Obtenção de celulose e nanocelulose a partir de resíduo do beneficiamento de coco (cocos nucifera) pré-tratado por hidrólise subcrítica

• Autor(a) principal: Bragato, Gabriela Almeida
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4970703430266500
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8607
• topic: Coco - Indústria; ENGENHARIAS; Hidrólise subcrítica; Casca de coco; Estrutura lignocelulósica; Celulose; Nanocelulose

Novas mudanças na indústria vêm sendo estudadas a fim de acomodar a introdução de novos materiais e processos de fabricação que atendam às novas demandas econômicas e ambientais. A utilização de materiais lignocelulósicas torna-se uma opção atrativa para as indústrias que buscam um desenvolvimento sustentável, uma vez que são fontes renováveis, biodegradáveis e de baixo custo. Converter biomassas lignocelulósicas em componentes químicos de interesse e, a partir deles gerar novos produtos, vêm sendo foco de muitas pesquisas. Nesse cenário, a presente pesquisa utilizou a casca de coco in natura, submetida ao processo de hidrólise com água subcrítica com a finalidade de obter, a partir da fração líquida hidrolisada, açúcares fermentescíveis e, do resíduo sólido, a celulose e nanocelulose. Para o pré-tratamento por hidrólise subcrítica, as variáveis estudadas foram temperaturas de 200, 230 e 260°C, razão mássica água/sólidos de 10 e 20, pressão de 15 MPa e tempo de reação total de 15 minutos. A temperatura de 260°C e vazão de 20 mL/min foi a que apresentou maior rendimento de açúcares redutores de 4,70 ± 0,64 g/100g de casca de coco. A partir da análise termogravimétrica e a derivada dos termogramas (DTG), foram determinados os teores de celulose, hemicelulose e lignina presentes na amostra in natura e daquelas que foram submetidas ao pré-tratamento, onde foi possível verificar que os sólidos remanescentes ainda possuíram quantidades relevantes de celulose, demostrando a possibilidade de reutilização. Dos resíduos remanescentes do tratamento subcrítico, obteve-se a celulose, através do processo de branqueamento e, os nanocristais de celulose (CNC) por meio da hidrólise ácida. Pode-se concluir, através da espectrofotometria no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e difração de raios-X (DRX), o eficiente isolamento da celulose e nanocelulose, que puderam ser obtidas com elevada cristalinidade. Portanto, os resíduos provenientes da casca de coco in natura possuem potencial de reutilização, em uma vasta gama de aplicações, tornando-se uma opção atrativa, promovendo o uso racional dos recursos naturais.