Raízes do feminismo político e embates atuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Maria Lygia Quartim de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/38134
Resumo: A atual proliferação de grupos e ativistas feministas em vários países da América do Sul demonstra o vigor das reivindicações das mulheres na cena política, quer seja em manifestações de rua; nos movimentos estudantis, LGBTs; na luta antirracista. Este artigo parte da hipótese de que, não obstante a importância indiscutível das reivindicações e lutas do século XIX, a verdade é que somente no século XX que o feminismo colocou-se como movimento social com um projeto de transformações da sociedade. É na segunda metade do século XX, no período da pós guerra mundial, que as feministas elaboraram suas teorias contra o biologismo das ciências sociais e contra o androcentrismo acadêmico. Nos países do Cone Sul, que sofreram anos de ditaduras militares, os movimentos de mulheres tiveram uma importância crucial na denúncia dos crimes das ditaduras e no processo de reconstrução da democracia. Não obstante sua concordância em temas fundamentais, as feministas podem ser agrupadas em dois blocos no que concerne à questão do capitalismo. O feminismo político privilegia uma perspectiva da contradição de classes e da necessária superação do capitalismo. Ao mesmo tempo enfatizam a tese de que é a partir das suas lutas, enquanto trabalhadoras exploradas; enquanto vítimas da violência sexual; enquanto oprimidas por duas ou mais jornadas de trabalho que as mulheres conseguiram sua emancipação.
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