Estudo da variação da densidade das células dendríticas da região anal de pacientes portadores de condiloma acuminado infectados pelo HIV, atendidos no Ambulatório de Coloproctologia da Fundação de Medicina Tropical do estado do Amazonas (FMT-AM)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: José Anchieta de Carvalho Júnior
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1595
Resumo: O condiloma acuminado é uma infecção causada pelo papiloma vírus humano (HPV) que se apresenta como a doença sexualmente transmissível de origem viral mais incidente, podendo ocorrer em qualquer fase da vida, sendo mais prevalente em jovens (ALMEIDA FILHO et al, 2005). É a patologia anal mais comum em pacientes infectados pelo vírus HIV. A incidência da doença varia de 15,7 a 62%, sendo maior em homossexuais masculinos (MANZIONE, 2003). O HPV de forma isolada não parece suficiente para a carcinogênese, e a progressão tumoral que ocorre em pequena porcentagem de indivíduos, pode ser estimulada por mutágenos químicos ou físicos (MANZIONE, 2004). Com o aumento da incidência do câncer anal em pacientes com aids, o HIV tem sido descrito como co-fator que o HPV necessita para induzir à NIA e ao carcinoma (MODESTO; GOTTESMAN, 1994). O HIV determinaria imunodepressão local, causando resposta imune inata deficiente à infecção viral, elevando as taxas de NIA e câncer na área genital e perianal (ARANY et al, 1998). A prevalência NIA induzida pelo HPV aumenta entre pacientes HIV positivos enquanto a contagem dos linfócitos T CD4+ diminui (VARNAI et al, 2006). Entretanto, a razão da transformação tumoral dessas lesões permanece incerta (NADAL, 2006). As céluas dendríticas (DC), como as de Langerhans, detectam antígenos na epiderme, se tornam ativadas e migram para as estações linfonodais, onde os apresenta aos linfócitos T, iniciando, desta forma, a resposta imune cutânea. Nadal e colaboradores descreveram a diminuição da freqüência das células dendríticas em pacientes HIV positivos com câncer anal sem relação com o prognóstico. A função dessas células infiltrando os carcinomas anais e atuando na resposta inflamatória ainda é pouco conhecida. A ativação destas células, em pacientes HIV positivos, parece ser inadequada por provável bloqueio desencadeado por fator tumoral, como o TGF-beta-1 produzido por tumores de pele e determina a imobilização das DC, impedindo sua migração para os linfonodos, reduzindo assim o número de células T que infiltrariam o tumor, evitando sua regressão (WEBER et al, 2005). Não se sabe se a ocorrência determina ou apenas acompanha a evolução para a NIA e o câncer (NADAL, 2006). Desta forma, o presente estudo buscará analisar a variação da densidade das células dendríticas (DC CD1a+ e DC DC-SIGN+) da mucosa anal de pacientes portadores de condiloma acuminado infectados pelo HIV, a relação com o estadiamento clínico do HIV, a associação com a NIA e fatores relacionados a recidivas do condiloma na mucosa anal e região perianal, na principal instituição pública de apoio a pacientes HIV positivos de Manaus-AM.
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