Distribuição do Mercúrio lábil no sedimento do Reservatório de Balbina - Am/Brasil

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Autor(a) principal: Oliveira, Cássio Augusto da Silva
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9449950480085760
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5411
Resumo: A associação do mercúrio com a composição granulométrica e os diferentes aspectos geoquímicos do sedimento, pode oferecer informações importantes sobre a mobilidade deste elemento nos compartimentos ambientais. Os reservatórios são ambientes complexos de serem estudados, pois podem ser divididos em três compartimentos ambientais sendo eles, compartimento Fluvial, de Transição e Lacustre, no entanto, o interesse em estudar a associação do mercúrio com os aspectos geoquímicos em reservatórios construídos a partir do represamento de rios amazônicos se deve principalmente ao impacto que estas construções causam no ciclo biogeoquímico do mercúrio. O sedimento é um dos compartimentos ambientais afetado pela inundação de parte da floresta que constitui a margem dos rios, e esta inundação causa mudanças na composição geoquímica deste compartimento ambiental, devido ao acréscimo de matéria orgânica e de metais com potencial tóxico como é o caso do mercúrio. Neste sentido este estudo teve como objetivo principal avaliar os aspectos geoquímicos que favorecem a distribuição de mercúrio lábil no sedimento do reservatório de Balbina. Para tanto a coleta de sedimento foi realizada em 10 pontos de amostragem localizados a montante da barragem durante o mês de maio de 2015, período sazonal chuvoso. Nestas amostras foram determinadas a concentração de mercúrio total (HgT) usando o analisador de mercúrio Direct Mercury Analyzer (DMA-80). A extração do mercúrio lábil (HgL), ferro lábil (FeL), alumínio lábil (AlL) e manganês lábil (MnL) foram feitas usando o método U. S EPA 3051a. A concentração do HgL foi determinada usando o espectrômetro de fluorescência atômica do vapor frio, Tekran, modelo 2600, as concentrações do FeL, MnL e AlL foram determinadas usando ICP-OS, Thermo®, modelo iCAP 7600 Series. O teor de matéria orgânica (TMO) foi feito seguindo a metodologia 2540-G do Standard Methods Online e para a análise granulométrica, utilizou-se o granulômetro por difração a laser Mastersizer 2000, da Malvern. Os resultados obtidos foram analisados usando o coeficiente de correção de Spearman, regressão linear simples (RLS) e as ferramentas quimiométricas Análise Hierárquica de Cluster (AHC) e Análise das Componentes Principais (ACP). O TMO variou na faixa de 2,08 - 48,29%, a composição granulométrica apresentou porcentagem nas seguintes faixas, areia 46,86 - 94,18%, silte 4,97 - 48,03% e argila 0,85 - 5,92%. A concentração de HgT variou entre 0,0123 - 0,3072 mg de HgT kg-1. A variação da concentração dos metais extraídos foram, 4132,39 – 211896,20 mg de FeL kg-1, 1613,64 – 46437,64 mg de AlL kg-1, 0,0176 – 0,6133 mg de MnL kg-1 e 0,000 – 0,2560 mg de HgL kg-1. A porcentagem de HgL no sedimento variou de 0 a 83% em relação a concentração de HgT e esta variação foi influenciada pela característica geoquímica de cada ponto de coleta. O coeficiente de correlação de Spearman mostrou que o HgL possui correlação forte positiva para o TMO, silte, argila, FeL, MnL e AlL e forte negativa para a areia. Estas correlações foram ratificadas pelo estudo quimiométrico destas variáveis, de forma que a AHC e ACP mostraram a existência de três grupos de sedimento distinto no reservatório de Balbina. A concentração de HgL é alta no compartimento fluvial (entrada do rio Uatumã e seus tributários), no compartimento de transição (centro do reservatório) ocorre uma diminuição na concentração e no compartimento lacustre (próximo a barragem) ocorre um aumento na concentração. A RLS mostrou que concentração de HgT e HgL estão fortemente correlacionadas e foi constatado que o HgT segue o mesmo padrão de comportamento apresentado pelo HgL. A labilidade do mercúrio no sedimento pode estar sendo influenciada pela elevada concentração de FeL, AlL, MnL, matéria orgânica e pH.
