Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19361 |
Resumo: | O presente trabalho discute a configuração espacial e a produção das principais feiras livres dos municípios de Maiquinique, Macarani, Itarantim, Itororó e Itapetinga, todos inseridos na Região Sudoeste do Estado da Bahia. O trabalho foi desenvolvido a partir do entendimento de que as feiras constituem uma das ferior da economia urbana dos países subdesenvolvidos. O referencial teórico, de maior relevância, utilizado para se compreender as feiras foi o do professor Milton Santos. As análises foram construídas mediante informações concedidas pelos feirantes comerciantes e consumidores à luz da teoria citada. Após tabulação e interpretação dos dados obtidos verificou-se que a maioria dos atributos do circuito inferior está presente no “acontecer” das feiras livres. Essas características vão desde as relações estabelecidas entre comprador e vendedor à organização interna dos espaços de venda. Além do entendimento da feira enquanto parte integrante do circuito inferior desses municípios, questões outras foram elucidadas. A maioria dos comerciantes e dos consumidores é de baixa renda e freqüentam a feira não somente para vender e compra, mas a vêem como local de encontro e de entretenimento. Por conta disso, a feira não foi entendida apenas como fenômeno econômico, mas também como fenômeno cultural. Percebeu-se que nos cinco municípios estudados a feira é freqüentada por classes sociais diferentes. Porém, a maioria dos feirantes consumidores entrevistados afirmou não ter nenhum rendimento ou recebe menos de um salário mínimo por mês. Itapetinga, município que apresenta maior população total e urbana, também possui a maior parcela da população com rendimentos salariais relativamente altos, isso, se comparados aos rendimentos dos demais municípios. Sua feira é freqüentada por uma população de menor poder de compra, se ela é comparada relativamente à dos demais municípios. Isso implica dizer que, à medida que a população e a renda do município aumenta, e se o aumento dessa renda é acompanhado pela importância da cidade em relação às do entorno, a feira tende a ser freqüentada por uma população de menor poder aquisitivo, ao passo que, nos municípios onde essas características não ocorrem, a feira é “utilizada” proporcionalmente por pessoas de classes sociais distintas. O atual movimento das feiras livres e as características resultantes desse processo produzem uma configuração espacial com elementos característicos em cada uma delas, porém, existem diferenças entre elas, se são observados outros elementos, evidenciando assim, suas peculiaridades. Nesse sentido, duas feiras foram escolhidas para serem compreendidas a partir da sua arrumação no espaço. A menor, a feira de Maiquinique e a maior, a de Itapetinga. A análise das feiras a partir do referencial teórico proposto reafirmou a importância das mesmas para a população rural e urbana de cada município. Sua configuração, sua produção e os aspectos culturais nela presentes são, portanto, resultantes da forma como a sociedade, onde estão inseridas, apropria e utiliza o espaço e do conjunto de valores construídos historicamente por suas populações. |
id |
UFBA-2_0f515c22f334088fb65f73df4799629b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/19361 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Porto, Gil Carlos SilveiraSerpa, Angelo Szaniecki PerretGermani, Guiomar InezSampaio, Antônio Heliodório LimaSerpa, Angelo Szaniecki Perret2016-06-03T20:55:43Z2016-06-03T20:55:43Z2016-06-032005911.3:33(813.8)http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19361O presente trabalho discute a configuração espacial e a produção das principais feiras livres dos municípios de Maiquinique, Macarani, Itarantim, Itororó e Itapetinga, todos inseridos na Região Sudoeste do Estado da Bahia. O trabalho foi desenvolvido a partir do entendimento de que as feiras constituem uma das ferior da economia urbana dos países subdesenvolvidos. O referencial teórico, de maior relevância, utilizado para se compreender as feiras foi o do professor Milton Santos. As análises foram construídas mediante informações concedidas pelos feirantes comerciantes e consumidores à luz da teoria citada. Após tabulação e interpretação dos dados obtidos verificou-se que a maioria dos atributos do circuito inferior está presente no “acontecer” das feiras livres. Essas características vão desde as relações estabelecidas entre comprador e vendedor à organização interna dos espaços de venda. Além do entendimento da feira enquanto parte integrante do circuito inferior desses municípios, questões outras foram elucidadas. A maioria dos comerciantes e dos consumidores é de baixa renda e freqüentam a feira não somente para vender e compra, mas a vêem como local de encontro e de entretenimento. Por conta disso, a feira não foi entendida apenas como fenômeno econômico, mas também como fenômeno cultural. Percebeu-se que nos cinco municípios estudados a feira é freqüentada por classes sociais diferentes. Porém, a maioria dos feirantes consumidores entrevistados afirmou não ter nenhum rendimento ou recebe menos de um salário mínimo por mês. Itapetinga, município que apresenta maior população total e urbana, também possui a maior parcela da população com rendimentos salariais relativamente altos, isso, se comparados aos rendimentos dos demais municípios. Sua feira é freqüentada por uma população de menor poder de compra, se ela é comparada relativamente à dos demais municípios. Isso implica dizer que, à medida que a população e a renda do município aumenta, e se o aumento dessa renda é