Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Palma, Katherine Andrea León
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7841438211036262
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4970
Resumo: Na região de Manaus afloram as unidades sedimentares Novo Remanso (Mioceno Médio) e Alter do Chão (Cretáceo / Paleoceno – Mioceno). Nesta última ocorrem corpos silicificados, atualmente denominados de Arenito Manaus. Os poucos trabalhos que abordaram a origem e distribuição destes corpos se baseiam apenas na descrição petrográfica, sem reconhecer microestruturas pedológicas e/ou de silcretes, nem levantamento sistemático de amostras. Com o intuito de compreender a gênese, os processos envolvidos, os estágios diagenéticos e a distribuição dos corpos silicificados aflorantes nos arredores de Manaus, este trabalho caracterizou sua macromorfologia, micromorfologia, petrografia e química. Foram encontrados 13 afloramentos, todos em margens de rios, com extensão lateral variando entre 98 e 928 m, e espessura de até 3,0 m. Foram caracterizadas nove fácies sedimentares nos locais estudados, associadas a um sistema fluvial entrelaçado: Cm, Aa, Ap, At, Al, Am, Afb, Pm e Pb. As silicificações abrangem de uma a quatro fácies por afloramento, e não foram vistas apenas na fácies At. Feições pedogenéticas presentes na fácies Afb e Pb confirma sequências múltiplas de paleossolos, desenvolvidos em climas sazonais, em períodos úmidos e secos. Foram reconhecidos vertissolos e argissolos, podendo os últimos constituir estratigraficamente uma camada guia na geologia local. A composição dos óxidos maiores, determinada por fluorescência de raios-X, exibe nos litotipos silicificados predomínio dos óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3, e em menor proporção dos P2O5 e TiO2, e naqueles não silicificados baixos conteúdos de SiO2, e altos de Al2O3 e TiO, sendo o último óxido maior em amostras fortemente intemperizadas. As amostras com microestruturas de silicificação e concentrações de SiO2 > 80% foram denominadas de silcretes. A caracterização química achada concorda com a mineralogia determinada por difração de raios X, que consiste em quartzo, caulinita, haloysita, hematita, ferrihidrita, Goetita, Anatásio e Vivianita. Petrograficamente, as litologias são classificadas como quartzoarenitos e sublitoarenitos, médios a finos, alguns siltosos a conglomeráticos, apresentando-se também paleossolos. Grãos subangulares a subarredondados, com contatos frequentemente flutuantes, subordinados pontuais e raros longitudinais, confirmam os índices de empacotamento aberto. Porosidade principalmente móldica, intragranular e intergranular. Composição principalmente de quartzo, matéria orgânica, alguns opacos, raros grãos esqueletais de feldspato e traços de muscovita, biotita, rutilo e zircão, além de quartzo ígneo e metamórfico como fragmentos de rocha. É indicada a natureza arcosiana inicial nestes arenitos, atualmente maturos e submaturos. Foram identificados processos diagenéticos de compactação mecânica incipiente, dissolução de feldspatos e quartzo, autigênese de caulinita, opala e óxidos de ferro, sendo o primeiro o principal cimento dos arenitos, hidratação-desidratação, pedogênese, e neomorfismo a partir de opala amorfa para calcedônica e quartzo microcristalino. A silicificação apresenta varias espécies de sílica: opala, calcedônia e quartzo microcristalino. Foram identificados dois estágios diagenéticos: eodiagênese rasa e telodiagênese, com ausência de mesodiagênese. Estes seriam desenvolvidos em linhas de drenagens superficiais e/ou na zona de oscilação do nível freático de aquíferos rasos, sob influência de clima sazonal úmido e seco, com disponibilidade de matéria orgânica. Pelo menos dois eventos de silicificação teriam ocorrido, associados a um ou ambos os estágios diagenéticos. Ocorrências subsuperficiais de silicificações na área, descritas em perfurações de poços, podem ter a mesma natureza daquelas observadas em afloramentos, sendo posteriormente deslocadas verticalmente pela neotectônica, ou podem ter sido originadas por oscilação do nível freático de água subterrânea. Por causa da grande ocorrência de paleossolos aflorantes na região, é proposto o termo de Geossolo Manaus para denominar este conjunto de paleossolos.
