Sem açúcar e com afeto: os significados das práticas alimentares para mulheres diabéticas que experienciam uma gestação de risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Bartira Improta de Oliveira
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11476
Resumo: Diabetes Melito (DM) é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos crônicos, cuja característica comum é a hiperglicemia. Nos últimos anos houve um aumento no número de indivíduos diabéticos no mundo, sendo este crescimento mais prevalente em mulheres. Este dado torna-se relevante ao presente estudo já que se reconhece que a associação entre a gestação e diabetes é considerada uma condição de risco para a saúde tanto da mãe quanto dammu criança. Assim, a experiência da maternidade torna-se um evento crítico na trajetória biográfica destas mulheres já que as mesmas deverão reposicionar-se enquanto ser (mães)-no-mundo, sendo este processo repleto de significados individuais, social e culturalmente relevantes. Há, portanto, diversos procedimentos que devem ser tomados no que tange ao cuidado, principalmente relacionados a uma alimentação rígida, já que ela se relaciona diretamente ao controle glicídico. Todavia, controle e alimento nem sempre são concebidos como relacionais, sugerindo uma diversidade de possibilidades de significação dos cuidados alimentares para cada gestante, partindo do princípio da heterogeneidade (e autonomia) de cada sujeito. Assim busca identificar os significados que as mulheres diabéticas atribuem às práticas alimentares enquanto gestantes de alto risco. Compreende um estudo qualitativo que visa uma interpretação compreensiva acerca das experiências vividas por estas mulheres, a partir de uma perspectiva fenomenológica já que a mesma permitirá um aprofundamento do universo simbólico destes sujeitos, revelando, através das narrativas, os significados atribuídos à maternidade e ao alimento para as gestantes diabéticas. O interesse em estudar as narrativas de enfermidades é que elas tornam possível compreender a experiência a partir de diversos pontos de vista: como uma construção social e cultural, como uma transformação e expressão de sofrimento corporal, e, acima de tudo, como uma tentativa da pessoa em sofrimento construir seu mundo. Assim, a narrativa destas mulheres permitirá ao estudo aproximar-se das distintas dimensões de mundos e realidades apreendidas e compreendidas por estes sujeitos. Nos resultados são apresentadas as sete narrativas das gestantes diabéticas entrevistadas, cujas falas (re) criavam lugares, retomavam lembranças e suscitavam questões que foram norteadoras deste estudo. Após a reconstrução destas trajetórias individuais, percebendo os elementos tanto subjetivos quanto intersubjetivos, e tomando como categorias centrais a experiência do adoecimento crônico, a experiência da maternidade e os significados das práticas alimentares, essas narrativas foram comparadas e agrupadas segundo estas categorias, identificando-se as semelhanças estabelecidas nas trajetórias individuais e respeitando 8 o contexto de cada uma. A partir daí surgiram subcategorias, como ruptura, ambivalência, cuidado, dentre outras que permitiram estruturar os capítulos a partir destas similaridades. O resgate das percepções, histórias e narrativas destes sujeitos, no contexto ambulatorial/hospitalar poderá trazer uma nova perspectiva de atuação dos profissionais de saúde, na qual a compreensão da maternidade e do cuidado deve perpassar um olhar técnico-cientificista, devendo haver a fusão com outros saberes, como o popular-subjetivista, para favorecer uma melhor atenção à essas gestantes.
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O resgate das percepções, histórias e narrativas destes sujeitos, no contexto ambulatorial/hospitalar poderá trazer uma nova perspectiva de atuação dos profissionais de saúde, na qual a compreensão da maternidade e do cuidado deve perpassar um olhar técnico-cientificista, devendo haver a fusão com outros saberes, como o popular-subjetivista, para favorecer uma melhor atenção à essas gestantes.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-29T12:08:08Z No. of bitstreams: 1 Diss Bartira Improta. 2013.pdf: 1449073 bytes, checksum: f3e19336a8cf93e6bb3d57fbeb863849 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-29T12:10:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Diss Bartira Improta. 2013.pdf: 1449073 bytes, checksum: f3e19336a8cf93e6bb3d57fbeb863849 (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-29T12:10:00Z (GMT). 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