Segregação sócio-espacial nas cidades do Amazonas: o caso de Parintins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thiago Pimentel Marinho
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1491
Resumo: Mike Davis em seu estudo sobre as favelas do mundo analisa o crescimento demográfico das cidades como Cidade do México e São Paulo que num espaço de tempo de 1950 a 2004 suas populações cresceram em média 700% e 900% respectivamente. Como conseqüência as cidades cada vez mais serão responsáveis por quase todo crescimento do mundo. Quando se refere à Amazônia afirma que esta é uma das fronteiras urbanas que crescem com mais velocidade em todo o mundo, 80% do crescimento das cidades têm-se dado nas favelas, privadas, em sua maior parte, de serviços públicos e transporte municipal, tornando assim sinônimos urbanização e favelização (Mike Davis, 2006 p. 27). Quando se fala do Amazonas a paisagem que se cria na mente de muitos de nós é a de uma imensa floresta, com muitos rios, lagos, igarapés, animais e plantas endêmicas. E nossas atitudes falam por nós a idéia desse ambiente ser infinito. Porém o Amazonas não é apenas fauna e flora, este é um território também ocupado pelo ser humano com cidades, pessoas e relações sociais únicas como à fauna e flora da região. Entender as cidades do Amazonas é fundamental para se pensar em uma ocupação populacional concentrada que se relacione de maneira harmônica com o espaço em que estas estão inseridas. A cidade de Parintins, segunda do estado depois da capital Manaus com 99.815 habitantes (SUSAM), é uma amostra do processo de urbanização no Amazonas que não está indiferente da situação nacional e global, Mike Davis (2006) compara a migração campo/cidade a um divisor de águas na história humana, comparado ao Neolítico ou as Revoluções Industriais, pela primeira vez no mundo a população das cidades é maior que a população do campo . Por que a cidade de Parintins? Parintins engloba tanto os ambientes naturais quanto sociais presentes nas cidades do Amazonas e muito mais que isso, possui um contexto global, e sofre problemas típicos das cidades do estado como também de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Entretanto, por mais que haja semelhanças este estudo se baseia na heterogeneidade do processo. A favela não pode ser entendida através de um conjunto de conceitos pré-estabelecidos. Cada lugar, estado ou região possui processos diferenciados, não podendo assim generalizar o surgimento, crescimento, causas e conseqüências como afirma Eduardo Marques (2005). A pesquisa não almeja dar uma solução definitiva para os processos de urbanização, mas entender como ocorreu e ocorre em Parintins buscando os detalhes, que são específicos de cada lugar a fim de estudar não só a cidade, mas sugerir caminhos a serem seguidos por outras pesquisas sobre esse tema nas cidades do Amazonas.
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