Parasitos helmintos intestinais em Saguinus bicolor (Spix, 1823) (Primates, Callitrichidae)

• Autor(a) principal: Gomes, Adna Wally de Melo
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8176132736213152
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7653
• topic: Parasitos; Saguinus bicolor (sauim-de-coleira); Parasitoses intestinais; Helmintíases zoonóticas - Primatas; Acantocéfalos; CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ZOOLOGIA: ZOOLOGIA APLICADA: CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES ANIMAIS; Saguinus bicolor; Sauim de coleira; Helmintos; Acanthocephala; Nematoda

Este trabalho teve como objetivo principal, avaliar a fauna de helmintos encontrada nos estômagos e intestinos dos sauins de coleira (Saguinus bicolor) atropelados no fragmento do Campus Universitário da UFAM, que se encontravam depositados nos freezers do projeto sauim de coleira no decorrer dos últimos 18 anos. A procura por helmintos adultos foi realizada nos estômagos e intestinos removidos dos indivíduos descongelados. Duas espécies de helmintos foram encontradas Prostenorchis elegans (Acanthocephala) e Subulura sp. (Nematoda), ambos novos registros para Saguinus bicolor. Foram necropsiados 59 sauins, 36 machos e 20 fêmeas, a prevalência total de infecção foi de 52,54% (31/59), 52,77% dos machos estavam infectados e 55% das fêmeas também estavam infectadas. Dos 31 indivíduos positivos para helmintos, 29 (93,54%) estavam infectados com Acanthocephala, cinco (16,12%) com Nematoda, e três (9,67%) com ambos os filos. Foram encontrados 355 espécimes parasitas, sendo 344 Acanthocephala e 11 Nematoda. Não encontramos diferença significativa quando comparamos o número de parasitos entre machos e fêmeas, e nem encontramos correlação com a pluviosidade quando realizamos as análises. Entre os exemplares utilizados havia seis indivíduos que considerei doentes, pelo histórico do livro de tombamento do projeto sauim de coleira onde eram registrados os sauins que chegavam, assim, comparando esses indivíduos com os demais sem histórico de doença a diferença foi significativa. O mês de maior incidência de parasitas foi o mês de janeiro. Uma série de fatores podem estar influenciando na dinâmica da relação parasita x hospedeiro, sazonalidade, fenologia, posição hierárquica do sauim, taxas hormonais, fatores que precisam ser melhor avaliados. A continuidade do estudo dessa relação pode ser uma importante ferramenta para o estudo da conservação desse primata ameaçado que é o sauim de coleira.