Avaliação da rentabilidade dos ativos financeiros brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3333 |
Resumo: | No final do século XX, a economia brasileira passou por uma forte turbulência, com altas taxas de inflação e planos econômicos fracassados. Nessa época, a variação do retorno dos ativos pode ser atribuída, dentre outros fatores, à forte correlação entre as volatilidades das taxas de juros e de câmbio. Assim, as volatilidades cruzadas da rentabilidade dos ativos financeiros indexados às diversas taxas de juros existentes no Brasil, bem como à taxa de câmbio os ativos acabavam impactando o nível das taxas de juros e de câmbio no mercado financeiro no período. Dessa forma, na época um bom negócio era administrar recursos de terceiros por algum tempo, não remunerados ou remunerados, aplicando-se as taxas abaixo das oferecidas pela "ciranda financeira". Portanto, uma empresa ruim sob o ponto de vista operacional, poderia servir para gerar fluxos de caixa favoráveis para serem aplicados no mercado financeiro e se tomar lucrativa. Com efeito, o Brasil vem praticando uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Adicionalmente, a taxa de câmbio brasileira atravessou períodos de excessiva variação, ocorrendo forte sobrevalorização recente. A sobrevalorização cambial tem impactos diretos no desempenho econômico-financeiro de empresas, famílias e governo. Assim, uma taxa de juros mais elevada por um lado incentiva a formação de poupança das famílias, por outro, eleva o custo de captação de recursos bancários das empresas e da dívida pública mobiliária. Analogamente, uma taxa de câmbio valorizada incentiva as importações e gastos no exterior, tornando as exportações menos competitivas internacionalmente e o custo dos bens não-transacionáveis brasileiros mais elevados. Além disso, a forte volatilidade das taxas de juros e de câmbio pode ocasionar distorções nos preços relativos de mercado, levando a transferências de rendas dos segmentos econômicos menos habilitados a avaliar a conjuntura de mercado para os mais informados tecnicamente. A obtenção e informação sobre o comportamento dos ativos financeiros possibilita maior eficiência econômico-financeira. O registro e análise das informações sobre os ativos e aplicações financeiras tonaram-se mais estratégicos a partir da estabilização da economia do Brasil, em 1994. |
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Avaliação da rentabilidade dos ativos financeiros brasileirosAtivos financeirosRentabilidade comparadaBrasilCIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: ADMINISTRAÇÃONo final do século XX, a economia brasileira passou por uma forte turbulência, com altas taxas de inflação e planos econômicos fracassados. Nessa época, a variação do retorno dos ativos pode ser atribuída, dentre outros fatores, à forte correlação entre as volatilidades das taxas de juros e de câmbio. Assim, as volatilidades cruzadas da rentabilidade dos ativos financeiros indexados às diversas taxas de juros existentes no Brasil, bem como à taxa de câmbio os ativos acabavam impactando o nível das taxas de juros e de câmbio no mercado financeiro no período. Dessa forma, na época um bom negócio era administrar recursos de terceiros por algum tempo, não remunerados ou remunerados, aplicando-se as taxas abaixo das oferecidas pela "ciranda financeira". Portanto, uma empresa ruim sob o ponto de vista operacional, poderia servir para gerar fluxos de caixa favoráveis para serem aplicados no mercado financeiro e se tomar lucrativa. Com efeito, o Brasil vem praticando uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Adicionalmente, a taxa de câmbio brasileira atravessou períodos de excessiva variação, ocorrendo forte sobrevalorização recente. A sobrevalorização cambial tem impactos diretos no desempenho econômico-financeiro de empresas, famílias e governo. Assim, uma taxa de juros mais elevada por um lado incentiva a formação de poupança das famílias, por outro, eleva o custo de captação de recursos bancários das empresas e da dívida pública mobiliária. Analogamente, uma taxa de câmbio valorizada incentiva as importações e gastos no exterior, tornando as exportações menos competitivas internacionalmente e o custo dos bens não-transacionáveis brasileiros mais elevados. Além disso, a forte volatilidade das taxas de juros e de câmbio pode ocasionar distorções nos preços relativos de mercado, levando a transferências de rendas dos segmentos econômicos menos habilitados a avaliar a conjuntura de mercado para os mais informados tecnicamente. A obtenção e informação sobre o comportamento dos ativos financeiros possibilita maior eficiência econômico-financeira. O registro e análise das informações sobre os ativos e aplicações financeiras tonaram-se mais estratégicos a partir da estabilização da economia do Brasil, em 1994.VoluntárioUniversidade Federal do AmazonasBrasilAdministraçãoFaculdade de Estudos SociaisPROGRAMA PIBIC 2012UFAMWaldemar Antônio da Rocha de SouzaPedro Magno Vieira Rodrigues2016-09-23T15:26:31Z2016-09-23T15:26:31Z2013-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporthttp://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3333application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2021-11-16T22:11:16Zoai:localhost:prefix/3333Repositório InstitucionalPUBhttp://riu.ufam.edu.br/oai/requestopendoar:2021-11-16T22:11:16Repositório Institucional da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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No final do século XX, a economia brasileira passou por uma forte turbulência, com altas taxas de inflação e planos econômicos fracassados. Nessa época, a variação do retorno dos ativos pode ser atribuída, dentre outros fatores, à forte correlação entre as volatilidades das taxas de juros e de câmbio. Assim, as volatilidades cruzadas da rentabilidade dos ativos financeiros indexados às diversas taxas de juros existentes no Brasil, bem como à taxa de câmbio os ativos acabavam impactando o nível das taxas de juros e de câmbio no mercado financeiro no período. Dessa forma, na época um bom negócio era administrar recursos de terceiros por algum tempo, não remunerados ou remunerados, aplicando-se as taxas abaixo das oferecidas pela "ciranda financeira". Portanto, uma empresa ruim sob o ponto de vista operacional, poderia servir para gerar fluxos de caixa favoráveis para serem aplicados no mercado financeiro e se tomar lucrativa. Com efeito, o Brasil vem praticando uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Adicionalmente, a taxa de câmbio brasileira atravessou períodos de excessiva variação, ocorrendo forte sobrevalorização recente. A sobrevalorização cambial tem impactos diretos no desempenho econômico-financeiro de empresas, famílias e governo. Assim, uma taxa de juros mais elevada por um lado incentiva a formação de poupança das famílias, por outro, eleva o custo de captação de recursos bancários das empresas e da dívida pública mobiliária. Analogamente, uma taxa de câmbio valorizada incentiva as importações e gastos no exterior, tornando as exportações menos competitivas internacionalmente e o custo dos bens não-transacionáveis brasileiros mais elevados. Além disso, a forte volatilidade das taxas de juros e de câmbio pode ocasionar distorções nos preços relativos de mercado, levando a transferências de rendas dos segmentos econômicos menos habilitados a avaliar a conjuntura de mercado para os mais informados tecnicamente. A obtenção e informação sobre o comportamento dos ativos financeiros possibilita maior eficiência econômico-financeira. O registro e análise das informações sobre os ativos e aplicações financeiras tonaram-se mais estratégicos a partir da estabilização da economia do Brasil, em 1994. |
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