Avaliação remota dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis - nova metodologia de uso em Manaus
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6994 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA: A interrogação remota dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) constitui-se numa importante ferramenta para o seguimento dos portadores destes aparelhos, principalmente em locais cujo acesso ao centro médico de referência seja dificultado pelas distâncias geográficas e pelos custos advindos destas dificuldades. Estas dificuldades são mais evidentes no Amazonas, maior estado do Brasil, possuidor de dimensões continentais e topografia única, em que o principal meio de transporte é fluvial e que possui apenas um centro de referência para avaliação presencial dos DCEI, situado na Capital. OBJETIVO: Demonstrar que a interrogação remota de DCEI é tão eficaz quanto a interrogação presencial, no diagnóstico do adequado funcionamento dos dispositivos. MÉTODOS: Selecionou-se 88 pacientes portadores de DCEI fabricados pela BiotronikR e que já são assistidos pelo Serviço de Marca-passo e Eletrofisiologia do Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM). Os pacientes foram randomizados em dois grupos de 44 pacientes, sendo um para avaliação presencial (Grupo P – interrogado pelo médico pesquisador) e outro para interrogação remota (Grupo R – interrogado por profissional não-médico treinado) após aplicar os critérios de inclusão e exclusão. Os dois grupos tiveram seus DCEI avaliados mensalmente durante um período de quatro meses. Os parâmetros obtidos pelo protocolo de autoavaliação do DCEI criado pelo serviço do HUFM, como estado da bateria, impedância dos eletrodos, limiares de sensibilidade e estimulação, assim como os alertas deflagrados pelo DCEI, foram preenchidos na ficha de coleta de dados para os dois grupos, assim como enviadas pelo sistema ReportShare a uma central de dados do fabricante, como num sistema de telemedicina. Os dados coletados permaneceram guardados em sigilo na nuvem e foram posteriormente reanalisados por médico auditor que estava mascarado quanto aos grupos dos quais as informações eram provenientes. As informações, registradas no instrumento de coleta de dados, assim como as armazenadas na central de dados, foram tabuladas para tratamento estatístico. RESULTADOS: Obteve-se 349 avaliações para os grupos presencial e remoto, e 344 avaliações registradas na base de dados do fabricante. O protocolo de autoavaliação conseguiu obter todos os parâmetros necessários à avaliação do DCEI em 86,82% das avaliações e o sistema ReportShare enviou os dados adequadamente à central do fabricante em 98,57% das avaliações, permitindo o diagnóstico de funcionamento do DCEI em 93,6% das avaliações. CONCLUSÃO: O protocolo de autoavaliação, obtendo os parâmetros necessários ao diagnóstico do DCEI, e o sistema ReportShare do programador, transmitindo as informações adquiridas pelo protocolo de autoavaliação à base de dados do fabricante, demonstraram-se úteis no seguimento dos portadores de DCEI. Conferiram um tempo de resposta mais precoce a eventos críticos que o da avaliação presencial convencional, sem apresentar diferença estatística significante dos valores obtidos para os parâmetros avaliados e permitiram um diagnóstico das disfunções críticas do DCEI. |
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Avaliação remota dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis - nova metodologia de uso em ManausMarca-passo artificialConsulta remotaMonitoramentoAvaliação remota de dispositivos cardíacosTelemedicinaCIÊNCIAS DA SAÚDEJUSTIFICATIVA: A interrogação remota dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) constitui-se numa importante ferramenta para o seguimento dos portadores destes aparelhos, principalmente em locais cujo acesso ao centro médico de referência seja dificultado pelas distâncias geográficas e pelos custos advindos destas dificuldades. Estas dificuldades são mais evidentes no Amazonas, maior estado do Brasil, possuidor de dimensões continentais e topografia única, em que o principal meio de transporte é fluvial e que possui apenas um centro de referência para avaliação presencial dos DCEI, situado na Capital. OBJETIVO: Demonstrar que a interrogação remota de DCEI é tão eficaz quanto a interrogação presencial, no diagnóstico do adequado funcionamento dos dispositivos. MÉTODOS: Selecionou-se 88 pacientes portadores de DCEI fabricados pela BiotronikR e que já são assistidos pelo Serviço de Marca-passo e Eletrofisiologia do Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM). Os pacientes foram randomizados em dois grupos de 44 pacientes, sendo um para avaliação presencial (Grupo P – interrogado pelo médico pesquisador) e outro para interrogação remota (Grupo R – interrogado por profissional não-médico treinado) após aplicar os critérios de inclusão e exclusão. Os dois grupos tiveram seus DCEI avaliados mensalmente durante um período de quatro meses. Os parâmetros obtidos pelo protocolo de autoavaliação do DCEI criado pelo serviço do HUFM, como estado da bateria, impedância dos eletrodos, limiares de sensibilidade e estimulação, assim como os alertas deflagrados pelo DCEI, foram preenchidos na ficha de coleta de dados para os dois grupos, assim como enviadas pelo sistema ReportShare a uma central de dados do fabricante, como num sistema de telemedicina. Os dados coletados permaneceram