id UFAM_e498fdb138628d86b9c2d4785391d13d
oai_identifier_str oai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/4970
network_acronym_str UFAM
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
repository_id_str 6592
spelling Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em ManausPaleossolosAlter do Chão (Santarém - PA)MineralogiaBacia Sedimentar do AmazonasCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIAS: GEOLOGIA: MINERALOGIANa região de Manaus afloram as unidades sedimentares Novo Remanso (Mioceno Médio) e Alter do Chão (Cretáceo / Paleoceno – Mioceno). Nesta última ocorrem corpos silicificados, atualmente denominados de Arenito Manaus. Os poucos trabalhos que abordaram a origem e distribuição destes corpos se baseiam apenas na descrição petrográfica, sem reconhecer microestruturas pedológicas e/ou de silcretes, nem levantamento sistemático de amostras. Com o intuito de compreender a gênese, os processos envolvidos, os estágios diagenéticos e a distribuição dos corpos silicificados aflorantes nos arredores de Manaus, este trabalho caracterizou sua macromorfologia, micromorfologia, petrografia e química. Foram encontrados 13 afloramentos, todos em margens de rios, com extensão lateral variando entre 98 e 928 m, e espessura de até 3,0 m. Foram caracterizadas nove fácies sedimentares nos locais estudados, associadas a um sistema fluvial entrelaçado: Cm, Aa, Ap, At, Al, Am, Afb, Pm e Pb. As silicificações abrangem de uma a quatro fácies por afloramento, e não foram vistas apenas na fácies At. Feições pedogenéticas presentes na fácies Afb e Pb confirma sequências múltiplas de paleossolos, desenvolvidos em climas sazonais, em períodos úmidos e secos. Foram reconhecidos vertissolos e argissolos, podendo os últimos constituir estratigraficamente uma camada guia na geologia local. A composição dos óxidos maiores, determinada por fluorescência de raios-X, exibe nos litotipos silicificados predomínio dos óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3, e em menor proporção dos P2O5 e TiO2, e naqueles não silicificados baixos conteúdos de SiO2, e altos de Al2O3 e TiO, sendo o último óxido maior em amostras fortemente intemperizadas. As amostras com microestruturas de silicificação e concentrações de SiO2 > 80% foram denominadas de silcretes. A caracterização química achada concorda com a mineralogia determinada por difração de raios X, que consiste em quartzo, caulinita, haloysita, hematita, ferrihidrita, Goetita, Anatásio e Vivianita. Petrograficamente, as litologias são classificadas como quartzoarenitos e sublitoarenitos, médios a finos, alguns siltosos a conglomeráticos, apresentando-se também paleossolos. Grãos subangulares a subarredondados, com contatos frequentemente flutuantes, subordinados pontuais e raros longitudinais, confirmam os índices de empacotamento aberto. Porosidade principalmente móldica, intragranular e intergranular. Composição principalmente de quartzo, matéria orgânica, alguns opacos, raros grãos esqueletais de feldspato e traços de muscovita, biotita, rutilo e zircão, além de quartzo ígneo e metamórfico como fragmentos de rocha. É indicada a natureza arcosiana inicial nestes arenitos, atualmente maturos e submaturos. Foram identificados processos diagenéticos de compactação mecânica incipiente, dissolução de feldspatos e quartzo, autigênese de caulinita, opala e óxidos de ferro, sendo o primeiro o principal cimento dos arenitos, hidratação-desidratação, pedogênese, e neomorfismo a partir de opala amorfa para calcedônica e quartzo microcristalino. A silicificação apresenta varias espécies de sílica: opala, calcedônia e quartzo microcristalino. Foram identificados dois estágios diagenéticos: eodiagênese rasa e telodiagênese, com ausência de mesodiagênese. Estes seriam desenvolvidos em linhas de drenagens superficiais e/ou na zona de oscilação do nível freático de aquíferos rasos, sob influência de clima sazonal úmido e seco, com disponibilidade de matéria orgânica. Pelo menos dois eventos de silicificação teriam ocorrido, associados a um ou ambos os estágios diagenéticos. Ocorrências subsuperficiais de silicificações na área, descritas em perfurações de poços, podem ter a mesma natureza daquelas observadas em afloramentos, sendo posteriormente deslocadas verticalmente pela neotectônica, ou podem ter sido originadas por oscilação do nível freático de água subterrânea. Por causa da grande ocorrência de paleossolos aflorantes na região, é proposto o termo de Geossolo Manaus para denominar este conjunto de paleossolos.In Manaus region outcrop sedimentary units Novo Remanso (Miocene Average) and Alter do Chão (Cretaceous / Paleocene - Miocene). In the latter occur bodies silicified, currently called Sandstone Manaus. The few studies that They addressed the origin and distribution of these bodies are based only on the petrographic description, without recognizing soil and / or silcretes microstructures or systematic survey samples. In order to understand the genesis, the processes involved, the stages diagenetic and distribution of outcropping silicified bodies on the outskirts of Manaus, this He characterized his work macromorphology, micromorphology, petrography