Trabalho precário em Manaus: os carreteiros da Feira Manaus Moderna
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2310 |
Resumo: | Nesta dissertação buscamos refletir sobre os trabalhadores que se autodenominam carreteiros da feira Manaus Moderna (oficialmente denominada de feira Cel. Jorge Teixeira). Esta feira está localizada no centro da cidade, em frente ao porto que leva o mesmo nome, onde se encontra uma multiplicidade de trabalhadores que desenvolvem as mais variadas formas de trabalho. Lá encontramos os carreteiros, trabalhadores que vendem sua força de trabalho oferecendo o serviço de transporte de mercadorias num carrinho. Nosso objetivo foi caracterizar o processo de trabalho dos carreteiros da feira Manaus Moderna, problematizando sua inserção no território da feira enquanto forma de ocupação precária de trabalho e de vida. Para isto buscamos através dos objetivos específicos entender o funcionamento da feira Manaus Moderna, acompanhando o trabalho dos carreteiros no cotidiano para apontar suas condições, além de identificar as formas de organização desse trabalho, bem como as estratégias encontradas pelos sujeitos para a subsistência nessa atividade. Os procedimentos da pesquisa envolveram a aplicação de formulários para 10 (dez) trabalhadores; conversas informais com os carreteiros e demais trabalhadores da feira; entrevista com o administrador da feira; a observação e o registro fotográfico. Neste trabalho também tecemos considerações sobre a interação entre o rio e a cidade, destacando como se processou historicamente a lógica de ocupação dos espaços à beira-rio enquanto território de trabalho; explicamos a relação histórica entre as cidades, as feiras e mercados; descrevemos como se configura a estrutura espacial da feira Manaus Moderna e seu funcionamento. Com a pesquisa pudemos concluir que a atividade de carreteiro é considerada uma atividade típica de feiras e portos, já que esta categoria surgiu por uma necessidade primordial da feira. Trata-se, de um segmento relevante no mundo do trabalho urbano/fluvial amazonense, pois contribui para dar dinamismo à complexa rede de transações comerciais. Os resultados apontados pela pesquisa dão conta de os rendimentos de modo geral são baixos, mas de acordo com os trabalhadores entrevistados são melhores do que se fossem assalariados. Além disso, esses trabalhadores apontam a sua preferência em trabalhar por conta própria pela autonomia em relação aos horários e pela ausência da figura do patrão. Constatamos também a existência de redes de relações sociais no cotidiano de trabalho dos carreteiros que se desenvolvem como estratégias encontradas pelos sujeitos para a subsistência nessa atividade. A pesquisa também revelou que a relação do carreteiro com seu ambiente de trabalho é uma relação de improviso, sem o mínimo de condições ergonômicas e higiênicas, sem o mínimo de amparo quanto a direitos trabalhistas ou sociais, o que entre outras características, denota a precariedade do trabalho que desenvolvem. |
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Trabalho precário em Manaus: os carreteiros da Feira Manaus ModernaCarreteirosFeira Manaus ModernaPorto da Manaus ModernaTrabalho precárioCartersFriday Manaus ModernaPort of Manaus ModernaPrecarious workOUTROSNesta dissertação buscamos refletir sobre os trabalhadores que se autodenominam carreteiros da feira Manaus Moderna (oficialmente denominada de feira Cel. Jorge Teixeira). Esta feira está localizada no centro da cidade, em frente ao porto que leva o mesmo nome, onde se encontra uma multiplicidade de trabalhadores que desenvolvem as mais variadas formas de trabalho. Lá encontramos os carreteiros, trabalhadores que vendem sua força de trabalho oferecendo o serviço de transporte de mercadorias num carrinho. Nosso objetivo foi caracterizar o processo de trabalho dos carreteiros da feira Manaus Moderna, problematizando sua inserção no território da feira enquanto forma de ocupação precária de trabalho e de vida. Para isto buscamos através dos objetivos específicos entender o funcionamento da feira Manaus Moderna, acompanhando o trabalho dos carreteiros no cotidiano para apontar suas condições, além de identificar as formas de organização desse trabalho, bem como as estratégias encontradas pelos sujeitos para a subsistência nessa atividade. Os procedimentos da pesquisa envolveram a aplicação de formulários para 10 (dez) trabalhadores; conversas informais com os carreteiros e demais trabalhadores da feira; entrevista com o administrador da feira; a observação e o registro fotográfico. Neste trabalho também tecemos considerações sobre a interação entre o rio e a cidade, destacando como se processou historicamente a lógica de ocupação dos espaços à beira-rio enquanto território de trabalho; explicamos a relação histórica entre as