NOTAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO E A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL EM CONTEXTOS DE IMPERIALISMO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues Pereira, Maria de Fátima
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Schlesener, Anita Helena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/21633
Resumo: Este texto é dedicado a notas sobre desenvolvimento e educação superior no Brasil no contexto do imperialismo. Considera-se o conceito de imperialismo, surgido da análise da estrutura econômica capitalista efetuada pelos socialdemocratas ao final do século XIX e divulgado a partir do ensaio popular de Lenin (1980): O Imperialismo, fase superior do capitalismo para designar o domínio econômico instituído a partir do desenvolvimento do capitalismo monopolista no contexto da expansão mundial da economia. Porém, atenta-se para as suas características pós Segunda Guerra Mundial, muito mais se efetivando pelo domínio econômico e ideológico do que pela posse de grandes extensões de terras por parte dos grandes monopólios e Estados que os representam. Neste cenário tomam dianteira os Estados Unidos da América do Norte. Por sua vez, o Brasil apresenta características especificas, a relação de dependência com o capitalismo estrangeiro gerou uma burguesia nacional que sempre contou com o Estado para consolidar seu poder econômico, social e político. Não foi diferente durante os governos do Partido dos Trabalhadores, analisados, a despeito dos debates a favor ou contra, como promotores de um projeto desenvolvimentista e ou neo desenvolvimentista. Neste cenário o ensino superior tendeu a ser de inserção social a partir de qualificação em nível tecnológico, de graduação e de pós-graduação, de mão-de-obra para a recomposição da divisão social do trabalho, sob o impulso de políticas como FIES, PROUNI e REUNI. As forças sociais que promoveram o impeachment em 2016, tem forte acento anti popular e realizam aperto e ajustes fiscais que sufocam as universidades públicas e os seus professores, abrindo novos tempos de lutas e resistências. Cabe apontar a necessidade de se entender melhor as articulações do capital e seu assalto à educação nomeadamente as trincheiras da “escola sem partido” que é fruto de uma ideologia conservadora que pretende eliminar dos quadros da escola pública o pensamento crítico.
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