Perfil nutricional das crianças indígenas menores de cinco anos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, estado do Amazonas, Brasil
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4560 |
Resumo: | Este estudo teve por objetivo de analisar o perfil nutricional das crianças menores de 5 anos acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões” (DSEI-ARS), Amazonas, Brasil. Trata-se de um estudo transversal do universo dos dados secundários do SISVAN-I. Esses dados foram coletados anteriormente por ocasião das ações de vigilância alimentar e nutricional realizadas nas comunidades indígenas do DSEI-ARS. Foram incluídos os dados de todas as crianças com registros nos mapas de acompanhamento do SISVAN-I de dezembro de 2013. Para a classificação do estado nutricional foram utilizados os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e índice de massa corporal/idade (IMC/I) usando os critérios das curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006 e do National Center for Health Statistics (NCHS), dos EUA, de 1977. Os índices E/I, P/I, P/E e IMC/I com valores menores que -2 escore-z foram definidos como baixa estatura para idade, baixo peso para idade, baixo peso para estatura (magreza) e magreza para idade, respectivamente. Valores maiores que +2 escore-z para os índices P/E e IMC/I foram classificados como sobrepeso. Foram excluídas das análises as crianças que não atendiam os critérios de elegibilidade do estudo e as que apresentaram valores de escore-z fora do limite de plausibilidade biológica recomendado pela OMS. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para identificar possíveis associações do estado nutricional com sexo, faixa etária e polo-base. Foi avaliado o estado nutricional de 7.520 crianças, que representam 85% das crianças indígenas assistidas pelo DSEI-ARS em dezembro de 2013. Segundo parâmetros da OMS, 44,9% das crianças apresentaram déficit de E/I, 9,2% de P/I, 3,8% de P/E e 4,3% de IMC/I. De acordo com o NCHS, 36,8% das crianças apresentaram baixa E/I, 12,8% baixo P/I e 3,7% baixo P/E. O sobrepeso chegou a 10,8% para o IMC/I, segundo a OMS, e 8,9% para o P/E, segundo o NCHS. Nas análises univariada e multivariada, o sexo masculino apresentou razão de prevalência 1,14 vezes maior (IC 95%: 1,08-1,20) que o sexo feminino para o déficit de E/I e 1,17 vezes maior (IC 95%: 1,02-1,36) que o sexo feminino para o déficit de P/I. Dois dos onze polos-base apresentaram menor razão de prevalência para o desenvolvimento de déficit de estatura para idade. Quanto ao déficit de IMC/I, o polo-base de Nova Itália apresentou razão de prevalência 2,94 vezes maior (IC 95%: 1,25-6,88) que a referência. As faixas etárias com maiores prevalências de déficit foram diferentes em função do indicador. O P/E e o IMC/I para todas as faixas etárias a partir de 6 meses apresentaram menor razão de prevalência para déficit. O SISVAN-I mostrou-se uma ferramenta útil na avaliação das condições de saúde e nutrição de populações indígenas. Destaca elevadas prevalências de desnutrição crônica entre as crianças, e coloca em evidência as desigualdades que enfrentam as crianças indígenas do alto rio Solimões. |
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Perfil nutricional das crianças indígenas menores de cinco anos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, estado do Amazonas, BrasilVigilância Alimentar - IndígenasSistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I)Avaliação nutricional - Crianças indígenasSaúde de Populações IndígenasAnthropometryNutritional EvaluationIndian Peoples’ HealthCIÊNCIAS DA SAÚDE: SAÚDE COLETIVAEste estudo teve por objetivo de analisar o perfil nutricional das crianças menores de 5 anos acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões” (DSEI-ARS), Amazonas, Brasil. Trata-se de um estudo transversal do universo dos dados secundários do SISVAN-I. Esses dados foram coletados anteriormente por ocasião das ações de vigilância alimentar e nutricional realizadas nas comunidades indígenas do DSEI-ARS. Foram incluídos os dados de todas as crianças com registros nos mapas de acompanhamento do SISVAN-I de dezembro de 2013. Para a classificação do estado nutricional foram utilizados os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e índice de massa corporal/idade (IMC/I) usando os critérios das curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006 e do National Center for Health Statistics (NCHS), dos EUA, de 1977. Os índices E/I, P/I, P/E e IMC/I com valores menores que -2 escore-z foram definidos como baixa estatura para idade, baixo peso para idade, baixo peso para estatura (magreza) e magreza para idade, respectivamente. Valores maiores que +2 escore-z para os índices P/E e IMC/I foram classificados como sobrepeso. Foram excluídas das análises as crianças que não atendiam os critérios de elegibilidade do estudo e as que apresentaram valores de escore-z fora do limite de plausibilidade biológica recomendado pela OMS. