on new dimensions by entering as administrator of the economic spheres of production and control; production and consumption; production and circulation, intensifying extra-economic violence through the military-industrial complex, in which, as it is capable of absorbing the great surplus produced by monopoly capitalism, it is also able, through wars, to endanger the very existence of its own humanity. In this way, violence directly affects social life, its expressions are produced and reproduced according to the determinations of the sociometabolic system of capital, and its condition of existence is based on the material needs of capitalist reproduction.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorO presente estudo tem por finalidade investigar a violência no capitalismo monopolista, elucidando as determinações essenciais existentes no interior da relação de exploração do capital sobre o trabalho. Buscamos analisar o caráter econômico da violência no processo de instituição do modo de produção capitalista, revelando de que forma a violência é utilizada para exercer relações de dominação e servidão. A pesquisa está fundamentada sob uma perspectiva histórico-crítica, prioritariamente nas obras de: Karl Marx, em O Capital (1996; 1988), nos capítulos XXIII e XXIV do Volume II e no capítulo XIII do Volume IV; István Mészáros, no Para além do capital: rumo a uma teoria de transição (2011) e O desafio e o fardo do tempo histórico (2007); Friedrich Engels, em O papel da violência na história (1974) e A origem da família, da propriedade privada e do Estado (2012), assim como outros estudiosos como: Paul Baran e Paul Sweezy, em sua obra Capitalismo monopolista: ensaio sobre a ordem econômica e social americana (1978); Harry Braverman, em Trabalho e capital monopolista: degradação do trabalho no século XX (1987), entre outros. Para realização do nosso estudo, utilizamos a pesquisa de natureza bibliográfica, bem como, da análise imanente dos textos selecionados. No processo de pesquisa, apreendeu-se que a função social da violência no processo histórico está intimamente ligada a situação econômica de determinado modo de produção, ela constitui o elemento primitivo do poder econômico, tendo por base material a propriedade privada e a divisão de classes. Entretanto, para que a violência seja utilizada como meio de um poder se sobrepor a outro, necessita de instrumentos como: as armas, o uso da força direta e o Estado. Isso se evidencia no processo de transição denominado Acumulação Primitiva, na qual a violência foi utilizada de forma direta, legalizada e institucionalizada pelo Estado, por meio das leis de Cercamento e Clareamento, destituindo os camponeses de suas terras e seus meios de produção, aliado à instituição de uma legislação sanguinária que criou o proletariado livre, dando as condições da constituição do modo de produção capitalista, completando o processo de ascensão da burguesia enquanto classe dominante. No capitalismo monopolista, esse fenômeno se complexifica, seus desdobramentos atingem todas as esferas da vida social, como por exemplo, com o surgimento do Mercado Universal – resultado da concentração e centralização de capital – todas as dimensões da vida social são absorvidas e transformadas em mercadorias; as relações de trabalho são modificadas com a inserção da gerência científica no processo de produção capitalista, resultando numa intensificação da extração da mais-valia relativa e aumento da superpopulação relativa; e a função social do Estado que toma novas dimensões ao adentrar como administrador das esferas econômicas de produção e controle; produção e consumo; produção e circulação, intensificando a violência extra econômica através do complexo militar-industrial, na qual, à medida que é capaz de absorver o grande excedente produzido pelo capitalismo dos monopólios, consegue também, através das guerras, pôr em risco iminente a existência da própria humanidade. Deste modo, a violência repercute diretamente sobre a vida social, suas expressões são produzidas e reproduzidas de acordo com as determinações do sistema sociometabólico do capital, e sua condição de existência tem por base as necessidades materiais de reprodução capitalista.Universidade Federal de AlagoasBrasilPrograma de Pós-Graduação em Serviço SocialUFALSantos, Edlene Pimentelhttp://lattes.cnpq.br/5186876508782366Costa, Gilmaisa Macedo dahttp://lattes.cnpq.br/4400840384004812Bezerra, Angélica Luiza Silvahttp://lattes.cnpq.br/1305340622803849Santos, Bárbara Bento dos2019-09-03T19:14:23Z2019-08-122019-09-03T19:14:23Z2019-06-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Bárbara Bento dos. Capitalismo monopolista: produção e reprodução da violência. 2019. 127 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2019.http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/5862porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFAL2019-09-03T19:14:23Zoai:www.repositorio.ufal.br:riufal/5862Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:2019-09-03T19:14:23Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false
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