A criança na fronteira amazônica: o viver no fio da navalha e o imaginário da infância
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5412 |
Resumo: | Este estudo assume o propósito de averiguar a forma pela qual ocorre o processo de construção do pensamento sobre a infância/criança na fronteira amazônica, dando primazia à expressão da criança sobre seu mundo infantil, seu modo de ser e estar no mundo dentro do espaço fronteiriço entre Tabatinga/Brasil e Letícia/Colômbia. Busca-se compreender a criança como um sujeito de ação e as infâncias como um fenômeno socialmente construído, dando ênfase às diferenças que se estabelecem conforme o contexto sócio-histórico, político, econômico e cultural. As discussões metodológica e teórica travadas na Sociologia da Infância em diálogo com o campo da interdisciplinaridade, sugerida por Edgar Morin, chamam a atenção para o fato de que a criança do Trapézio Amazônico é um constructo social que ecoa de dentro da fronteira influenciada pelos processos socioculturais de forma hibridizada, marcada por valores singularizantes. O locus da pesquisa de campo concentrou-se na comunidade Santa Rosa, pertencente à Tabatinga no Amazonas, localizada em linha de fronteira seca com Letícia. Dentre os múltiplos aspectos constatados, os resultados revelam que a criança e as infâncias na fronteira amazônica assumem aspectos diferenciados e revelam uma Amazônia-Criança pela percepção da própria criança. Fala-se de infâncias no plural, pela diversidade sociocultural que caracteriza a realidade investigada marcada pelo envolvimento das crianças como corpos de trabalho neste contexto de região fronteiriça em virtude da condição de pobreza à qual são submetidas, assomadas às transgressões que elas “lançam mão” para viver suas infâncias. Deve-se reconhecer, por final, que as crianças da fronteira amazônica são sujeitos de ação, pelo devir-criança no tempo presente vão desenhando suas infâncias e participam ativamente em seus grupos sociais transformando os espaços sociais de exclusão, ócio e caos em espaços reais para viver suas infâncias pelo brincar, em sua condição de criança, de prazer e diversão criando suas próprias formas de inserção e participação social. |
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A criança na fronteira amazônica: o viver no fio da navalha e o imaginário da infânciaFronteira Amazônica (Tabatinga/Brasil e Letícia/Colômbia)Infância na AmazôniaFormação da criançaComunidade de FronteiraEtnografiaCIÊNCIAS HUMANASEste estudo assume o propósito de averiguar a forma pela qual ocorre o processo de construção do pensamento sobre a infância/criança na fronteira amazônica, dando primazia à expressão da criança sobre seu mundo infantil, seu modo de ser e estar no mundo dentro do espaço fronteiriço entre Tabatinga/Brasil e Letícia/Colômbia. Busca-se compreender a criança como um sujeito de ação e as infâncias como um fenômeno socialmente construído, dando ênfase às diferenças que se estabelecem conforme o contexto sócio-histórico, político, econômico e cultural. As discussões metodológica e teórica travadas na Sociologia da Infância em diálogo com o campo da interdisciplinaridade, sugerida por Edgar Morin, chamam a atenção para o fato de que a criança do Trapézio Amazônico é um constructo social que ecoa de dentro da fronteira influenciada pelos processos socioculturais de forma hibridizada, marcada por valores singularizantes. O locus da pesquisa de campo concentrou-se na comunidade Santa Rosa, pertencente à Tabatinga no Amazonas, localizada em linha de fronteira seca com Letícia. Dentre os múltiplos aspectos constatados, os resultados revelam que a criança e as infâncias na fronteira amazônica assumem aspectos diferenciados e revelam uma Amazônia-Criança pela percepção da própria criança. Fala-se de infâncias no plural, pela diversidade sociocultural que caracteriza a realidade investigada marcada pelo envolvimento das crianças como corpos de trabalho neste contexto de região fronteiriça em virtude da condição de pobreza à qual são submetidas, assomadas às transgressões que elas “lançam mão” para viver suas infâncias. Deve-se reconhecer, por final, que as crianças da fronteira amazônica são sujeitos de ação, pelo devir-criança no tempo presente vão desenhando suas infâncias e participam ativamente em seus grupos sociais transformando os espaços sociais de exclusão, ócio e caos em espaços reais para viver suas infâncias pelo brincar, em sua condição de criança, de prazer e diversão criando suas próprias formas de inserção e participação social.Cette étude suppose que le but de déterminer la manière dont se produit le processus de réflexion sur l'enfance / enfant dans la frontière amazonienne de la construction, en donnant la priorité à l'expression de l'enfant sur le monde de ses enfants, leur façon d'être dans le monde dans la zone frontalière entre Tabatinga / Brésil et Leticia / Colombie. Essayez de comprendre l'enfant comme un sujet d'action et enfances comme un phénomène socialement construit, mettant l'accent sur les différences qui sont établies selon le contexte socio-historique, politique, économique et culturel. Les débats méthodologiques et theóriques en la sociologie de l'enfance dans le dialogue avec le domaine de l'interdisciplinarité, suggérée par Edgar Morin, a appelé l'attention sur le fait que l'enfant de l'Amazonie Trapèze est une construction sociale qui fait écho à l'intérieur de la frontière influencée par des processus socioculturels de forme hybridée caractérisé par des valeurs de singularizantes. Le site du champ de la recherche axée sur la communauté de Santa Rosa, appartenant à Tabatinga à Amazonas, situé dans la ligne frontière sèche avec Leticia. Parmi les nombreux aspects trouvés, les résultats révèlent que l'enfant et de l'enfance dans la frontière amazonienne assument différents aspects et révèlent une Amazone-enfant par la perception de l'enfant lui-même. On parle d'enfances plurielles, la diversité socio-culturelle qui caractérise la réalité étudiée marquée par la participation des enfants en tant que corps de travail dans ce contexte de la région frontalière en raison de l'état de la pauvreté à laquelle ils sont soumis, assomadas les transgressions qu'ils "tirent" de vivre leur enfance. Il faut reconnaître, à la fin, les enfants de la frontière amazonienne font l'objet de l'action l'enfant devient à cette époque va dessiner leur enfance et de participer activement à leurs groupes sociaux transforment les espaces sociaux de l'exclusion, l'oisiveté et le chaos dans l'espace réel de vivre leur enfance en jeu, dans l'état de votre enfant de plaisir et de plaisir à créer leurs propres formes d'inclusion sociale et la participation sociale.FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do AmazonasUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências Humanas e LetrasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na AmazôniaTorres, Iraildes Caldashttp://lattes.cnpq.br/2677966121712850Mota, Marinete Lourençohttp://lattes.cnpq.br/33158766765780332017-01-19T13:43:39Z2016-09-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMOTA, Marinete Lourenço. A criança na fronteira amazônica: o viver no fio da navalha e o imaginário da infância. 2016. 259 f. Tese (Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5412porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2017-01-20T05:03:18Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/5412Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922017-01-20T05:03:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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