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para identificar possíveis associações do estado nutricional com sexo, faixa etária e polo-base. Foi avaliado o estado nutricional de 7.520 crianças, que representam 85% das crianças indígenas assistidas pelo DSEI-ARS em dezembro de 2013. Segundo parâmetros da OMS, 44,9% das crianças apresentaram déficit de E/I, 9,2% de P/I, 3,8% de P/E e 4,3% de IMC/I. De acordo com o NCHS, 36,8% das crianças apresentaram baixa E/I, 12,8% baixo P/I e 3,7% baixo P/E. O sobrepeso chegou a 10,8% para o IMC/I, segundo a OMS, e 8,9% para o P/E, segundo o NCHS. Nas análises univariada e multivariada, o sexo masculino apresentou razão de prevalência 1,14 vezes maior (IC 95%: 1,08-1,20) que o sexo feminino para o déficit de E/I e 1,17 vezes maior (IC 95%: 1,02-1,36) que o sexo feminino para o déficit de P/I. Dois dos onze polos-base apresentaram menor razão de prevalência para o desenvolvimento de déficit de estatura para idade. Quanto ao déficit de IMC/I, o polo-base de Nova Itália apresentou razão de prevalência 2,94 vezes maior (IC 95%: 1,25-6,88) que a referência. As faixas etárias com maiores prevalências de déficit foram diferentes em função do indicador. O P/E e o IMC/I para todas as faixas etárias a partir de 6 meses apresentaram menor razão de prevalência para déficit. O SISVAN-I mostrou-se uma ferramenta útil na avaliação das condições de saúde e nutrição de populações indígenas. Destaca elevadas prevalências de desnutrição crônica entre as crianças, e coloca em evidência as desigualdades que enfrentam as crianças indígenas do alto rio Solimões.This study aimed to analyze the nutritional profile of children under 5 years of age monitored by the Brazilian Indian Food and Nutrition Surveillance System (SISVAN-I) from the Brazilian Indian Special Sanitary District “Alto Rio Solimões” (DSEI-ARS), Amazonas, Brazil. This is a cross-sectional study on the universe of secondary data from SISVAN-I. This data was previously collected on the occasion of the food and nutrition surveillance actions carried out in the Indian communities of DSEI-ARS. Data from all children with records in the SISVAN-I monitoring maps for December 2013 were included. For classifying the nutritional status we used the indices height/age (H/A), weight/age (W/A), weight/height (W/H), and body mass index/age (BMI/A) using the criteria of the curves provided by the World Health Organization (WHO) for 2006 and by the U.S. National Center for Health Statistics for 1977. The indices H/A, W/A, W/H, and BMI/A with values lower than -2 z-score were defined as low height for age, low weight for age, low weight for height (meagreness), and meagreness for age, respectively. Values greater than +2 z-score for the indices W/H, and BMI/A were classified as overweight. The analyses excluded the children who did not meet the eligibility criteria of the study and those that had z-score values outside the biological plausibility limit recommended by the WHO. Univariate and multivariate analyses were performed to identify possible associations between nutritional status and gender, age group, and primary hub. We evaluated the nutritional status of 7,520 children, who represent 85% of the Indian children assisted by DSEI-ARS in December 2013. According to the WHO parameters, 44.9% of the children had a deficit in H/A, 9.2% in W/A, 3.8% in W/H, and 4.3% in BMI/A. According to the NCHS, 36.8% of the children had low H/A, 12.8% had low W/A, and 3.7% had low W/H. Overweight reached 10.8% for BMI/A, according to the WHO, and 8.9% for W/H, according to the NCHS. In the univariate and multivariate analyses, men had a prevalence ratio 1.14 times higher (95% CI: 1.08-1.20) than women for deficit in H/A and 1.17 times higher (95% CI: 1.08-1.20) than women for deficit in W/A. Two out of the eleven primary hubs had a lower prevalence ratio for developing deficit in height for age. As for the deficit in BMI/A, the primary hub “Nova Itália” had a prevalence ratio 2.94 times higher (95% CI: 1.25-6.88) than the reference. The age groups with higher deficit prevalence values were different depending on the indicator. W/H and BMI/A for all age groups from 6 months had a lower prevalence ratio for deficit. SISVAN-I has proved to be a useful tool to evaluate health and nutrition of Indian peoples. It highlights