Padrão hidrogeomorfológico do canal do Rio Negro no Arquipélago das Anavilhanas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jessé Burlamaque Maciel
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4256
Resumo: A Região Hidrográfica Amazônica representa cerca de 40% do território brasileiro e possui mais de 60% de toda a disponibilidade hídrica do País. Entrecortada por rios de distintas dimensões, tanto em extensão, largura, quanto em volume de água, esta Região envolve uma densa rede de drenagem, formando a maior bacia hidrográfica do globo. Seus rios oferecem regimes variados e por vezes, dadas às posições geográficas de seus cursos, têm regimes diferentes e características climáticas contrastantes. Nesta bacia está o Rio Negro, um dos da região, sendo que na sua foz se junta com o Rio Solimões para formar o Rio Amazonas. O Rio Negro nasce sob a denominação de Rio Chamusiqueni na Colômbia, em cotas aproximadas de 1660 mm, mudando, em seguida para Rio Guainia e, finalmente, depois de receber as águas do Canal de Cassiquiare (Defluência com a Bacia do Rio Orinoco), de Rio Negro. Mantém, em geral, a direção sudeste até desaguar no Rio Solimões, à altura da cidade de Manaus. Estudos recentes mostram que o rio Negro corre em uma impressionante zona de falha normal, que se estende por cerca de 70 km em linha reta, e controla ambas as margens. Essa estrutura geológica forma áreas em depressão, que são locais propícios à sedimentação atual, muito dependentes do regime hidrológico. Neste contexto tem-se o Arquipélago das Anavilhanas, resultante da interrelação entre processos de sedimentação e fenômenos tectônicos. De outra forma, Franzinelli e Igreja (2002) afirmam que este fenômeno neotectônico influenciou a origem do Arquipélago. Segundo os autores estas ilhas representam uma série de canais anastomosados, com ilhas alongadas e siltosas e barras em um canal argilosos. O Arquipélago Fluvial das Anavilhanas, conforme Latrubesse e Franzinelli (2005) representa o produto de deposição holocênica (<0,01M.a.). Durante o período de águas altas, estas ilhas são completamente inundadas, mas na época da águas baixas, é possível observar que os bancos de areia em algumas ilhas são muito abruptos. O Arquipélago ainda representa um desafio no que concerne ao estudo da hidrogeomorfologia (hidrologia, climatologia e geomorfologia) fator motivador do presente projeto, uma vez que não se sabe ainda como o clima e a hidrologia influenciam na geomorfologia daquela porção do canal fluvial e vice-versa. O estudo ora proposto, será desenvolvido no quadro do Projeto Iniciativa de Hidrologia espacial na Amazônia (IHESA) da Rede de Hidrologia Amazônica (RHIA), financiado pela FINEP/CT-HIDRO. Neste contexto o autor da proposta será responsável por compilar a bibliografia e analisar dados de fluviometria e pluviometria da região do Arquipélago Fluvial das Anavilhanas.
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