Triagem molecular em larga escala de portadores assintomáticos de Plasmodium sp. em candidatos a doação de Sangue na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5289 |
Resumo: | Apesar dos avanços e conquistas da última década no controle da malária, o Brasil ainda responde por 50-60% do total de casos notificados nas Américas. No país, a transmissão da malária ocorre quase exclusivamente na Região Amazônica (99,8%). A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de fêmeas do mosquito do gênero Anopheles infectados, podendo também ser transmitida por transfusão sanguínea e por via congênita durante o parto. Cinco espécies de Plasmodium podem parasitar no homem: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malarie, Plasmodium ovale e mais recentemente relatos de uma nova espécie, Plasmodium knowlesi. A sintomatologia da malária é bem estabelecida, porém o quadro clínico pode ser alterado pelo uso de profilaxia ou desenvolvimento de imunidade, quando então os sintomas são modificados ou até ausentes. A descrição de casos assintomáticos em áreas de transmissão representa um desafio para as estratégias de controle. Estudos mostram que infecções assintomáticas ou subclínicas são cerca de 4-5 vezes mais prevalentes que as sintomáticas. Sob esse aspecto, a transmissão da malária por portadores assíntomáticos em áreas endêmicas é um problema a ser considerado. Em bancos de sangue no Brasil, a legislação em vigor (RDC 57 de 16 de dezembro de 2010) prevê a realização de exame da parasitológico-hematoscópio ou gota espessa nas regiões endêmicas, categorizadas pelo Índice Parasitológico Anual (IPA). Na triagem dos doadores são aplicados questionários para identificar indivíduos com risco de transmitir malária, excluindo aqueles que relatem deslocamento por área endêmica e aqueles de área endêmica com sintomatologia. Tais medidas, entretanto, não excluem o risco de transmissão da malária por transfusão sanguínea, devido principalmente aos indivíduos assintomáticos e a baixa sensibilidade da técnica de diagnóstico preconizada. Nesse sentido, as ferramentas moleculares surgiram como consequência de uma busca por metodologias mais sensíveis e específicas para o diagnóstico da malária. Com base na descrição dos genes da subunidade menor dos ribossomos (ssrRNA) de Plasmodium, foi desenvolvida uma metodologia utilizando nested-PCR, com alta sensibilidade e especificidade, para determinação das cinco espécies de Plasmodium que parasitam o homem. Esta proposta prevê uma triagem molecular em cerca de 400 candidatos a doação de sangue na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas utilizando a técnica de nested-PCR, com intuito de verificar a existência ou não de risco de transmissão de malária na região. Além disso, pretendemos propor a otimização da amostragem para permitir a triagem de doadores em larga escala. |
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