high prevalence values of chronic malnutrition among children and puts in evidence the inequalities faced by Indian children from the upper Solimões river.Não InformadaUniversidade Federal do AmazonasFaculdade de Ciências FarmacêuticasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na AmazôniaMainbourg, Evelyne Marie Theresehttp://lattes.cnpq.br/9390129101072174Mainbourg, Evelyne Marie ThereseHorta, Bernardo LessaOliveira, Maria Conceição deMedeiros, Francinara Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/98551466998910402015-08-12T18:38:40Z2015-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMEDEIROS, Francinara Guimarães. Perfil nutricional das crianças indígenas menores de cinco anos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, estado do Amazonas, Brasil. 2015. 106 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4560porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-05T19:40:17Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/4560Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-05T19:40:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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Perfil nutricional das crianças indígenas menores de cinco anos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, estado do Amazonas, Brasil Medeiros, Francinara Guimarães Vigilância Alimentar - Indígenas Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) Avaliação nutricional - Crianças indígenas Saúde de Populações Indígenas Anthropometry Nutritional Evaluation Indian Peoples’ Health CIÊNCIAS DA SAÚDE: SAÚDE COLETIVA |
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Este estudo teve por objetivo de analisar o perfil nutricional das crianças menores de 5 anos acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões” (DSEI-ARS), Amazonas, Brasil. Trata-se de um estudo transversal do universo dos dados secundários do SISVAN-I. Esses dados foram coletados anteriormente por ocasião das ações de vigilância alimentar e nutricional realizadas nas comunidades indígenas do DSEI-ARS. Foram incluídos os dados de todas as crianças com registros nos mapas de acompanhamento do SISVAN-I de dezembro de 2013. Para a classificação do estado nutricional foram utilizados os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e índice de massa corporal/idade (IMC/I) usando os critérios das curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006 e do National Center for Health Statistics (NCHS), dos EUA, de 1977. Os índices E/I, P/I, P/E e IMC/I com valores menores que -2 escore-z foram definidos como baixa estatura para idade, baixo peso para idade, baixo peso para estatura (magreza) e magreza para idade, respectivamente. Valores maiores que +2 escore-z para os índices P/E e IMC/I foram classificados como sobrepeso. Foram excluídas das análises as crianças que não atendiam os critérios de elegibilidade do estudo e as que apresentaram valores de escore-z fora do limite de plausibilidade biológica recomendado pela OMS. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para identificar possíveis associações do estado nutricional com sexo, faixa etária e polo-base. Foi avaliado o estado nutricional de 7.520 crianças, que representam 85% das crianças indígenas assistidas pelo DSEI-ARS em dezembro de 2013. Segundo parâmetros da OMS, 44,9% das crianças apresentaram déficit de E/I, 9,2% de P/I, 3,8% de P/E e 4,3% de IMC/I. De acordo com o NCHS, 36,8% das crianças apresentaram baixa E/I, 12,8% baixo P/I e 3,7% baixo P/E. O sobrepeso chegou a 10,8% para o IMC/I, segundo a OMS, e 8,9% para o P/E, segundo o NCHS. Nas análises univariada e multivariada, o sexo masculino apresentou razão de prevalência 1,14 vezes maior (IC 95%: 1,08-1,20) que o sexo feminino para o déficit de E/I e 1,17 vezes maior (IC 95%: 1,02-1,36) que o sexo feminino para o déficit de P/I. Dois dos onze polos-base apresentaram menor razão de prevalência para o desenvolvimento de déficit de estatura para idade. Quanto ao déficit de IMC/I, o polo-base de Nova Itália apresentou razão de prevalência 2,94 vezes maior (IC 95%: 1,25-6,88) que a referência. As faixas etárias com maiores prevalências de déficit foram diferentes em função do indicador. O P/E e o IMC/I para todas as faixas etárias a partir de 6 meses apresentaram menor razão de prevalência para déficit. O SISVAN-I mostrou-se uma ferramenta útil na avaliação das condições de saúde e nutrição de populações indígenas. Destaca elevadas prevalências de desnutrição crônica entre as crianças, e coloca em evidência as desigualdades que enfrentam as crianças indígenas do alto rio Solimões. |
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