Toxicidade, caracterização molecular de bacillus sphaericus da amazônia e parâmetros do crescimento microbiano para a produção de bioinseticida.
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3063 |
Resumo: | A atividade larvicida de B. sphaericus, procedentes de diversas localidades da Amazônia, foi estimada por meio de bioensaios com Anopheles darlingi e Culex quinquefasciatus. Pela análise de Probit foi determinada a concentração letal mediana (CL50) e a potência em relação à estirpe padrão 2362. Os resultados apontaram as estirpes IB15 (CL50 = 0,040 ppm), IB19 e S1116 (CL50 = 0,048 ppm), IB16 (CL50 = 0,052 ppm) e S265 (CL50 = 0,057 ppm) como mais efetivas, sendo IB15 com potência cerca de 50% superior à estirpe 2362 nos bioensaios realizados contra A. darlingi e IB16 e S1116 mais potentes nos testes com C. quinquefasciatus, mostrando-se cerca de 300-400% superiores. Na caracterização molecular o gene da toxina binária foi diagnosticado em todas as estirpes estudadas e a toxina MTX1 foi observada em apenas quatorze estirpes. Com base nas sequências de BinA, foram observados 23 sítios polimórficos nas sequências, sendo apenas quatro informativos para parcimônia. Ao total obteve-se dez haplótipos entre as estirpes da Amazônia, sendo o haplótipo 1 (nove estirpes) similar a 2362 (Tipo 2) e o restante com sequências distintas. Os 16 sítios polimórficos observados nas sequências de aminoácidos resultaram em 19 aminoácidos variantes e, com base na distância genética, não foi possível estabelecer uma correlação entre variações nas sequências da toxina BinA e o nível de toxicidade, bem como a procedência das estirpes. Como B. sphaericus desperta um interesse biotecnológico na produção de biolarvicidas para controle de mosquitos vetores, foi estudado o crescimento microbiano da estirpe IB15 em meio NYSM, durante 24 horas de fermentação. IB15 apresentou um perfil de crescimento semelhante à estirpe 2362 quanto às produções de células, esporos, biomassa e em atividade larvicida ao longo da fermentação. Ao final, obteve-se 1,61x109 esporos.mL-1 com IB15 e 6,46x108 esporos.mL-1 com 2362. Os valores de TL50 foram semelhantes, sendo em média 2,5h nos testes com uma cultura do bacilo ao final de 24 horas. A estirpe IB15 demonstrou ser adequada para crescimento em meio NYSM, apresentando níveis desejados de produção de esporos e toxinas ao longo da fermentação. São necessários estudos complementares sobre produção em grande escala com essa estirpe para o desenvolvimento de biolarvicidas. Portanto, com os resultados obtidos nesse trabalho, verifica-se a grande importância do controle biológico de mosquitos com o emprego de bactérias entomopatogênicas, mostrando ser uma alternativa ou complemento viável no controle de mosquitos vetores na Amazônia. |
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Toxicidade, caracterização molecular de bacillus sphaericus da amazônia e parâmetros do crescimento microbiano para a produção de bioinseticida.Controle biológicoMosquitosBacillus sphaericusCaracterização molecularBiolarvicidasEntomopatogênicosBiological controlMosquitoesBacillus sphaericusMolecular characterisationBiolarvicidesEntomopatogenicsCIÊNCIAS BIOLÓGICASA atividade larvicida de B. sphaericus, procedentes de diversas localidades da Amazônia, foi estimada por meio de bioensaios com Anopheles darlingi e Culex quinquefasciatus. Pela análise de Probit foi determinada a concentração letal mediana (CL50) e a potência em relação à estirpe padrão 2362. Os resultados apontaram as estirpes IB15 (CL50 = 0,040 ppm), IB19 e S1116 (CL50 = 0,048 ppm), IB16 (CL50 = 0,052 ppm) e S265 (CL50 = 0,057 ppm) como mais efetivas, sendo IB15 com potência cerca de 50% superior à estirpe 2362 nos bioensaios realizados contra A. darlingi e IB16 e S1116 mais potentes nos testes com C. quinquefasciatus, mostrando-se cerca de 300-400% superiores. Na caracterização molecular o gene da toxina binária foi diagnosticado em todas as estirpes