Estudo da atividade analgésica e antiinflamatória de frações biologicamente ativas de Aspidosperma nitidum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Izabela Augusta de Oliveira Medeiros
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2045
Resumo: O potencial dos produtos de origem natural, como fontes de novas drogas, continua largamente inexplorado uma vez que somente pequena fração de plantas, animais e microorganismos têm sido investigados fitoquímica e biologicamente (Hamburger; Hostettmann, 1991). Os efeitos farmacológicos associados às plantas medicinais tem sido alvo de relevante estudo. As plantas, além de seu uso na medicina popular com finalidades terapêuticas, têm contribuído, ao longo dos anos, para a obtenção de vários fármacos, até hoje amplamente utilizados na clínica, como a emetina, a vincristina, a colchicina e a rutina (Cechinel Filho V., 1998). Relatos da medicina popular de várias partes do mundo, por exemplo de povos indígenas do Leste do Mediterrâneo, apresenta espécimes como Echinops, Anthemis, Calêndula, Sálvia, e Centaurea, usados, pelos médicos "populares", como anti-inflamatórios, se sobressaem. A biodiversidade brasileira também tem sido fonte de novas drogas. Uma das principais moléculas utilizadas para o tratamento do glaucoma, a pilorcapina, é extraída das folhas de diversas espécies do gênero Pilocarpus, principalmente Pilocarpus jaborandi Holmes (Rutaceae). A partir da Chondrodendron tomentosum Ruiz et Pav. (Menispermaceae), planta utilizada pelos índios de diversas tribos da bacia Amazônia para preparação de um poderoso veneno de flecha ( curare ), foi descoberta a D-tubocurarina. A D-tubocurarina é um antagonista específico do receptor nicotínico, utilizado para paralisar os músculos de pacientes sob anestesia. Atualmente, a D-tubocurarina tem sido substituída por outros relaxantes musculares. A maioria dos novos compostos como Atracurium® foram inspirados na estrutura do composto isolado das plantas utilizadas há séculos pelos índios da Amazônia. No Brasil, especialmente na Região Norte, o uso de plantas medicinais e preparações caseiras assumem importância fundamental no tratamento das patologias que afetam as populações de baixa renda, tendo em vista a deficiência da assistência médica, a dificuldade de acesso aos centros urbanos, as diferenças culturais, sociais e econômicas das populações ribeirinhas, a influência da transmissão oral dos hábitos culturais, em especial o indígena, e a disponibilidade da flora. A justificativa para o uso desta medicina alternativa aliada ao conhecimento popular e sua comprovação científica, retornando à comunidade amazônica informações quanto ao uso desta substância com possível potencial fitoterápico tende a ser um novo foco na pesquisa farmacológica. O presente estudo propõe a investigação, por meio de ensaios farmacológicos in vivo, das possíveis ações antinociceptivas e/ou antiinflamatórias de frações e/ou compostos isolados de A. nitidum, bem como investigar seus possíveis mecanismos de ação.
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