Eventos extremos de cheias e secas na calha do Rio Solimões: suas proporções e classificação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diego Gomes Aguiar
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3218
Resumo: A sazonalidade dos rios amazônicos faz parte do contexto de vida das populações tradicionais que dela dependem, tornando-se um fator que pode ter um viés tanto positivo quanto negativo para os que moram às margens dos cursos d água. Prova disso são os eventos extremos críticos que tem se tornado mais frequentes na Amazônia ampliando ainda mais os efeitos da variabilidade natural dos níveis dos rios. Períodos de águas altas contrastando com períodos de águas baixas refletem cenários distintos que constantemente impelem a população a se adaptar. Com os eventos extremos se tornando mais frequentes estas adaptações nem sempre conseguem garantir a segurança das populações. Exemplos disso são os eventos que recentemente afetaram boa parte do estado do Amazonas, sendo os anos de 2005 e 2010 (anos de seca extrema) e os anos de 2006 e 2009 (cheia extrema), quando vários municípios do estado decretaram estado de calamidade pública, necessitando de ações emergenciais de Defesa Civil. As estações hidrométricas instaladas nas margens dos rios desempenham um papel importante em ambos os cenários acima descritos. Fornecem dados diários do nível do rio proporcionando um acompanhamento do mesmo em diversas partes da bacia Amazônica, identificando a maior ou menor contribuição dos tributários em eventos críticos, bem como o deslocamento das ondas de cheia e/ou das recessões. Estes dados são coletados por um sistema de estações automáticas, as Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) de propriedade da Agência Nacional de Águas (ANA). Nestas plataformas, os dados são obtidos através de sensores, armazenados e transmitidos via satélite e posteriormente disponibilizados através do site daquela agência na internet, aumentando a possibilidade de avaliação das informações em tempo quase real. Os eventos extremos nos anos acima destacados uma vez analisados com base nas informações hidrológicas e em especial no conjunto da série histórica das estações permitem a construção de modelos de funcionamento dos rios. Tais modelos indicam como os diferentes rios se comportaram nos respectivos cenários, influenciados por eventos de cheia ou seca anômalos. Após uma análise mais detalhada de possíveis padrões de comportamento hidrológico, a formulação de tipologias concernentes à intensidade dos eventos extremos pode ser identificada. Deste modo, através deste projeto, essas tipologias se mostram de extrema relevância para auxiliar nos alertas de eventos extremos e possibilitar uma melhor tomada de decisão no que diz respeito ao desencadeamento de ações preventivas, bem como na consequente remediação de desastres.
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