E se falássemos sobre terra preta?
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6019 |
Resumo: | No discurso científico as terras pretas de índio sào solos férteis resultantes da ação do homem do passado, portanto, solos antropogênicos. No discurso dos agricultores esses solos sào “veias de terra preta" e se apresentam como solos naturais. O interesse por esses solos não está restrito aos agricultores que cultivam nessas áreas há décadas e têm nelas a continuidade de suas vidas. E de interesse, também, das instituições científicas que estudam o processo de formação e fertilidade desses solos escuros que ocorrem em áreas de sítios arqueológicos. O objetivo foi entender as interpretações e as relações construídas em rede. usando a TPI como objeto de interesse comum entre os sujeitos científicos do INPA e EMBRAPA que pesquisam esses solos e os sujeitos sociais da Comunidade Conceição II. Manacapuru/AM. que cultivam nesses solos. Como tema transversal foram abordadas questões voltadas aos dispositivos legais de proteção do patrimônio arqueológico, a partir de uma perspectiva dialógica entre a Antropologia e Arqueologia. Os resultados revelam que a terra preta é um objeto que materializa as relações sociais construídas entre tais sujeitos. 11a medida em que trazem consigo subjetividades que se manifestam num perfil binário (artificial e natural) em que cada sujeito, do conhecimento científico e do saber local, tem seu jeito de lidar e de percebê-la. |
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E se falássemos sobre terra preta?Terra Preta de índioPatrimônio ArqueológicoCIENCIAS HUMANAS: ANTROPOLOGIANo discurso científico as terras pretas de índio sào solos férteis resultantes da ação do homem do passado, portanto, solos antropogênicos. No discurso dos agricultores esses solos sào “veias de terra preta" e se apresentam como solos naturais. O interesse por esses solos não está restrito aos agricultores que cultivam nessas áreas há décadas e têm nelas a continuidade de suas vidas. E de interesse, também, das instituições científicas que estudam o processo de formação e fertilidade desses solos escuros que ocorrem em áreas de sítios arqueológicos. O objetivo foi entender as interpretações e as relações construídas em rede. usando a TPI como objeto de interesse comum entre os sujeitos científicos do INPA e EMBRAPA que pesquisam esses solos e os sujeitos sociais da Comunidade Conceição II. Manacapuru/AM. que cultivam nesses solos. Como tema transversal foram abordadas questões voltadas aos dispositivos legais de proteção do patrimônio arqueológico, a partir de uma perspectiva dialógica entre a Antropologia e Arqueologia. Os resultados revelam que a terra preta é um objeto que materializa as relações sociais construídas entre tais sujeitos. 11a medida em que trazem consigo subjetividades que se manifestam num perfil binário (artificial e natural) em que cada sujeito, do conhecimento científico e do saber local, tem seu jeito de lidar e de percebê-la.In the scientifíc discourse. Amazonian dark earths are fertile soils resulting from past human actions: therefore. they are anthropogenic soils. In The fanners' discourse. these soils are "veins of black eaith" and present themselves as natural soils. The interest in these soils is not restricted to the fanners who have cultivated in these areas for decades and for whom they represent the continuity of their lifes. It is also of interest to the scientifíc institutions that study the process of fonnation and feitility of these dark soils that occur in archaeological sites. The objective here was to understand the interpretations and relations in this network. using TPI as an object of connnon interest between the scientifíc subjects of INPA and EMBRAPA researching these soils and the social subjects of the Conception II Community. Manacapuni. Amazonas, who cultivate these soils. As a cross-cutting theme. questions were raised about the legal provisions for the protection of this archaeological heritage. from the perspective of a dialogue between Anthropology and Archaeology. The results reveal that these dark earths are objects that materialize the social relations constmcted among these subjects. since they bring with them subjectivities that are manifested in a binaiy fonnat (artificial and natural) in which each subject. actors with scientifíc knowledge and actors with local knowledge. has his way of dealing with and perceiving them.Universidade Federal do AmazonasMuseu AmazônicoBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Antropologia SocialShock, Myrtle Pearlhttp://lattes.cnpq.br/5738499175959946Souza, Margaret Cerqueira dehttp://lattes.cnpq.br/71866771737363192017-11-17T15:34:19Z2016-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUZA, Margaret Cerqueira de. E se falássemos sobre terra preta?. 2016. 146 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6019porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2017-11-18T05:03:56Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/6019Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922017-11-18T05:03:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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