guardados em sigilo na nuvem e foram posteriormente reanalisados por médico auditor que estava mascarado quanto aos grupos dos quais as informações eram provenientes. As informações, registradas no instrumento de coleta de dados, assim como as armazenadas na central de dados, foram tabuladas para tratamento estatístico. RESULTADOS: Obteve-se 349 avaliações para os grupos presencial e remoto, e 344 avaliações registradas na base de dados do fabricante. O protocolo de autoavaliação conseguiu obter todos os parâmetros necessários à avaliação do DCEI em 86,82% das avaliações e o sistema ReportShare enviou os dados adequadamente à central do fabricante em 98,57% das avaliações, permitindo o diagnóstico de funcionamento do DCEI em 93,6% das avaliações. CONCLUSÃO: O protocolo de autoavaliação, obtendo os parâmetros necessários ao diagnóstico do DCEI, e o sistema ReportShare do programador, transmitindo as informações adquiridas pelo protocolo de autoavaliação à base de dados do fabricante, demonstraram-se úteis no seguimento dos portadores de DCEI. Conferiram um tempo de resposta mais precoce a eventos críticos que o da avaliação presencial convencional, sem apresentar diferença estatística significante dos valores obtidos para os parâmetros avaliados e permitiram um diagnóstico das disfunções críticas do DCEI.BACKGROUND: Remote interrogation of implantable electronic cardiac devices (DCEIs) is an important tool for tracking patients with these devices, especially in places where access to the reference medical center is hampered by the geographical distances and their costs. These difficulties are most evident in Amazonas, the largest state in Brazil, possessing continental dimensions and unique topography, in which the main transportation route is the river, and which has only one reference center for face-to- face assessment of the DCEI, in the State Capital. OBJECTIVE: To demonstrate that the remote interrogation of DCEI is as effective as the in-person interrogation in the diagnosis of the proper functioning of the devices. METHODS: Eighty-eight patients with DCEI manufactured by BiotronikR who were already assisted by the Pacemaker and Electrophysiology Service of the Francisca Mendes University Hospital (HUFM) were selected. Patients were randomized into two groups of 44 patients, one for in- person evaluation (Group P - questioned by the investigating physician) and one for remote interrogation (Group R - questioned by a non-medical professional) after applying the inclusion and exclusion criteria. The two groups had their DCEIs evaluated monthly over a period of four months. The parameters, obtained with the adjusted HUFM’s DCEI self-assessment protocol, as battery status, leads impedance, sense and stimulations thresholds, and also DCEI’s alerts, were transcribed in a data collection form for the two groups, as well as sent by the "ReportShare" system to manufacturer’s data center, such as in a telemedicine system. The collected data remained secretly guarded in the cloud and were later reanalyzed by an auditor who was blinded to which group the information came from. The information, recorded in the instrument of data collection, as well as those stored in the data center, were tabulated for statistical treatment. RESULTS: There were 349 evaluations for the in- person and remote interrogation groups, and 344 evaluations registered in the manufacturer’s database. The self-evaluation protocol was able to obtain all the necessary parameters for DCEI’s evaluation in 86.82% of the cases and the "ReportShare" system properly sent the data to the manufacturer's database in 98.57% of them, allowing the DCEI’s function diagnosis in 93.6% of the evaluations. CONCLUSION: The self-assessment protocol, obtaining the necessary parameters for DCEI’s diagnostic functioning, and the programmer’s ReportShare system, transmitting the self-assessment protocol acquired information to the manufacturer’s database, were found to be useful in the DCEI follow-up. They conferred an earlier time-response to critical events than that of the in-person conventional evaluation, without presenting a statistically significant difference between the obtained values for the evaluated parameters and allowed a diagnosis of critical DCEI dysfunctions.Trabalho inovador na interrogação remota de dispositivos cardiacos eletronicos implantaveis no Amazonas.Universidade Federal do AmazonasFaculdade de MedicinaBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em CirurgiaSilva, Ivan Tramujas da Costa ehttp://lattes.cnpq.br/9640083128507793Brum, Ione Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7149338419910496Menezes, Arteiro Queirozhttp://lattes.cnpq.br/5270584771549590Maduro, Simão Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/11485517299738552019-03-01T18:25:28Z2018-03-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMADURO, Simão Gonçalves. Avaliação remota dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis - nova metodologia de uso em Manaus. 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Cirurgia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6994porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2019-03-02T05:04:10Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/6994Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922019-03-02T05:04:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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