A trama do monzogranito itã: Escudo das Guianas, RR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlitos, Stipan Douglas da Adélia
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1008171936688675
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9129
Resumo: O Granito Itã é constituído principalmente por litofáceis de granodiorito e monzogranito cujos limites indicam que se formaram por pulsos que interagiram ainda em estado magmático, e que depois de cristalizados foram intrudidas por sienogranito na forma de diques e apófises. Estas litofáceis são metaluminosas, exibem assinatura geoquímica cálcio-alcalina de alto-K e distribuição dos ETRL maior em relação aos elementos pesados, o que sugere fracionamento moderado na sua gênese. Evidências de assimilação incipiente foram localmente observadas. O alojamento plutônico do Granito Itã na crosta inferior ocorreu sob domínio regional de tectônica transpressiva, impondo-lhe formato elíptico com eixo maior orientado para os azimutes de 220°-230° para 050°-060° e registro de petrotrama interna caracterizada por foliação magmática com atitude variando nos azimutes 230°-260°/50°-70°. Mecanismos de acomodação na crosta vinculados a processos convectivos de câmara foram preservados na petrotrama do centro do plúton. A organização, distribuição espacial e orientação desta petrotrama são coerentes com a posição do vetor de encurtamento tectônico regional no azimute de 320°-340° para 140°-160°. A origem e organização de sua petrotrama em domínios, e seu alto mergulho no centro do plúton, similar à petrotrama de suas rochas hospedeiras é sugestivo de uma reologia plástica (alta temperatura) da crosta durante a colocação plutônica. Deformação de estado sólido por cisalhamento simples com lineação de baixo rake e caimento dominante para o Norte e rotação dextral foi registrada em alta temperatura. Essa deformação ocorre disposta em faixas onde a rocha exibe textura milonítica com atitude paralela à foliação magmática. Interpreta-se que o Granito Itã cristalizou em temperaturas de 843 °C a 825 °C, foi alojado em dois pulsos principais que interagiram entre si, em pressões entre 1043, 690 e 275 MPa condizentes com ambiente de crosta inferior em arco magmático. O plúton registrou petrotrama submagmática dominante e de estado sólido subordinada, a qual foi compartimentada em domínios em condições sin a tardi-cinemáticas. Considerando que as rochas encaixantes do Granito Itã são charnockito e sienogranito (tipo wiborgito) deformados e que possuem petrotramas com organização e orientação similar à do Granito Itã, interpreta-se que todas estas rochas registraram suas respectivas petrotramas sob influência do mesmo evento tectônico e por tanto seriam temporalmente próximas e cinematicamente coerentes.
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spelling A trama do monzogranito itã: Escudo das Guianas, RRCIENCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIENCIAS: GEOLOGIAMonzogranito metaluminoso. Cálcio-alcalino. Petrotrama de origem magmática. Alojamento plutônico sin-cinemático em arco magmáticoO Granito Itã é constituído principalmente por litofáceis de granodiorito e monzogranito cujos limites indicam que se formaram por pulsos que interagiram ainda em estado magmático, e que depois de cristalizados foram intrudidas por sienogranito na forma de diques e apófises. Estas litofáceis são metaluminosas, exibem assinatura geoquímica cálcio-alcalina de alto-K e distribuição dos ETRL maior em relação aos elementos pesados, o que sugere fracionamento moderado na sua gênese. Evidências de assimilação incipiente foram localmente observadas. O alojamento plutônico do Granito Itã na crosta inferior ocorreu sob domínio regional de tectônica transpressiva, impondo-lhe formato elíptico com eixo maior orientado para os azimutes de 220°-230° para 050°-060° e registro de petrotrama interna caracterizada por foliação magmática com atitude variando nos azimutes 230°-260°/50°-70°. Mecanismos de acomodação na crosta vinculados a processos convectivos de câmara foram preservados na petrotrama do centro do plúton. A organização, distribuição espacial e orientação desta petrotrama são coerentes com a posição do vetor de encurtamento tectônico regional no azimute de 320°-340° para 140°-160°. A origem e organização de sua petrotrama em domínios, e seu alto mergulho no centro do plúton, similar à petrotrama de suas rochas hospedeiras é sugestivo de uma reologia plástica (alta temperatura) da crosta durante a colocação plutônica. Deformação de estado sólido por cisalhamento simples