A mobilidade espacial do trabalho no Sertão de Alagoas: a migração dos camponeses da Serra do Cavalo / Água Branca e do Povoado Ouricuri / Pariconha, rumo ao corte de cana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Feitoza, Gleiton do Nascimento
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3659
Resumo: This research presents a reflection on the spatial mobility of the work in the Sertão de Alagoas, with as a cut the migration of the peasants of Serra do Cavalo / Água Branca and Ouricuri / Pariconha towards the sugarcane cutting. This research has a qualitative and quantitative character, having the questionnaire as instrument of data collection. As for the theoretical contribution, based mainly on a Marxist analysis, where made use of Gaudemar (1977), Cardoso (2016), Gomes (2009), Albuquerque (2014), Oliveira (2007), Almeida e Silva (2009)) among others. The empirical part was based on community visits and data collection through peasant reports. Analyze the historical context of labor mobility in capitalism, and how the displacements were established in Brazil, as well as the process of seasonal subsumption of the peasantry class to capital, but which is part of the phenomenon called recreation of the peasantry, which aims at class reproduction Social. It was found that migration is part of the strategies of survival of the peasantry, which let itself be subjugated by capital. The research also offers a reflection on the singularity present in the displacements of each one of the communities, including the indigenous peasants without distinction of their ends. Thus, it was possible to verify that both the peasants of the Serra do Cavalo / Água Branca and the indigenous peasants of the Ouricuri / Pariconha, when migrating seasonally to the sugarcane cutting, do this as an alternative to reproduce as social class or traditional people in the case of the Geripankó of Ouricuri. In this way, mobility in this sense is considered as resistance to the abusive practices of capital. By migrating, these peasants demonstrate how contradictory is the capitalist system of production, where at the same time as it tries to alienate the peasantry from the means of production, it creates alternatives for the reproduction of its way of life. In this sense the peasant establishes a non-capitalist social relation within capitalismo even submitted to its injunctions. Thus, the peasantry in a cyclical movement always tries to reinvent itself and resist in an increasingly capitalist society, recreating itself as a social class.
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Analyze the historical context of labor mobility in capitalism, and how the displacements were established in Brazil, as well as the process of seasonal subsumption of the peasantry class to capital, but which is part of the phenomenon called recreation of the peasantry, which aims at class reproduction Social. It was found that migration is part of the strategies of survival of the peasantry, which let itself be subjugated by capital. The research also offers a reflection on the singularity present in the displacements of each one of the communities, including the indigenous peasants without distinction of their ends. Thus, it was possible to verify that both the peasants of the Serra do Cavalo / Água Branca and the indigenous peasants of the Ouricuri / Pariconha, when migrating seasonally to the sugarcane cutting, do this as an alternative to reproduce as social class or traditional people in the case of the Geripankó of Ouricuri. In this way, mobility in this sense is considered as resistance to the abusive practices of capital. By migrating, these peasants demonstrate how contradictory is the capitalist system of production, where at the same time as it tries to alienate the peasantry from the means of production, it creates alternatives for the reproduction of its way of life. In this sense the peasant establishes a non-capitalist social relation within capitalismo even submitted to its injunctions. Thus, the peasantry in a cyclical movement always tries to reinvent itself and resist in an increasingly capitalist society, recreating itself as a social class.Esta pesquisa apresenta uma reflexão sobre a mobilidade espacial do trabalho no Sertão de Alagoas, tendo como recorte a migração dos camponeses da Serra do Cavalo/Água Branca e Ouricuri/Pariconha rumo ao corte da cana. Esta pesquisa tem um caráter qualitativo e quantitativo, tendo o questionário como instrumento da coleta de dados. Quanto ao aporte teórico, baseando-se principalmente em uma análise de cunho marxista, onde fizemos usos de Gaudemar (1977), Cardoso (2016), Gomes (2009), Albuquerque (2014), Oliveira (2007), Almeida e Silva (2009) entre outros. A parte empírica baseou-se em visitas as comunidades e a coleta de dados por meio de relatos dos camponeses. Analisou-se o contexto histórico da mobilidade do trabalho no capitalismo, e como os deslocamentos se estabeleceram no Brasil, assim como o processo de subsunção sazonal da classe camponesa ao capital, mas que faz parte do fenômeno denominado recriação do campesinato, que visa a reprodução da classe social. Constatou-se com isso que a migração é parte das estratégias de sobrevivência da classe camponesa, que deixar-se ser subjugada pelo capital. A pesquisa oferece também uma reflexão sobre a singularidade presente nos deslocamentos de cada uma das comunidades, inclusive dos camponeses indígenas sem distinção dos seus fins. Assim foi possível constatar que tanto camponeses da Serra do Cavalo/Água Branca quanto os camponeses indígenas do Ouricuri/Pariconha ao migrarem sazonalmente rumo ao corte da cana, fazem isso como uma alternativa de se reproduzirem enquanto classe social, ou povos tradicionais no caso dos Geripankó do Ouricuri. Dessa forma, a mobilidade nesse sentido é tida como resistência as práticas abusivas do capital. Ao migrar, esses camponeses demonstram o quão é contraditório o sistema de produção capitalista, onde ao mesmo tempo em que tenta afastar o camponês dos meios de produção, cria alternativas de reprodução do seu modo de vida. Nesse sentido o camponês estabelece uma relação social não capitalista dentro do capitalismo mesmo submetido as suas injunções. Assim, o campesinato em um movimento cíclico procura sempre se reinventar e resistir numa sociedade cada vez mais capitalista, recriando-se enquanto classe social.Universidade Federal de AlagoasBrasilCurso de GeografiaUFALLima, Lucas Gamahttp://lattes.cnpq.br/3038677444493039Fechine, José Alegnoberto Leitehttp://lattes.cnpq.br/0122734956600182Lima, Aruã Silva dehttp://lattes.cnpq.br/7366450114058190Feitoza, Gleiton do Nascimento2019-01-03T13:55:02Z2019-01-03T13:55:02Z2018-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfFEITOZA, Gleiton do Nascimento. A mobilidade espacial do trabalho no Sertão de Alagoas: a migração dos camponeses da Serra do Cavalo / Água Branca e do Povoado Ouricuri / Pariconha, rumo ao corte de cana. 2018. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) - Unidade Delmiro Gouveia-Campus do Sertão, Universidade Federal de Alagoas, Delmiro Gouveia, 2018.http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3659porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFAL2021-09-13T14:11:15Zoai:www.repositorio.ufal.br:riufal/3659Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:2021-09-13T14:11:15Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false
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