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O sedimento é um dos compartimentos ambientais afetado pela inundação de parte da floresta que constitui a margem dos rios, e esta inundação causa mudanças na composição geoquímica deste compartimento ambiental, devido ao acréscimo de matéria orgânica e de metais com potencial tóxico como é o caso do mercúrio. Neste sentido este estudo teve como objetivo principal avaliar os aspectos geoquímicos que favorecem a distribuição de mercúrio lábil no sedimento do reservatório de Balbina. Para tanto a coleta de sedimento foi realizada em 10 pontos de amostragem localizados a montante da barragem durante o mês de maio de 2015, período sazonal chuvoso. Nestas amostras foram determinadas a concentração de mercúrio total (HgT) usando o analisador de mercúrio Direct Mercury Analyzer (DMA-80). A extração do mercúrio lábil (HgL), ferro lábil (FeL), alumínio lábil (AlL) e manganês lábil (MnL) foram feitas usando o método U. S EPA 3051a. A concentração do HgL foi determinada usando o espectrômetro de fluorescência atômica do vapor frio, Tekran, modelo 2600, as concentrações do FeL, MnL e AlL foram determinadas usando ICP-OS, Thermo®, modelo iCAP 7600 Series. O teor de matéria orgânica (TMO) foi feito seguindo a metodologia 2540-G do Standard Methods Online e para a análise granulométrica, utilizou-se o granulômetro por difração a laser Mastersizer 2000, da Malvern. Os resultados obtidos foram analisados usando o coeficiente de correção de Spearman, regressão linear simples (RLS) e as ferramentas quimiométricas Análise Hierárquica de Cluster (AHC) e Análise das Componentes Principais (ACP). O TMO variou na faixa de 2,08 - 48,29%, a composição granulométrica apresentou porcentagem nas seguintes faixas, areia 46,86 - 94,18%, silte 4,97 - 48,03% e argila 0,85 - 5,92%. A concentração de HgT variou entre 0,0123 - 0,3072 mg de HgT kg-1. A variação da concentração dos metais extraídos foram, 4132,39 – 211896,20 mg de FeL kg-1, 1613,64 – 46437,64 mg de AlL kg-1, 0,0176 – 0,6133 mg de MnL kg-1 e 0,000 – 0,2560 mg de HgL kg-1. A porcentagem de HgL no sedimento variou de 0 a 83% em relação a concentração de HgT e esta variação foi influenciada pela característica geoquímica de cada ponto de coleta. O coeficiente de correlação de Spearman mostrou que o HgL possui correlação forte positiva para o TMO, silte, argila, FeL, MnL e AlL e forte negativa para a areia. Estas correlações foram ratificadas pelo estudo quimiométrico destas variáveis, de forma que a AHC e ACP mostraram a existência de três grupos de sedimento distinto no reservatório de Balbina. A concentração de HgL é alta no compartimento fluvial (entrada do rio Uatumã e seus tributários), no compartimento de transição (centro do reservatório) ocorre uma diminuição na concentração e no compartimento lacustre (próximo a barragem) ocorre um aumento na concentração. A RLS mostrou que concentração de HgT e HgL estão fortemente correlacionadas e foi constatado que o HgT segue o mesmo padrão de comportamento apresentado pelo HgL. A labilidade do mercúrio no sedimento pode estar sendo influenciada pela elevada concentração de FeL, AlL, MnL, matéria orgânica e pH.The association of mercury with the granulometric composition and different geochemical aspects of sediment, can provide important information about the mobility of this element in the environmental compartments. The reservoirs are complex environments being studied, as can be divided into three environmental compartments with them, Fluvial compartment, Transition compartment and Lakeside compartment, however, the interest in studying the association of mercury with the geochemical aspects in reservoirs constructed from impoundment Amazonian rivers is mainly due to the impact these buildings have on the biogeochemical cycle of mercury. Sediment is one of the environmental compartments affected by the flooding of the forest is the river banks, and this flood causes changes in the geochemical composition of this environmental compartment due to the addition of organic matter and metals with toxic potential such as the Mercury. In this sense this study aimed to evaluate the geochemical aspects that favor the distribution of labile mercury in sediment Balbina Reservoir. For both the sediment samples were collected in 10 sampling sites located upstream of the dam during the month of May 2015, seasonal rainy period. In these samples were determined by mercury concentration (HgT) mercury analyzer using Direct Mercury Analyzer (DMA-80). The extraction of labile mercury (HgL), labile iron (FeL), labile aluminum (AlL) and labile manganese (MnL) were made using the U. S 3051st EPA method. The concentration of HCl was determined using atomic fluorescence spectrometer cold vapor, Tekran, model 2600, the FeL concentrations, MnL, and AlL were determined using ICP-OS, Thermo®, iCAP 7600 Series model. The content of organic matter (TMO) was done following the 2540-G of the Standard Methods Online methodology and for particle size analysis, we used the particle size analyzer by laser diffraction Mastersizer 2000 from Malvern. The results were analyzed using the Spearman correction coefficient, simple linear regression (RLS) and chemometric tools Hierarchical Cluster Analysis (HCA) and Analysis of Main Components (ACP). TMO varied in the range from 2.08 to 48.29%, the granulometric composition presented in the following percentage ranges, sand 46.86 to 94.18%, silt from 4.97 to 48.03% and clay from 0.85 to 5 92%. The concentration of HgT ranged from 0.0123 to 0.3072 mg HgT kg-1.Varying the concentration of the extracted metals were 4132.39 to 211,896.20 mg FeL kg-1, 1613.64 to 46437.64 mg AlL kg-1, from 0.0176 to 0.6133 mg MnL kg-1 and from 0.000 to 0.2560 mg HgL kg-1. The percentage of HgL in the sediment ranged from 0 to 83% over the concentration of HgT and this variation was influenced by the geochemical characteristics of each collection point. The Spearman correlation coefficient showed that the HgL has positive strong correlation to the TMO, silt, clay, FeL, MnL and AlL and strong negative to the sand. These correlations were ratified by chemometric study of these variables, so that the AHC and ACP showed the existence of three different sediment groups in the Balbina Reservoir. The concentration of HgL is high in the river compartment (in the river Uatumã and its tributaries), the transition compartment (center of the vessel) there is a decrease in concentration and lacustrine compartment (near the dam) there is an increase in concentration. The RLS showed that concentration of HgT and HgL are strongly correlated and it was found that the HgT follows the same pattern of behavior exhibited by HgL. The lability of mercury in the sediment can be influenced by the high concentration of FeL, AlL, MnL, organic matter and pH.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências ExatasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em QuímicaSargentini Junior, Éziohttp://lattes.cnpq.br/7206359564567605Oliveira, Cássio Augusto da Silvahttp://lattes.cnpq.br/94499504800857602017-01-19T13:03:13Z2016-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Cássio Augusto da Silva. Distribuição do Mercúrio lábil no sedimento do Reservatório de Balbina - Am/Brasil. 2016. 79 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5411porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2018-06-26T05:03:16Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/5411Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922018-06-26T05:03:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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