Meu corpo (in)finito e (in)completo: vivências da corporeidade na Síndrome de Turner

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Rebeca Louise Pevas Lima de
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2243517330142333
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5499
Resumo: Esta pesquisa qualitativa voltou-se à compreensão das vivências da corporeidade para mulheres que convivem com a Síndrome de Turner (S.T) - refere-se à modificação genética advinda da deleção total, parcial, ou alternância no segundo cromossomo do par sexual feminino (XX) na maioria das células do corpo. Acontece durante a formação embrionária, não tendo relação hereditária ou de faixa etária dos pais. São fatores que fomentam o estudo: o pouco olhar para o “ser na Síndrome de Turner”; o não-aprofundamento de questões subjetivas referentes às principais repercussões como o baixo índice de natalidade, a baixa estatura, a imaturidade sexual e a infertilidade; além do tratamento (aplicação do Hormônio de Crescimento e reposição de Estrogênio-Progesterona), ou do adoecimento em si – quando comprometimentos orgânicos ocorrem (Nestes casos, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas). Participaram 8 mulheres residentes na capital de São Paulo, ou que lá estiveram durante a pesquisa. As entrevistas foram norteadas pelas seguintes questões: 1) Como tem sido conviver com a Síndrome de Turner? 2) Como foi para você o momento do diagnóstico da Síndrome de Turner? O que você pensou, o que você sentiu? 3) Como é conviver com o olhar do Outro; como você se sente em relação a isso? O método empregado foi o fenomenológico. A análise baseou-se nas considerações de Martins & Bicudo, Amatuzzi e Giorgi, versando sobre elementos importantes para a elaboração das seguintes categorias principais: conviver com a Síndrome de Turner tem sido... ; “Não vou conseguir” X “O que consigo”; sou normal! Me aceito e levo uma vida normal!; (des)Conheço, me (des)Aproprio, me (des)Cuido; Convivendo com a Síndrome de Turner: o ser não-desenvolvido, o ser-mulher e o ser-mãe; Olhar do/no Outro. Através destas, foi construída a Síntese e a análise Compreensiva das vivências relatadas. O trabalho contribuiu à disseminação do conhecimento sobre a síndrome, em seu caráter dissociado do puramente nosológico. A maneira como os profissionais de saúde atendem pessoas com S. T. parece essencial; assim como a visão e as expectativas que a família cria em torno da Síndrome, permeadas pelo que conhecem sobre. O não-esclarecimento pode aumentar a angústia de entrar em um “novo universo”: de comparações (comparar-se com mulheres que tem filhos biológicos, ou que estão em um relacionamento amoroso, como se isso nunca fosse passível de acontecer consigo); e, a princípio, consideram não serem capazes de concretizar seus objetivos. À medida que se (re)conhecem, Ter ou não S.T deixa de ser substancial para se tornar apenas um dos aspectos da vida de mulheres com a síndrome e seus familiares. Conforme as mulheres entrevistadas relatam, é preciso estar atentas, se cuidar e ir em busca de seus direitos. Espera-se que outras pesquisas aprimorarem a compreensão acerca de como os pais são atravessados pelo ser-pai ou ser-mãe de uma filha diagnosticada com S.T; ou versem sobre a compreensão dos profissionais da área da saúde sobre o fenômeno e a postura adotada.
