Efeito do consumo de peixes gordurosos amazônicos sobre o metabolismo lipídico de ratos wistar.

• Autor(a) principal: Souza, Francisca das Chagas do Amaral
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4281093837396621
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3109
• topic: Peixe; Amazônia; Peixe Nutrição; Triglicerídeos; Amazon fish; Blood analysis; Cholesteral; Triglycerids; Mice.; CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

A obesidade é uma doença que ocorre como conseqüência do desequilibro no balanço entre energia ingerida e a gasta para a manutenção de processos vitais. A obesidade possui prevalência crescente, assumindo atualmente caráter epidêmico, sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública na sociedade moderna. Ela está associada com o aumento do risco de desenvolve diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemias e inúmeras outras doenças crônicas. As dietas ricas em lipídios podem ser um fator determinante para o desenvolvimento de tais doenças. A pesca contribui na oferta de alimentos e para o desenvolvimento nutricional de milhares de habitantes da região. Dentre os mais conhecidos e consumidos peixes da Amazônia estão o tambaqui (Colossoma macropomum), a matrinxã (Brycon cephalus) e o mapará (Hypophthalmus edentatus), os quais são consideradas espécies bastante gordurosas. Desta forma objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da dieta de peixes gordurosos (mapará, matrinxã e tambaqui) da Amazônia sobre o metabolismo lipídico de ratos machos da linhagem wistar. Assim foram alimentados ad libitum por 30 dias. Para tanto foram realizadas as dosagens de colesterol total e triglicérideos, glicose, proteínas e frações lipídicas do plasma. a taxa de lipogênese de novo in vivo foi medida nos tecidos RET, EPI, FIG e CARC, por meio da incorporação de 3H2O em lipídios. Nossos resultados mostram que o enriquecimento da dieta com peixes amazônicos gordurosos alterou o metabolismo lipídico dos ratos, diminuindo de forma efetiva a concentração plasmática de lipídios (Col. TG, e LDL) e aumentando o HDL. Além disso, a atividade lipolítica nos tecidos adiposos aumentou após 4 semanas de alimentação. Sugerindo que a ingestão de dietas hiperlipídicas pode ter efeito aterogênico, principalmente, por diminuírem determinadas frações lipídicas, que tem sido responsabilizada por causar graves problemas vasculares.