EMANCIPAÇÃO HUMANA E EDUCAÇÃO EM MARX: PARA UMA CRÍTICA DA FORMAÇÃO BURGUESA O HORIZONTE DA DESIGUALDADE SOCIAL
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Germinal: Marxismo e Educação em Debate |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/12778 |
Resumo: | A tese apresentada trata das relações entre emancipação humana e educação, a partir dos escritos originais de Marx. A utilização de categorias que têm sua origem em Marx de modo esvaziado e impreciso tem dado lugar a especulações sobre a educação como instância que possibilita ao indivíduo ascender socialmente a partir de sua inclusão “qualificada” no mercado de trabalho capitalista. Assim, reformas educacionais são propostas com objetivo de adequar melhor a educação ao desenvolvimento socioeconômico. O aprofundamento do estudo sobre as categorias do pensamento de Marx formam a base para a compreensão da emancipação humana como transformação profunda da sociedade e do papel da educação nesse processo. O problema fundamental constatado na pesquisa em relação às reformas educacionais é que elas ignoram, por completo, o duplo caráter da educação (afirmação e negação do humano) na sociedade capitalista. Esse duplo caráter não pode ser ignorado em uma perspectiva educacional que pressuponha o pensamento marxiano. Por isso, neste trabalho, categorias fundamentais de Marx, como o trabalho em seu duplo caráter (ontológico e estranhado) na sociedade capitalista, a política, a emancipação, o estranhamento, foram retomadas, bem como o estudo do método marxiano como instrumento que não se reduz à compreensão da economia política, mas como método de apreensão do real e, portanto, formativo tanto em seu momento de investigação como no momento da exposição. O objetivo é fundamentar e delimitar as possibilidades e os problemas para uma concepção educacional com base no materialismo histórico e dialético diante da contradição entre a parcialidade da emancipação política e a universalidade da emancipação humana que se expressa na sociedade capitalista e que desfigura a educação como potencializadora do ser humano. Tal objetivo só pode ser atingido através da retomada, ao longo da tese, das categorias fundamentais em Marx. O quadro atual da educação, que a expõe como instância justificadora e naturalizadora da atual forma societária demanda o estudo das bases da emancipação em Marx, bem como os escritos do filósofo alemão sobre a educação. As considerações finais indicam que uma concepção marxiana para a educação não pode prescindir de seu duplo caráter, bem como demanda uma subjetividade rica e o conhecimento do homem que se pretende como projeto de uma educação que contribua efetivamente para a transformação profunda da sociedade. |
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