and chemistry. Were found 13 outcrops, all in riverbanks, with lateral extension ranging between 98 to 928 m, and a thickness of up to 3.0 m. nine sedimentary facies were characterized in study sites, associated with a braided fluvial system: Cm, Aa, Ap, At, Al, Am, Afb, Pm and Pb. The silicificações range from one to four facies in outcrop, and were not only seen on facies At. Feature pedogenetic present in facies Afb and Pb confirms multiple sequences paleosols developed in seasonal climates in humid periods and dried. vertisols and ultisols were recognized and may be the last stratigraphically a layer tab at the local geology. The composition of major oxides, determined by fluorescence X-rays, it exhibits the predominance of silicified lithotipes oxides SiO2, Al2O3 and Fe2O3, and a lesser proportion of P2O5 and TiO2, and those not silicified low SiO2 content and high Al2O3 and TiO, and the last major oxide strongly weathered samples. Samples with microstructures and silicification SiO2 concentrations> 80% were denominated silcretes. The chemical characterization found agrees with the mineralogy determined by X-ray diffraction, consisting of quartz, kaolinite, haloysita, hematite, ferrihidrita, goethite, anatase and Vivianita. Petrographically, the lithologies are classified as quartzoarenitos and sublitoarenitos, medium to fine, some silty to conglomeratic, presenting also paleosols. Grain subangular to sub, often with floating contacts, point and longitudinal rare subordinates confirm the open packaging indices. Porosity mainly móldica, intergranular and intragranular. composition mainly Quartz, organic matter, some opaque, rare skeletal feldspars and traces of muscovite, biotite, rutile and zircon, and igneous and metamorphic quartz as fragments of rock. It is indicated arcosiana initial nature in these sandstones, now mature and submaturos. diagenetic processes of incipient mechanical compression have been identified, dissolving feldspar and quartz, kaolinite autigênese, opal and iron oxides, and the first the main cement of sandstones, hydration-dehydration, pedogenesis, and neomorfismo from amorphous to Chalcedonian opal and microcrystalline quartz. THE silicification has several species of silica: opal, chalcedony and microcrystalline quartz. two diagenetic stages were identified: shallow eodiagênese and telodiagênese with absence of mesodiagenesis. These would be developed in surface drainage lines and / or the swing area of ​​the water level of shallow aquifers under the influence of seasonal climate wet and dry, with availability of organic matter. At least two events silicification have been associated with one or both diagenetic stages. occurrences silicificações of the subsurface area described in drilling wells may be same nature from those observed in outcrops, and later moved neotectonics by vertically, or it may have been caused by fluctuation of the water level groundwater. Because of the high occurrence of paleosols outcropping in the region is proposed the Geossolo Manaus term for this set of paleosolsCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASInstituto de Ciências ExatasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em GeociênciasWahnfried, Ingo Danielhttp://lattes.cnpq.br/5399807455957370Palma, Katherine Andrea Leónhttp://lattes.cnpq.br/78414382110362622016-04-15T18:22:24Z2014-10-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPALMA, Katherine Andrea León. Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus. 2014. 114f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4970porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2017-04-20T18:08:08Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/4970Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922017-04-20T18:08:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
dc.title.none.fl_str_mv Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
title Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
spellingShingle Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
Palma, Katherine Andrea León
Paleossolos
Alter do Chão (Santarém - PA)
Mineralogia
Bacia Sedimentar do Amazonas
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIAS: GEOLOGIA: MINERALOGIA
title_short Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
title_full Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
title_fullStr Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
title_full_unstemmed Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
title_sort Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus
author Palma, Katherine Andrea León
author_facet Palma, Katherine Andrea León
http://lattes.cnpq.br/7841438211036262
author_role author
author2 http://lattes.cnpq.br/7841438211036262
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Wahnfried, Ingo Daniel
http://lattes.cnpq.br/5399807455957370
dc.contributor.author.fl_str_mv Palma, Katherine Andrea León
http://lattes.cnpq.br/7841438211036262
dc.subject.por.fl_str_mv Paleossolos
Alter do Chão (Santarém - PA)
Mineralogia
Bacia Sedimentar do Amazonas
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIAS: GEOLOGIA: MINERALOGIA