estudadas e a toxina MTX1 foi observada em apenas quatorze estirpes. Com base nas sequências de BinA, foram observados 23 sítios polimórficos nas sequências, sendo apenas quatro informativos para parcimônia. Ao total obteve-se dez haplótipos entre as estirpes da Amazônia, sendo o haplótipo 1 (nove estirpes) similar a 2362 (Tipo 2) e o restante com sequências distintas. Os 16 sítios polimórficos observados nas sequências de aminoácidos resultaram em 19 aminoácidos variantes e, com base na distância genética, não foi possível estabelecer uma correlação entre variações nas sequências da toxina BinA e o nível de toxicidade, bem como a procedência das estirpes. Como B. sphaericus desperta um interesse biotecnológico na produção de biolarvicidas para controle de mosquitos vetores, foi estudado o crescimento microbiano da estirpe IB15 em meio NYSM, durante 24 horas de fermentação. IB15 apresentou um perfil de crescimento semelhante à estirpe 2362 quanto às produções de células, esporos, biomassa e em atividade larvicida ao longo da fermentação. Ao final, obteve-se 1,61x109 esporos.mL-1 com IB15 e 6,46x108 esporos.mL-1 com 2362. Os valores de TL50 foram semelhantes, sendo em média 2,5h nos testes com uma cultura do bacilo ao final de 24 horas. A estirpe IB15 demonstrou ser adequada para crescimento em meio NYSM, apresentando níveis desejados de produção de esporos e toxinas ao longo da fermentação. São necessários estudos complementares sobre produção em grande escala com essa estirpe para o desenvolvimento de biolarvicidas. Portanto, com os resultados obtidos nesse trabalho, verifica-se a grande importância do controle biológico de mosquitos com o emprego de bactérias entomopatogênicas, mostrando ser uma alternativa ou complemento viável no controle de mosquitos vetores na Amazônia.Larvicidal activity of B. sphaericus from several places in Amazonia, was estimated to Anopheles darlingi and Culex quinquefasciatus. Pobit analysis was used to determine the median lethal concentration (LC50) and potency relative to the 2362 standard strain. Findings pointed out strains IB15 (LC50 = 0.040 ppm), IB19 and S1116 (LC50 = 0.048 ppm), IB16 (LC50 = 0.052 ppm) and S265 (LC50 = 0.057 ppm) as the most effective ones, being IB15 with a potency of close to 50%, higher to strain 2362 in the assays carried out with A. darlingi. IB16 and S1116 were more potent in the experiments with C. quinquefasciatus, showing to be nearly 300-400% higher. Through molecular characterisation were diagnosed the binary toxin gene in all twenty studied stains and MTX1 toxin was found only on fourteen of them. Twenty-three polymorphic sites on the sequences were observed on the basis of the BinA sequences, being only four of them informative for the parsimony. As a whole, ten haplotypes were obtained amongst the Amazonian strains, being haplotype 1 (nine strains) similar to that of 2362 (Type 2) and the rest presenting distinct sequences. The 16 polymorphic sites observed on the aminoacid sequences resulted into 19 variant aminoacids and, on the basis of the genetic distance among the strains, it was not possible to establish a correlation between variations on BinA toxin sequences and toxicity level, as well as precedence of the strains. As B. sphaericus raises biotechnological interest in the production of biolarvicides, IB15 strain microbial growth in NYSM medium during 24h of fermentation, was studied. It was found that IB15 presented a growth profile similar to 2362 strain to prduction of cells, spores, biomass and larvicidal activity throughout fermentation, with no statistically significant differences. At the end, 1.61x109 spores.mL-1 was obtained with IB15 and 6.46x108 spores.mL-1 with 2362. LT50 values were similar, being in average 2.5h in the experiments with one culture of the bacillus at the end of 24 hours. Strain IB15 showed to be suitable for growth in NYSM medium, presenting desirable levels of production of spores and toxins throughout