com lineação de baixo rake e caimento dominante para o Norte e rotação dextral foi registrada em alta temperatura. Essa deformação ocorre disposta em faixas onde a rocha exibe textura milonítica com atitude paralela à foliação magmática. Interpreta-se que o Granito Itã cristalizou em temperaturas de 843 °C a 825 °C, foi alojado em dois pulsos principais que interagiram entre si, em pressões entre 1043, 690 e 275 MPa condizentes com ambiente de crosta inferior em arco magmático. O plúton registrou petrotrama submagmática dominante e de estado sólido subordinada, a qual foi compartimentada em domínios em condições sin a tardi-cinemáticas. Considerando que as rochas encaixantes do Granito Itã são charnockito e sienogranito (tipo wiborgito) deformados e que possuem petrotramas com organização e orientação similar à do Granito Itã, interpreta-se que todas estas rochas registraram suas respectivas petrotramas sob influência do mesmo evento tectônico e por tanto seriam temporalmente próximas e cinematicamente coerentes.The Itã Granite is composed mainly of granodiorite and monzogranite facies whose limits indicate that they were formed by pulses that interacted while still in a magmatic state, and that after crystallization were intruded by syenogranite in the form of dykes and apophyses. These lithofacies are metaluminous, exhibit high-K calc-alkaline geochemical signature and higher ETRL distribution in relation to heavy elements, which suggests moderate fractionation as the dominant petrogenetic process. Evidence of incipient assimilation was locally observed. The plutonic lodging of the Itã Granite in the lower crust occurred under a regional transpressive tectonic domain, imposing an elliptical shape with a major axis oriented to azimuths 220°-230° to 050°-060° and an internal Petro fabric record characterized by magmatic foliation with an attitude varying in azimuths 230°-260°/50°-70°. Mechanisms linked to chamber convective processes were preserved in the petrofabric of the center of the pluton. The organization, spatial distribution and orientation of this petrofabrics are consistent with the position of the regional tectonic shortening vector in the azimuths from 320°-340° to 140°-160°. The origin and orientation of its petrofabric into domains, and its high dip in the center of the pluton, similar to the petrofabrics of its host rocks, is suggestive of a plastic (high temperature) rheology of the crust during plutonic emplacement. Simple-shear solid-state deformation with low rake lineation and dominant northward droop and dextral rotation was recorded at high temperature. This deformation occurs arranged in bands where the rock exhibits mylonitic texture with attitude parallel to the magmatic foliation. The Itã Granite crystallized at temperatures from 843 °C to 827 °C, was hosted in two main pulses that interacted with each other, at pressures between 1043, 690 and 275 MPa consistent with the lower crust environment in a magmatic arc. During it is emplacement, the pluton recorded dominant submagmatic and subordinate solid-state petrofabrics under sin-kinematic to late-kinematic conditions. Considering that the host rocks of the Itã Granite are deformed charnockite and syenogranite (wiborgite type) and that they have petrofabric with organization and orientation similar to that of the Itã Granite, it is interpreted that all these rocks recorded their respective petrofabric under the influence of the same tectonic event and by both would be temporally close and cinematically coherent.Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasCentro de Ciências do AmbienteBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em GeociênciasSalazar, Carlos Alejandrohttp://lattes.cnpq.br/8155820593478605Vilalva, Frederico Castro JobimCavalcante, Geane Carolina GonçalvesCarlitos, Stipan Douglas da Adéliahttp://lattes.cnpq.br/10081719366886752022-10-21T20:36:34Z2022-05-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCARLITOS, Stipan Douglas da Adélia. A trama do monzogranito itã: Escudo das Guianas, RR. 2022. 94 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2022.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9129porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2022-10-22T05:03:34Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/9129Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922022-10-22T05:03:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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Carlitos, Stipan Douglas da Adélia
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