A Região Metropolitana de Manaus e a metropolização do espaço: a expansão imobiliária em Iranduba e uma nova configuração geográfica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3266 |
Resumo: | A criação da Região Metropolitana de Manaus por meio da Lei Complementar 052/2007, trouxe importantes mudanças no que se refere à produção do espaço geográfico da margem direita do rio Negro. A criação de uma região metropolitana singular, que não estava inserida num contexto de espaço adensado e conurbado, como as regiões metropolitanas criadas na década de 1970 e que possuíam essas características, ganha, contudo, legitimidade jurídica ao ser votada e aprovada na Assembléia Legislativa do Amazonas. Dessa forma, tem-se uma região metropolitana num espaço que na sua essência não é totalmente (ainda) metropolitano, se considerar-se a realidade e o conceito de região metropolitana e a realidade para a qual foram criados. Por outro lado, a legitimidade jurídica de um recorte territorial como a região metropolitana não pode ser negado, pois existe um conselho e um Plano Diretor, além da legalidade de uma ação compartilhada entre o governo estadual e os governos municipais no que se refere aos municípios que compõem a RMM. Dessa forma, há plena possibilidade de se implementarem políticas públicas e ações privadas nas áreas próximas à metrópole (Manaus). Isso pode ser observado com o zoneamento estabelecido no Plano Diretor Metropolitano da RMM, em que divide o espaço entre Manaus e Iranduba em áreas como as de expansão habitacional, industrial, agrícola e de preservação. No contexto desta pesquisa, pretende-se analisar especificamente a questão que envolve a expansão habitacional, em suas dimensões públicas e privadas, especialmente nestas últimas, pois mesmo antes da inauguração da ponte Rio Negro já se percebia a valorização de terras entre Manaus e Iranduba. Ao ser inaugurada em outubro de 2011, a ponte se tornou um importante indutor de expansão do mercado imobiliário entre esses dois municípios, o que pode ser constatado pelo número de empreendimentos que se estabelecem, tanto vinculados à compra e venda de terras quanto da construção de imóveis. Tal realidade se constitui num processo de metropolização do espaço, uma metropolização que se distingue das realidades das primeiras regiões metropolitanas brasileiras por se tratar de um processo induzido, ou seja, primeiro se criou a RMM para depois se estabelecer as dinâmicas vinculadas às ações políticas e do capital privado na produção e expansão imobiliária, configurando nova Geografia no âmbito da realidade urbano-regional na Amazônia Ocidental. |
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