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São fatores que fomentam o estudo: o pouco olhar para o “ser na Síndrome de Turner”; o não-aprofundamento de questões subjetivas referentes às principais repercussões como o baixo índice de natalidade, a baixa estatura, a imaturidade sexual e a infertilidade; além do tratamento (aplicação do Hormônio de Crescimento e reposição de Estrogênio-Progesterona), ou do adoecimento em si – quando comprometimentos orgânicos ocorrem (Nestes casos, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas). Participaram 8 mulheres residentes na capital de São Paulo, ou que lá estiveram durante a pesquisa. As entrevistas foram norteadas pelas seguintes questões: 1) Como tem sido conviver com a Síndrome de Turner? 2) Como foi para você o momento do diagnóstico da Síndrome de Turner? O que você pensou, o que você sentiu? 3) Como é conviver com o olhar do Outro; como você se sente em relação a isso? O método empregado foi o fenomenológico. A análise baseou-se nas considerações de Martins & Bicudo, Amatuzzi e Giorgi, versando sobre elementos importantes para a elaboração das seguintes categorias principais: conviver com a Síndrome de Turner tem sido... ; “Não vou conseguir” X “O que consigo”; sou normal! Me aceito e levo uma vida normal!; (des)Conheço, me (des)Aproprio, me (des)Cuido; Convivendo com a Síndrome de Turner: o ser não-desenvolvido, o ser-mulher e o ser-mãe; Olhar do/no Outro. Através destas, foi construída a Síntese e a análise Compreensiva das vivências relatadas. O trabalho contribuiu à disseminação do conhecimento sobre a síndrome, em seu caráter dissociado do puramente nosológico. A maneira como os profissionais de saúde atendem pessoas com S. T. parece essencial; assim como a visão e as expectativas que a família cria em torno da Síndrome, permeadas pelo que conhecem sobre. O não-esclarecimento pode aumentar a angústia de entrar em um “novo universo”: de comparações (comparar-se com mulheres que tem filhos biológicos, ou que estão em um relacionamento amoroso, como se isso nunca fosse passível de acontecer consigo); e, a princípio, consideram não serem capazes de concretizar seus objetivos. À medida que se (re)conhecem, Ter ou não S.T deixa de ser substancial para se tornar apenas um dos aspectos da vida de mulheres com a síndrome e seus familiares. Conforme as mulheres entrevistadas relatam, é preciso estar atentas, se cuidar e ir em busca de seus direitos. Espera-se que outras pesquisas aprimorarem a compreensão acerca de como os pais são atravessados pelo ser-pai ou ser-mãe de uma filha diagnosticada com S.T; ou versem sobre a compreensão dos profissionais da área da saúde sobre o fenômeno e a postura adotada.This qualitative research is directed to comprehension of corporeity experiences to women whom live with Turner’s syndrome (T.S.). T. S., or gonadal digenesis, is a genetic disorder related with total, partial or rotation on second pair of female sexual chromosome (XX) in major of body’s cells. It Happens during embryonic development, excluding hereditary or parents age correlations. It has been fomenting aspects to construct this project: a few views for “being in Turner’s Syndrome”, the non-deeply of subjects questions involving most important repercussions, such as low born indices, short stature, sexual immaturity and infertility; in addition, certain, the treatment (Growth Hormone application, anabolic ingest and estrogen-progesterone replacement) and the illness itself – when assorted organics affections arise (in these cases, surgical procedures can be necessary. It’ll participate 8 women diagnosed with Turner’s syndrome, whom live in São Paulo Capital, or had been there during the research effectuation (was adopted intentionality criterion, thus there is representative quantity of participants on local choose). There interview was Northfield by these questions: 1) How has been hang out with Turner’s Syndrome? 2) How was, for you, the diagnostic moment? What did you think? What did you feel? 3) How is hang out with Other views? The analysis was based in Martins & Bicudo, Amattuzi and Giorgi considerations, treating about important elements for elaborating the main categories: hang out with Turner’s Syndrome has been…; I won’t get X What I get; I’m normal, I live a normal life! Unknown to me, so I disown and don’t take care myself; Hang out with Turner Syndrome: the no-developed-being, the women-being and the mother-being; The Other views to/from me. Through these, was constructed the comprehensive synthesis and analysis of related livingness. The work contributed for knowledge dissemination about the Syndrome, in its dissociated nosological character. The way as the health area professionals attend they was reported essential; also the image and expectative that family breeding around the Syndrome, permeated by its knowledge about. The no-clarify can increase the angst of entering in a new universe. The matching (matching herself with women whom have biologic sons, or that are in a lovely relationship, as its never can be happen with their; and, initially, consider not been capable of concrete their objectives. On the pass that knowledge themselves, bas or has not S. T leave off be substantial to turns just one of the women with Turner’s syndrome and their families life aspects. Under the interviewed women speak, they need to be attends, care themselves and go on in rights seeking. It’s hoped that others researches improve the comprehension concerning to how the parents are been per passing by being-father, or being-mother of a Diagnosed with Turner’s syndrome daughter; or deal with the professionals health area comprehension about the Phenomenon and the adopted postureUniversidade Federal do AmazonasFaculdade de PsicologiaBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em PsicologiaCastro, Ewerton Helder Bentes dehttp://lattes.cnpq.br/9404811031167076Espíndula, Joelma Ana GutierrezJosé, Ermelinda do Nascimento SalémFreitas, Rebeca Louise Pevas Lima dehttp://lattes.cnpq.br/22435173301423332017-02-09T16:05:28Z2018-02-092016-11-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFREITAS, rebeca Louise Pevas Lima de. Meu corpo (in)finito e (in)completo: vivências da corporeidade na Síndrome de Turner. 2016. 92 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5499porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2018-06-26T05:03:49Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/5499Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922018-06-26T05:03:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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