Acesso geográfico à saúde na Região Metropolitana de Manaus (RMM)
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6562 |
Resumo: | A Região Metropolitana de Manaus (RMM) está localizada na Amazônia Legal, e comporta aspectos naturais e de ocupação singular, cuja população estar fixada em sua extensa rede hidrográfica e floresta densa. Os aspectos naturais da RMM determinam maneiras de acesso diferente das demais Regiões Metropolitanas (RM) do Brasil, principalmente para aqueles que buscam saúde na capital do estado. Considerando o contexto da mobilidade da população em busca de saúde em diferentes níveis de hierarquia na área de estudo, o presente trabalho teve o objetivo de realizar uma análise comparativa das condições de acesso geográfico à saúde nos municípios da RMM. Como metodologia, realizou-se levantamentos de dados secundários, trabalhos de campo e a utilização de técnicas de geoprocessamento. Os resultados demonstraram que a baixa densidade demográfica, os aspectos naturais e a organização dos níveis de atenção à saúde, submetem a população da RMM a percorrer extensas distâncias em busca de atendimento à saúde, principalmente para a atenção especializada, estabelecida na cidade de Manaus. No entanto, essa situação também ocorre nos estabelecimentos de Atenção Primária em Saúde (APS), localizados mais “próximos” da população, principalmente em períodos de seca dos rios Amazônicos. A sazonalidade dos rios amazônicos influencia no “ir” e “vir” da população metropolitana do Amazonas, induzindo a utilização de diferentes modais de transportes e formas de acesso geográfico à saúde, e consequentemente, a temporalidade, as distâncias, os custos e a direção dos itinerários variam em diferentes épocas do ano. O acesso geográfico à saúde torna-se mais desfavorável em virtude da baixa oferta dos recursos físicos e humanos de saúde, principalmente de médicos e leitos. Neste sentido, a baixa oferta destes recursos combinada com a sazonalidade dos rios amazônicos, produzem regionalizações de saúde, que se diferem dos desenhos das Regionais de Saúde que entrecortam a RMM. Essa variação de acesso geográfico à saúde podem induzir casos de mortes que poderiam ser evitadas ou reduzidas por ações efetivas dos serviços de saúde acessível e localizados mais próximos da população (morte evitável), tendo em vista que essa variável de morte representou cerca de 70% das mortes entre os anos de 2010 à 2015 na área de estudo, a destacar: mortes por doenças do aparelho circulatório, causa mal definida, causas externas e neoplasias, cuja mortes ocorrem nas residências e em vias públicas. Portanto, considerando os resultados alcançados neste trabalho, conclui-se que é necessário planejar a saúde com foco na Geografia Física e Humana específicas da Amazônia, no intuito de atender as populações localizadas distantes dos centros urbanos, aspirando a saúde como o direito de todos, independentemente das características socioespaciais de territórios díspares, como os Amazônicos. |
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Acesso geográfico à saúde na Região Metropolitana de Manaus (RMM)Geografia da SaúdeAcesso Geográfico à SaúdePlanejamento de SaúdeRegião Metropolitana de ManausHealth GeographyGeographic Health AccessHealth PlanningMetropolitan Region of ManausCIÊNCIAS HUMANAS: GEOGRAFIAA Região Metropolitana de Manaus (RMM) está localizada na Amazônia Legal, e comporta aspectos naturais e de ocupação singular, cuja população estar fixada em sua extensa rede hidrográfica e floresta densa. Os aspectos naturais da RMM determinam maneiras de acesso diferente das demais Regiões Metropolitanas (RM) do Brasil, principalmente para aqueles que buscam saúde na capital do estado. Considerando o contexto da mobilidade da população em busca de saúde em diferentes níveis de hierarquia na área de estudo, o presente trabalho teve o objetivo de realizar uma análise comparativa das condições de acesso geográfico à saúde nos municípios da RMM. Como metodologia, realizou-se levantamentos de dados secundários, trabalhos de campo e a utilização de técnicas de geoprocessamento. Os resultados demonstraram que a baixa densidade demográfica, os aspectos naturais e a organização dos níveis de atenção à saúde, submetem a população da RMM a percorrer extensas distâncias em busca de atendimento à saúde, principalmente para a atenção especializada, estabelecida na cidade de Manaus. No entanto, essa situação também ocorre nos estabelecimentos de Atenção Primária em Saúde (APS), localizados mais “próximos” da população, principalmente em períodos de seca dos rios Amazônicos. A sazonalidade dos rios amazônicos influencia no “ir” e “vir” da população metropolitana do Amazonas, induzindo a utilização de diferentes modais de transportes e formas de acesso geográfico à saúde, e consequentemente, a temporalidade, as distâncias, os custos e a direção dos itinerários variam em diferentes épocas do ano. O acesso geográfico à saúde torna-se mais desfavorável em virtude da baixa oferta dos recursos físicos e humanos de saúde, principalmente de médicos e leitos. Neste sentido, a baixa oferta destes recursos combinada com a sazonalidade dos rios amazônicos, produzem regionalizações de saúde, que se diferem dos desenhos das Regionais de Saúde que entrecortam a RMM. Essa variação de acesso geográfico à saúde podem induzir casos de mortes que poderiam ser evitadas ou reduzidas por ações efetivas dos serviços de saúde acessível e localizados mais próximos da população (morte evitável), tendo em vista que essa variável de morte representou cerca de 70% das mortes entre os anos de 2010 à 2015 na área de estudo, a destacar: mortes por doenças do aparelho circulatório, causa mal definida, causas externas e neoplasias, cuja mortes ocorrem nas residências e em vias públicas. Portanto, considerando os resultados alcançados neste trabalho, conclui-se que é necessário planejar a saúde com foco na Geografia Física e Humana específicas da Amazônia, no intuito de atender as populações localizadas distantes dos centros urbanos, aspirando a saúde como o direito de todos, independentemente das características socioespaciais de territórios díspares, como os Amazônicos.The Metropolitan Region of Manaus (Região Metropolitana de Manaus - RMM) is located in the Legal Amazon and includes natural aspects and singular occupation, whose population is fixed in its extensive