Interferência das plantas daninhas e níveis de infestação do percevejo Thlastocoris laetus (Mayr, 1866) (Hemiptera: Coreidae) na cultura do abacaxi (Ananas comosus (L) Merril)

• Autor(a) principal: Oliveira, Silvana Pimentel de
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8743103822142959
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7238
• topic: Erva daninha; Percevejo (Inseto); Abacaxi; CIÊNCIAS AGRÁRIAS: AGRONOMIA: FITOSSANIDADE; Período crítico; Estresse fisiológico; Fluorescência da clorofila a; Percevejo do abacaxi

O conhecimento do período crítico das plantas daninhas nas culturas é uma ferramenta útil na tomada de decisão do período necessário de controle dessas plantas, tanto do ponto de vista biológico quanto econômico. O objetivo desta pesquisa foi definir o período crítico de prevenção da interferência das plantas daninhas na cultura do abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merril) e os níveis de infestação do percevejo do abacaxi (Thlastocoris laetus (Mayr) na cultura. O experimento foi conduzido na Vila do Engenho, município de Itacoatiara, AM, nos anos agrícolas 2016 e 2018. O delineamento experimental empregado foi de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 2 x 15 com quatro repetições, com dois manejos: controle e convivência com as plantas daninhas e; 15 períodos crescentes de trinta dias, após o plantio: 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270, 300, 330, 360, 390 e 420. Os tratamentos experimentais consistiram de dois grupos, um de controle e outro de convivência da cultura com as plantas daninhas. Nos tratamentos de controle, a partir do plantio, foram empregadas capina manual (com enxada) e mecânica (com roçadeira) por períodos crescentes e, ao final de cada período, as plantas daninhas puderam se desenvolver livremente nas parcelas experimentais. Nos tratamentos de convivência, a partir do plantio, as plantas daninhas conviveram com a cultura por períodos crescentes e, ao final de cada período, realizou-se o controle, com capina mecânica e química, nas parcelas que permaneceram limpas até a colheita. O herbicida Dicloreto de paraquate na dose de 300g ha-1 de ingrediente ativo (i.a.) foi utilizado no controle das plantas daninhas. A produtividade e o acúmulo de Prolina foram utilizados para determinação do período crítico, considerando perdas de 5 e 10% no rendimento da cultura. As características analisadas foram biometria da planta, análises físico-químicas dos frutos, quantificação da fluorescência da clorofila a, clorofilas a, b, total (a+b), relação chl a/b, teores de macro e micronutrientes na folha D e concentração de T. laetus nas estruturas da planta: folhas, pedúnculo, fruto, coroa e filhote. O período crítico de prevenção à interferência em função da produtividade, considerando níveis de 5 e 10% de perdas, foram de 259 e 204 dias, respectivamente, e de 388 e 366 dias para os mesmos níveis, quando utilizada a Prolina como indicador. As características biométricas da planta, os aspectos físicos do fruto e os teores da acidez total (ATT) dos sólidos solúveis (SST) e da relação SST/ATT foram alterados pelos maiores períodos de convivência com as plantas daninhas. Da mesma forma, os maiores períodos de convivência ocasionaram perdas na fluorescência da clorofila a e promoveram alterações nos teores de clorofila a, b, total (a+b), relação chl a/b e carotenoides além de desequilíbrio nos níveis de nutrientes nas folhas D do abacaxizeiro, levando a concentrações inferiores às recomendadas pela literatura. A remoção das plantas daninhas causou elevação do nível de infestação de T. laetus e o principal nicho de ataque do inseto é o fruto. A dinâmica populacional da espécie é influenciada pela precipitação e pela fase fenológica da cultura e apresenta maiores populações no final do crescimento vegetativo e na época da frutificação.