Padrões de distribuição espacial de Opiliões (Arachnida: opiliones) em uma área de floresta de terra firme na Amazônia Central

• Autor(a) principal: Lança, Larissa de Souza
• Data de Publicação: 2011
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0633308277398700
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5450
• topic: Floresta de Terra Firme; Opiliones; Padrões de Distribuição; CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Os opiliões apresentam a quarta maior diversidade dentro da classe Arachnida, contando com cerca de 6.490 espécies descritas para o mundo. Seu pico de diversidade é registrado para as regiões tropicais do globo, especialmente no Neotrópico. Para a Amazônia, região reconhecida mundialmente pela elevada biodiversidade, esta ordem ainda encontra-se pouco conhecida, tanto no aspecto taxonômico e sistemático quanto ecológico. Este estudo teve como objetivo inventariar a Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas, ao norte da cidade de Manaus, AM em relação a este grupo, bem como investigar os padrões de distribuição espacial da comunidade de opiliões em uma área de floresta de terra firme. Foram coletados um total de 1.115 indivíduos, dos quais 52 eram jovens e não permitiram sua correta identificação. Um total de 28 espécies, 12 famílias e 13 gêneros foram determinados até o momento. Dentre as espécies, somente oito são conhecidas, sendo que as demais representam até 71% de novos registros. Somente as famílias Cosmetidae e Sclerosomatidae representaram mais de 68% do total de indivíduos coletados, sendo estas as mais abundantes e amplamente distribuídas. Em relação aos gradientes ambientais, não foi verificado uma forte substituição de espécies na escala investigada; entretanto, constatou-se que cada método empregado na coleta amostrou diferentes assembleias de opiliões,, as quais evidenciam a importância da dos microhabitats nos padrões de distribuição destas espécies. A curva de acumulação de espécies e análises de composição das assembleias mostraram que a técnica de busca ativa noturna por si só é capaz de amostrar satisfatoriamente a comunidade de opiliões, sugerindo que em situações cujo tempo ou recurso financeiro forem fatores limitantes, essa metodologia seja empregada de forma a otimizar ambos com resultados satisfatórios. Este trabalho em meso-escala permitiu observar que as condições de microhabitat interferem mais na distribuição espacial dos opiliões do que gradientes ambientais. Assim, propõe-se que novos protocolos de coleta específicos sejam testados para o grupo em questão, a fim de otimizar o tempo em campo e o custo das pesquisas, ainda escassas na região.