hydrographic network and dense forest. The natural aspects of the RMM determine ways of access different from the other Metropolitan Regions (Regiões metropolitanas - MR) of Brazil, especially for those who seek health in the state capital. Considering the context of population mobility in search of health at different levels of hierarchy in the study area, the present study aimed to perform a comparative analysis of the conditions of geographical access to health in the municipalities of the RMM. As a methodology, secondary data surveys, fieldwork and the use of geoprocessing techniques were carried out. The results showed that low population density, natural aspects and the organization of healthcare levels, subject the RMM population to travel long distances in search of health care, especially for the specialized care established in the city of Manaus. However, this situation also occurs in Primary Health Care (PHC) establishments, located closer to the population, especially during periods of drought in the Amazonian rivers. The seasonality of the Amazonian rivers influences the "go" and "come" of the metropolitan population of Amazonas, inducing the use of different modalities of transportation and forms of geographical access to health, and consequently, temporality, distances, costs, and direction of the itineraries vary at different times of the year. Geographic access to health becomes more unfavorable due to the low supply of physical and human health resources, especially of doctors and beds. In this sense, the low supply of these resources combined with the seasonality of the Amazonian rivers, produce health regionalizations, which differ from the Regional Health drawings that intersect the RMM. This variation of geographical access to health can induce death cases that could be avoided or reduced by effective actions of accessible and localized health services closer to the population (avoidable death), considering that this death variable represented about 70% of the deaths between the years 2010 to 2015 in the study area, to highlight: deaths due to diseases of the circulatory system, ill-defined cause, external causes, and neoplasias, whose deaths occur in residences and on public roads. Therefore, considering the results achieved in this study, it is concluded that it is necessary to plan health with a focus on Physical and Human Geography specific to the Amazon, in order to serve populations located far from urban centers, aspiring to health as the right of all, regardless of socio-spatial characteristics of disparate territories, such as the Amazon.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Filosofia, Ciências Humanas e SociaisBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em GeografiaAlbuquerque, Adorea Rebello da Cunhahttp://lattes.cnpq.br/3916324527868398Anjos, Larissa Cristina Cardoso doshttp://lattes.cnpq.br/03718258480943882018-08-27T16:09:35Z2018-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfANJOS, Larissa Cristina Cardoso dos. Acesso geográfico à saúde na Região Metropolitana de Manaus (RMM). 2018. 202 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6562porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2018-08-28T05:03:36Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/6562Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922018-08-28T05:03:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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A Região Metropolitana de Manaus (RMM) está localizada na Amazônia Legal, e comporta aspectos naturais e de ocupação singular, cuja população estar fixada em sua extensa rede hidrográfica e floresta densa. Os aspectos naturais da RMM determinam maneiras de acesso diferente das demais Regiões Metropolitanas (RM) do Brasil, principalmente para aqueles que buscam saúde na capital do estado. Considerando o contexto da mobilidade da população em busca de saúde em diferentes níveis de hierarquia na área de estudo, o presente trabalho teve o objetivo de realizar uma análise comparativa das condições de acesso geográfico à saúde nos municípios da RMM. Como metodologia, realizou-se levantamentos de dados secundários, trabalhos de campo e a utilização de técnicas de geoprocessamento. Os resultados demonstraram que a baixa densidade demográfica, os aspectos naturais e a organização dos níveis de atenção à saúde, submetem a população da RMM a percorrer extensas distâncias em busca de atendimento à saúde, principalmente para a atenção especializada, estabelecida na cidade de Manaus. No entanto, essa situação também ocorre nos estabelecimentos de Atenção Primária em Saúde (APS), localizados mais “próximos” da população, principalmente em períodos de seca dos rios Amazônicos. A sazonalidade dos rios amazônicos influencia no “ir” e “vir” da população metropolitana do Amazonas, induzindo a utilização de diferentes modais de transportes e formas de acesso geográfico à saúde, e consequentemente, a temporalidade, as distâncias, os custos e a direção dos itinerários variam em diferentes épocas do ano. O acesso geográfico à saúde torna-se mais desfavorável em virtude da baixa oferta dos recursos físicos e humanos de saúde, principalmente de médicos e leitos. Neste sentido, a baixa oferta destes recursos combinada com a sazonalidade dos rios amazônicos, produzem regionalizações de saúde, que se diferem dos desenhos das Regionais de Saúde que entrecortam a RMM. Essa variação de acesso geográfico à saúde podem induzir casos de mortes que poderiam ser evitadas ou reduzidas por ações efetivas dos serviços de saúde acessível e localizados mais próximos da população (morte evitável), tendo em vista que essa variável de morte representou cerca de 70% das mortes entre os anos de 2010 à 2015 na área de estudo, a destacar: mortes por doenças do aparelho circulatório, causa mal definida, causas externas e neoplasias, cuja mortes ocorrem nas residências e em vias públicas. Portanto, considerando os resultados alcançados neste trabalho, conclui-se que é necessário planejar a saúde com foco na Geografia Física e Humana específicas da Amazônia, no intuito de atender as populações localizadas distantes dos centros urbanos, aspirando a saúde como o direito de todos, independentemente das características socioespaciais de territórios díspares, como os Amazônicos. |
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