Avaliação do estresse oxidativo em pacientes com malária vivax sob diferentes esquemas de tratamento com cloroquina e primaquina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camila Fabbri
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1588
Resumo: A malária é considerada endêmica em 107 países. O esporozoíto do P. vivax, após invadir o hepatócito, durante o ciclo pré-eritrocítico de desenvolvimento, dará origem aos esquizontes teciduais que eclodirão, liberando os merozoítos para circulação sangüínea, dando origem ao ciclo eritrocítico, responsável pelos principais sintomas da malária. O tratamento da malária visa à interrupção da esquizogonia sangüínea, responsável pelas manifestações clínicas da infecção. Entretanto, pela diversidade do ciclo biológico do Plasmodium, é também objetivo da terapêutica proporcionar a erradicação de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) da espécie P. vivax, evitando assim as recaídas. O esquema de tratamento para malária vivax preconizado, pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), consiste no uso de cloroquina durante três dias, nas doses de 10mg/kg no primeiro dia, seguida de 7,5mg/kg no segundo e terceiro dias, totalizando 25mg/kg (e.g., 1.500mg de base para um adulto com 60kg). Concomitantemente, usa-se primaquina a partir do primeiro dia de tratamento, na dose de 0,5mg de base/kg de peso, diariamente, durante sete dias. A Fundação de Medicina Tropical do Amazonas preconiza o uso da primaquina a partir do 5º dia de tratamento, quando o paciente já deve estar afebril e sem vômitos. Isso melhora a adesão terapêutica e permite observar a ação isolada da cloroquina. O estresse oxidativo é um fator importante em pacientes com malária, pois os mecanismos oxidativos são dominantes em relação aos antioxidantes na doença. O acúmulo de espécies reativas de oxigênio (ERO) ou de nitrogênio (ERN) causa danos à estrutura das biomoléculas, gerando estresse oxidativo. Se por um lado o próprio parasita gera grandes quantidades de sustâncias oxidantes como H2O2 e O2- as drogas utilizadas no tratamento da doença também podem ser potencialmente oxidantes. Neste sentido, o presente projeto tem como objetivo estudar o estresse oxidativo em pacientes com malária vivax submetidos a diferentes esquemas de tratamento com os fármacos cloroquina e primaquina; definir e comparar parâmetros do estresse oxidativo no plasma e hemácias de pacientes sob os diferentes esquemas terapêuticos. Serão realizadas dosagens de marcadores do estresse oxidativo no plasma e hemácias dos pacientes nos dias 0, 3, 14 do tratamento. O Malondialdeído, Vitamina A e Vitamina serão analisados por cromatografia líquida de alta eficiência. A capacidade antioxidante total (CAT) e a capacidade oxidante total (COT) do plasma serão realizadas por métodos espectrofotométricos. Portanto, pelo fato do uso da primaquina e cloroquina serem indispensáveis no tratamento da doença, o entendimento dos fatores associados ao estresse oxidativo e sua caracterização clínica são fundamentais como informação destinada ao tratamento desses pacientes, para melhor definição de condutas e reconhecimento precoce do fenômeno.
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