topic Paleossolos
Alter do Chão (Santarém - PA)
Mineralogia
Bacia Sedimentar do Amazonas
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIAS: GEOLOGIA: MINERALOGIA
description Na região de Manaus afloram as unidades sedimentares Novo Remanso (Mioceno Médio) e Alter do Chão (Cretáceo / Paleoceno – Mioceno). Nesta última ocorrem corpos silicificados, atualmente denominados de Arenito Manaus. Os poucos trabalhos que abordaram a origem e distribuição destes corpos se baseiam apenas na descrição petrográfica, sem reconhecer microestruturas pedológicas e/ou de silcretes, nem levantamento sistemático de amostras. Com o intuito de compreender a gênese, os processos envolvidos, os estágios diagenéticos e a distribuição dos corpos silicificados aflorantes nos arredores de Manaus, este trabalho caracterizou sua macromorfologia, micromorfologia, petrografia e química. Foram encontrados 13 afloramentos, todos em margens de rios, com extensão lateral variando entre 98 e 928 m, e espessura de até 3,0 m. Foram caracterizadas nove fácies sedimentares nos locais estudados, associadas a um sistema fluvial entrelaçado: Cm, Aa, Ap, At, Al, Am, Afb, Pm e Pb. As silicificações abrangem de uma a quatro fácies por afloramento, e não foram vistas apenas na fácies At. Feições pedogenéticas presentes na fácies Afb e Pb confirma sequências múltiplas de paleossolos, desenvolvidos em climas sazonais, em períodos úmidos e secos. Foram reconhecidos vertissolos e argissolos, podendo os últimos constituir estratigraficamente uma camada guia na geologia local. A composição dos óxidos maiores, determinada por fluorescência de raios-X, exibe nos litotipos silicificados predomínio dos óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3, e em menor proporção dos P2O5 e TiO2, e naqueles não silicificados baixos conteúdos de SiO2, e altos de Al2O3 e TiO, sendo o último óxido maior em amostras fortemente intemperizadas. As amostras com microestruturas de silicificação e concentrações de SiO2 > 80% foram denominadas de silcretes. A caracterização química achada concorda com a mineralogia determinada por difração de raios X, que consiste em quartzo, caulinita, haloysita, hematita, ferrihidrita, Goetita, Anatásio e Vivianita. Petrograficamente, as litologias são classificadas como quartzoarenitos e sublitoarenitos, médios a finos, alguns siltosos a conglomeráticos, apresentando-se também paleossolos. Grãos subangulares a subarredondados, com contatos frequentemente flutuantes, subordinados pontuais e raros longitudinais, confirmam os índices de empacotamento aberto. Porosidade principalmente móldica, intragranular e intergranular. Composição principalmente de quartzo, matéria orgânica, alguns opacos, raros grãos esqueletais de feldspato e traços de muscovita, biotita, rutilo e zircão, além de quartzo ígneo e metamórfico como fragmentos de rocha. É indicada a natureza arcosiana inicial nestes arenitos, atualmente maturos e submaturos. Foram identificados processos diagenéticos de compactação mecânica incipiente, dissolução de feldspatos e quartzo, autigênese de caulinita, opala e óxidos de ferro, sendo o primeiro o principal cimento dos arenitos, hidratação-desidratação, pedogênese, e neomorfismo a partir de opala amorfa para calcedônica e quartzo microcristalino. A silicificação apresenta varias espécies de sílica: opala, calcedônia e quartzo microcristalino. Foram identificados dois estágios diagenéticos: eodiagênese rasa e telodiagênese, com ausência de mesodiagênese. Estes seriam desenvolvidos em linhas de drenagens superficiais e/ou na zona de oscilação do nível freático de aquíferos rasos, sob influência de clima sazonal úmido e seco, com disponibilidade de matéria orgânica. Pelo menos dois eventos de silicificação teriam ocorrido, associados a um ou ambos os estágios diagenéticos. Ocorrências subsuperficiais de silicificações na área, descritas em perfurações de poços, podem ter a mesma natureza daquelas observadas em afloramentos, sendo posteriormente deslocadas verticalmente pela neotectônica, ou podem ter sido originadas por oscilação do nível freático de água subterrânea. Por causa da grande ocorrência de paleossolos aflorantes na região, é proposto o termo de Geossolo Manaus para denominar este conjunto de paleossolos.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-10-31
2016-04-15T18:22:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv PALMA, Katherine Andrea León. Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus. 2014. 114f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4970
identifier_str_mv PALMA, Katherine Andrea León. Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus. 2014. 114f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.
url http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4970
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
instname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
instacron:UFAM
instname_str Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
instacron_str UFAM
institution UFAM
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
repository.mail.fl_str_mv ddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.br
_version_ 1809732016151724032