Neuroesquistossomose: análise secundária de casos brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13954 |
Resumo: | Introdução: Schistosoma mansoni é platelminto que desencadeia formas clínicas variadas. A forma neurológica é considerada grave, podendo atingir 8% das populações de áreas endêmicas. A neuroesquistossomose (NE) pode manifestar-se com lesões no neuroeixo, provocando sintomas variados a depender da localização. Metodologia: rever relatos de casos brasileiros de NE e descrever dados segundo critérios previamente estabelecidos. Resultados: foram selecionados 69 casos, com média de idade de 24,1 anos (±14,1), sendo 82,4% (n=56) do sexo masculino e maioria procedente de Minas Gerais (44,6%, n=29) ou Bahia (18,4%, n=12). Os sintomas predominantes foram: distúrbios esfincterianos urinários (56,5%, n=39) e retais (33,3%) e dores em membros inferiores (27,9%). O exame coprológico foi positivo em 68,8% dos pacientes com registro; exame do especime obtido por biópsia retal em 76,5% daqueles que o fizeram; exame imunológico liquórico, em 90,9%; e o exame de biópsia neurológica em 93,8%. O tratamento foi assim distribuído: 56,7% (n=34) praziquantel; 38,3% (n=23) oxamniquine; e 5% (n=3) albendazol. A dose de oxamniquine variou entre 15 e 20 mg/kg de peso em dose única; e de praziquantel variou entre 40 e 60 mg/kg de peso/dia, durante 3 a 15 dias. Dentre os trinta casos com registro de tratamento cirúrgico, 22 (73,3%) completaram tratamento com medicamentos e 8 foram tratados exclusivamente com cirurgia. 51,6% (n=32) tiveram seqüelas, donde 50% (n=16) com quadro clínico permanente. As localizações foram: 62,3% (n=43) em medula espinhal; e 17,4% (n=12) no cérebro. Os exames de imagem mais realizados foram ressonância magnética (49,9%, n=26) e tomografia computadorizada (32,2%, n=17). Discussão: Os sintomas predominantes podem ser decorrentes da maior frequência de acometimento medular. Uso maior da ressonância magnética reflete sua maior sensibilidade e especificidade para lesões em tecidos moles. Os pacientes apresentam elevado risco de sequelas, sendo maior parte por quadro residual do quadro clínico, muitas vezes incapacitantes. |
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Oliveira Junior, João Pedro deTavares-Neto, JoséFreitas, Isabel Carmen FonsecaKraychete, Durval Campos2013-11-26T15:11:19Z2013-11-26T15:11:19Z2013-11-262013http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13954Introdução: Schistosoma mansoni é platelminto que desencadeia formas clínicas variadas. A forma neurológica é considerada grave, podendo atingir 8% das populações de áreas endêmicas. A neuroesquistossomose (NE) pode manifestar-se com lesões no neuroeixo, provocando sintomas variados a depender da localização. Metodologia: rever relatos de casos brasileiros de NE e descrever dados segundo critérios previamente estabelecidos. Resultados: foram selecionados 69 casos, com média de idade de 24,1 anos (±14,1), sendo 82,4% (n=56) do sexo masculino e maioria procedente de Minas Gerais (44,6%, n=29) ou Bahia (18,4%, n=12). Os sintomas predominantes foram: distúrbios esfincterianos urinários (56,5%, n=39) e retais (33,3%) e dores em membros inferiores (27,9%). O exame coprológico foi positivo em 68,8% dos pacientes com registro; exame do especime obtido por biópsia retal em 76,5% daqueles que o fizeram; exame imunológico liquórico, em 90,9%; e o exame de biópsia neurológica em 93,8%. O tratamento foi assim distribuído: 56,7% (n=34) praziquantel; 38,3% (n=23) oxamniquine; e 5% (n=3) albendazol. A dose de oxamniquine variou entre 15 e 20 mg/kg de peso em dose única; e de praziquantel variou entre 40 e 60 mg/kg de peso/dia, durante 3 a 15 dias. Dentre os trinta casos com registro de tratamento cirúrgico, 22 (73,3%) completaram tratamento com medicamentos e 8 foram tratados exclusivamente com cirurgia. 51,6% (n=32) tiveram seqüelas, donde 50% (n=16) com quadro clínico permanente. As localizações foram: 62,3% (n=43) em medula espinhal; e 17,4% (n=12) no cérebro. Os exames de imagem mais realizados foram ressonância magnética (49,9%, n=26) e tomografia computadorizada (32,2%, n=17). Discussão: Os sintomas predominantes podem ser decorrentes da maior frequência de acometimento medular. Uso maior da ressonância magnética reflete sua maior sensibilidade e especificidade para lesões em tecidos moles. Os pacientes apresentam elevado risco de sequelas, sendo maior parte por quadro residual do quadro clínico, muitas vezes incapacitantes.Submitted by Santos Henrique Luiz (henluiz@ufba.br) on 2013-09-30T12:49:33Z No. of bitstreams: 1 João Pedro de Oliveira Junior.pdf: 1028510 bytes, checksum: 73a121e427f684c54e193efa2a775390 (MD5)Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2013-11-26T15:11:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 João Pedro de Oliveira Junior.pdf: 1028510 bytes, checksum: 73a121e427f684c54e193efa2a775390 (MD5)Made available in DSpace on 2013-11-26T15:11:19Z (GMT). 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