cidades, as feiras e mercados; descrevemos como se configura a estrutura espacial da feira Manaus Moderna e seu funcionamento. Com a pesquisa pudemos concluir que a atividade de carreteiro é considerada uma atividade típica de feiras e portos, já que esta categoria surgiu por uma necessidade primordial da feira. Trata-se, de um segmento relevante no mundo do trabalho urbano/fluvial amazonense, pois contribui para dar dinamismo à complexa rede de transações comerciais. Os resultados apontados pela pesquisa dão conta de os rendimentos de modo geral são baixos, mas de acordo com os trabalhadores entrevistados são melhores do que se fossem assalariados. Além disso, esses trabalhadores apontam a sua preferência em trabalhar por conta própria pela autonomia em relação aos horários e pela ausência da figura do patrão. Constatamos também a existência de redes de relações sociais no cotidiano de trabalho dos carreteiros que se desenvolvem como estratégias encontradas pelos sujeitos para a subsistência nessa atividade. A pesquisa também revelou que a relação do carreteiro com seu ambiente de trabalho é uma relação de improviso, sem o mínimo de condições ergonômicas e higiênicas, sem o mínimo de amparo quanto a direitos trabalhistas ou sociais, o que entre outras características, denota a precariedade do trabalho que desenvolvem.In this thesis we reflect on employees who call themselves the fair carters Manaus Moderna (officially called Friday Cel . Jorge Teixeira ) . This fair is located in the city center , opposite the harbor which bears the same name , is a multitude of workers who develop the various forms of work. There we found the carters , workers who sell their labor power offering the service of transport of goods on a trolley . Our goal was to characterize the process of working with the fair carters Manaus Moderna , questioning its inclusion within the fair as a form of precarious occupation and work life. For this we search through specific objectives to understand the functioning of the fair Manaus Moderna , overseeing the work of the carters in everyday life to point their conditions , and identify the forms of organization of this work , as well as the strategies found by the subjects for subsistence in this activity . The research procedures involving the application forms for ten (10 ) workers ; informal conversations with carters and other employees of the fair ; interview with the administrator of the fair ; observation and photographic recording . In this work we weave considerations about the interaction between the river and the city , as well as historically processed the logic occupation of spaces along the river as a territory of work, explain the historical relationship between cities , fairs and markets ; describe how to configure the spatial structure of the fair Manaus Moderna and its functioning . Through research we can conclude that the activity of chariot is considered a typical activity fairs and ports in the Amazon , as this category arose by an overriding need for the fair. This is , of a relevant segment in the world of urban / Amazon river work, as this will contribute to the complex dynamic network of business transactions. As the result of the interviews , the yields are generally low, but according to those interviewed workers are better than if they were employed . Moreover , these workers indicate their preference for working on their own autonomy in relation to the times and the absence of the figure of the boss . We also note the existence of networks of social relations in the everyday work of the carters that develop as strategies found by the subjects for subsistence in this activity , as the relations of reciprocity . The survey also revealed that the ratio of the chariot with his work environment is a relationship of improvisation , without the least ergonomic and hygienic conditions , without the least protection as labor and social rights , which among other features , denotes that precariousness of their work.Universidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências Humanas e LetrasBRUFAMPrograma de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na AmazôniaScherer, Elenise FariaGomes, Maria Milene de Souzahttp://lattes.cnpq.br/54242375311000412015-04-11T13:41:14Z2015-04-092014-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGOMES, Maria Milene de Souza. Trabalho precário em Manaus: os carreteiros da Feira Manaus Moderna. 2014. 135 f. Dissertação (Mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2310porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-13T05:01:07Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/2310Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-13T05:01:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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