fermentation. Further studies are needed on the large-scale production with that strain for the development of biolarvicides. Therefore, with the findings obtained in this study, one verifies the great importance of mosquito biological control with the use of entomopathogenic bacteria, showing to be a viable complement or alternative on the control of vector mosquitoes in Amazonia.Universidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências BiológicasBRUFAMPrograma de Pós-Graduação em BiotecnologiaTadei, Wanderli Pedrohttp://lattes.cnpq.br/6806722604010480Litaiff, Eleilza de Castrohttp://lattes.cnpq.br/76229224035398792015-04-20T12:31:08Z2015-04-072006-04-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLITAIFF, Eleilza de Castro. Toxicidade, caracterização molecular de bacillus sphaericus da amazônia e parâmetros do crescimento microbiano para a produção de bioinseticida. 2006. 145 f. Tese (Doutorado em Biotenologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2006.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3063porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-12T17:13:30Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/3063Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-12T17:13:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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A atividade larvicida de B. sphaericus, procedentes de diversas localidades da Amazônia, foi estimada por meio de bioensaios com Anopheles darlingi e Culex quinquefasciatus. Pela análise de Probit foi determinada a concentração letal mediana (CL50) e a potência em relação à estirpe padrão 2362. Os resultados apontaram as estirpes IB15 (CL50 = 0,040 ppm), IB19 e S1116 (CL50 = 0,048 ppm), IB16 (CL50 = 0,052 ppm) e S265 (CL50 = 0,057 ppm) como mais efetivas, sendo IB15 com potência cerca de 50% superior à estirpe 2362 nos bioensaios realizados contra A. darlingi e IB16 e S1116 mais potentes nos testes com C. quinquefasciatus, mostrando-se cerca de 300-400% superiores. Na caracterização molecular o gene da toxina binária foi diagnosticado em todas as estirpes estudadas e a toxina MTX1 foi observada em apenas quatorze estirpes. Com base nas sequências de BinA, foram observados 23 sítios polimórficos nas sequências, sendo apenas quatro informativos para parcimônia. Ao total obteve-se dez haplótipos entre as estirpes da Amazônia, sendo o haplótipo 1 (nove estirpes) similar a 2362 (Tipo 2) e o restante com sequências distintas. Os 16 sítios polimórficos observados nas sequências de aminoácidos resultaram em 19 aminoácidos variantes e, com base na distância genética, não foi possível estabelecer uma correlação entre variações nas sequências da toxina BinA e o nível de toxicidade, bem como a procedência das estirpes. Como B. sphaericus desperta um interesse biotecnológico na produção de biolarvicidas para controle de mosquitos vetores, foi estudado o crescimento microbiano da estirpe IB15 em meio NYSM, durante 24 horas de fermentação. IB15 apresentou um perfil de crescimento semelhante à estirpe 2362 quanto às produções de células, esporos, biomassa e em atividade larvicida ao longo da fermentação. Ao final, obteve-se 1,61x109 esporos.mL-1 com IB15 e 6,46x108 esporos.mL-1 com 2362. Os valores de TL50 foram semelhantes, sendo em média 2,5h nos testes com uma cultura do bacilo ao final de 24 horas. A estirpe IB15 demonstrou ser adequada para crescimento em meio NYSM, apresentando níveis desejados de produção de esporos e toxinas ao longo da fermentação. São necessários estudos complementares sobre produção em grande escala com essa estirpe para o desenvolvimento de biolarvicidas. Portanto, com os resultados obtidos nesse trabalho, verifica-se a grande importância do controle biológico de mosquitos com o emprego de bactérias entomopatogênicas, mostrando ser uma alternativa ou complemento viável no controle de mosquitos vetores na Amazônia. |
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