Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de extratos de fundos endofíticos em frente a cepas presentes nas infecções endodônticas

• Autor(a) principal: Barbosa, Rafael Saulo Santos
• Data de Publicação: 2009
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8899812931310507
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6859
• topic: Endodontia; Fungos endofíticos; Plantas amazônicas; Victoria amazonica; Vitória régia; CIÊNCIAS DA SAÚDE

A persistência de bactérias dentro do sistema de canais radiculares, após o preparo químico-mecânico tem sido considerada o fato etiológico principal da manutenção ou aparecimento de lesões refratárias. A biodiversidade de fungos endofíticos presentes na Amazônia Brasileira pode ser fonte natural de novos antibióticos para controle de microrganismos na Endodontia. Este trabalho avaliou 101 extratos de fungos endofíticos isolados de plantas amazônicas como Victoria amazonica, Rollinia sp. e Duguetia stelechantha quanto ao potencial antibiótico frente a cepas endodônticas. Foram testados, por meio do teste de difusão em ágar, extratos na concentração de 2 mg/mL contra cepas de Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Candida albicans. Os resultados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, utilizando o programa Epi-Info 3.5.1. Observou-se formação de halo de inibição para 18 extratos de V. amazonica. Não foi observado resultado positivo para os extratos de Rollinia sp. e D. stelechantha. Doze extratos foram positivos para S. aureus sendo a maior média de halos de 14 mm, sem diferença estatística entre as médias (p = 0,986). Seis extratos inibiram o crescimento de S. mutans sendo a maior média de 14 mm, com diferença estatística (p = 0,012). Dois extratos inibiram o crescimento de P. aeruginosa com média de 18 mm, sem diferença estatística (p = 0,998). Nenhum extrato foi capaz de inibir o crescimento de E. faecalis e C. albicans. Não houve diferença entre os tamanhos dos halos nos tempos de 24, 48 ou 72 horas. Os 18 extratos de V.amazonica e 4 frações foram submetidos a autobiografia, a qual mostrou resultado positivo para um extrato frente a S. mutans e um extrato para P. aeruginosa. Das frações testadas três apresentam atividade frente a P. aeruginosa. Para os 2 extratos e 3 frações cujos resultados foram positivos foi realizado o teste para determinação da concentração inibitória mínima (MID). O MID da fração TC4 foi de 250 µg/mL frente a P. aeruginosa. O estudo revelou que existe um potencial a ser explorado dentro da diversidade de fungos endofíticos que podem ser encontrados na região amazônica. Estudos complementares com extratos dos fungos endofíticos de V. amazonica devem ser realizados na tentativa da caracterização de uma substância pura.