Construção de um indicador de saúde bucal para a população idosa da cidade de Manaus-AM

• Autor(a) principal: Birman, Dina
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0091605036681272, https://orcid.org/0000-0003-3227-878X
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8785
• topic: CIENCIAS DA SAUDE; Idosos; Indicador de saúde; Saúde bucal; Perda dentária

A condição de saúde bucal da população idosa brasileira é marcada pela alta prevalência de perda dentária e edentulismo, reflexo das desigualdades socioeconômicas ao longo da vida. Esse fato remete à necessidade de se rever os indicadores de saúde bucal que aferem somente as medidas clínicas (dentárias). Assim, o presente estudo tem como objetivo a construção e validação de um indicador multidimensional de condições de saúde bucal do indivíduo idoso da cidade de Manaus. Os dados utilizados para este fim foram coletados em um estudo transversal de base populacional conduzido com 667 idosos de 65 a 74 anos de idade aleatoriamente selecionados, residentes na cidade de Manaus/ Amazonas/ Brasil. Inicialmente, a função cognitiva dos participantes foi aferida pelo Teste de Fluência Verbal (TFV) e foram excluídos os que não alcançaram pontuação mínima. Quanto às variáveis das condições de saúde bucal, as mesmas foram coletadas por meio de exame clínico intrabucal para o cálculo dos índices CPOD (índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados), CPI (índice Periodontal Comunitário) e PIP (índice de Perda de Inserção Periodontal). Foram coletadas também informações sobre dados socioeconômicos e o índice GOHAI (Geriatric Oral Health Assessment Index). Uma Análise Fatorial Exploratória sintetizou essas variáveis, facilitando a construção do indicador multidimensional. A análise gerou três fatores que, em conjunto, explicaram 72,9% da variância do modelo (KMO = 0,749 e p< 0,001 para o teste de esfericidade de Bartlett). Esses três fatores foram reduzidos à variável “soma”, calculada a partir da soma dos escores fatoriais por indivíduo. A mediana dessa nova variável foi o valor de referência para categorização da condição de saúde bucal do indivíduo em “favorável” ou “desfavorável”. A validação por critério, do indicador produzido, foi realizada por meio da associação do mesmo com outras variáveis que não entraram no modelo, mas já descritas na literatura. O indicador foi capaz de agregar diversas dimensões da saúde bucal em uma única medida, além de possibilitar sua reprodutibilidade para construção de outros indicadores de saúde.