acompanhado pela importância da cidade em relação às do entorno, a feira tende a ser freqüentada por uma população de menor poder aquisitivo, ao passo que, nos municípios onde essas características não ocorrem, a feira é “utilizada” proporcionalmente por pessoas de classes sociais distintas. O atual movimento das feiras livres e as características resultantes desse processo produzem uma configuração espacial com elementos característicos em cada uma delas, porém, existem diferenças entre elas, se são observados outros elementos, evidenciando assim, suas peculiaridades. Nesse sentido, duas feiras foram escolhidas para serem compreendidas a partir da sua arrumação no espaço. A menor, a feira de Maiquinique e a maior, a de Itapetinga. A análise das feiras a partir do referencial teórico proposto reafirmou a importância das mesmas para a população rural e urbana de cada município. Sua configuração, sua produção e os aspectos culturais nela presentes são, portanto, resultantes da forma como a sociedade, onde estão inseridas, apropria e utiliza o espaço e do conjunto de valores construídos historicamente por suas populações.ABSTRACT The content of this work, discourse about the spacial configuration in the production of the main free markets in Maiquinique, Macarani, Itarantim, Itororó e Itapetinga, all these places are part of the southeast region of Bahia. The work was developed from the understanding that, free markets are part of a manifestation of the economic urban inferior track level in underdeveloping countries of the third World. The most relevant theories used to understand free markets came from Professor Milton Santos. Analyses were made through information brought by people, who sell and consume products from these free markets, on the sight of the theory above showed. After draw the lines of the research, and have all the piece information recieved interpreted, it was realized that, during the free markets is possible verify the characteristics of the inferior track level. In while, these characteristics may start from the basic relation between consumers and sellers, Until the organization of the selling place. Besides, the understanding of free markets, as a proper part of the inferior track level of towns showed above, turned other questions clear to see. The plethora part of sellers and consumers, don’t have a good financial condition, they go to free markets, not just for commercial relation, but also, for enjoyment and for meet other people. Because of this, free markets weren’t just understood like an economic phenomenon, but , like a cultural one as well. It was also realized that, in the five towns researched, free markets are attended by people with different social level. However, the most consumers interviewed, affirmatively said that, they don’t have any income or earn less than one minimum wage in a month. Itapetinga is the town with the biggest urban population in its total, and is also there where live the most part of the people who earn the best salaries, if compared to incomes of the other researched towns. Its free market is attended by the population with less consume power, if it’s compared to the other related towns. It means that, the bigger is the population and their incomes, and if the rise of their incomes is followed by the importance of the city related to the surrounded ones, meanwhile that, free market probably will be attended by a population with less income power. Therefore, in towns where these characteristics don’t occur, free markets are attended by people with distinct social levels. The current movement of the free markets and their characteristics, have as a result the production of a spacial configuration with distinct elements in each free market place. Nevertheless, there are differences among them, if observed other elements, turning them into light of their particularities. Thereby, two free markets were chosen to be understood from the beginning of the organization in the place of selling. The smallest one, in Maiquininque town, and the biggest one, from Itapetinga town. The analyses of the free markets were made based on theories presented above before, and it corroborates to the importance of free markets for the urban and farmy population in each town. Their configuration, production and cultural aspects, are result of how the community where free markets are in, use the space and the historical values built by the population through years. Key words: spacial configuration; free markets; inferior track levelSubmitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-29T14:49:21Z No. of bitstreams: 1 Gil Carlos Silveira Porto.pdf: 5741976 bytes, checksum: 27a7e34c21886f1e193cc9e55553e7e5 (MD5)Approved for entry into archive by Jose Neves (neves@ufba.br) on 2016-06-03T20:55:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Gil Carlos Silveira Porto.pdf: 5741976 bytes, checksum: 27a7e34c21886f1e193cc9e55553e7e5 (MD5)Made available in DSpace on 2016-06-03T20:55:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gil Carlos Silveira Porto.pdf: 5741976 bytes, checksum: 27a7e34c21886f1e193cc9e55553e7e5 (MD5)Configuração espacialFeiras livresCircuito inferior da economiaGeografia econômica - Itapetinga (BA)Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal da Bahia. Instituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)UFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTGil Carlos Silveira Porto.pdf.txtGil Carlos Silveira Porto.pdf.txtExtracted texttext/plain372605https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/3/Gil%20Carlos%20Silveira%20Porto.pdf.txt29cb6cb8752d6f9e3a364b7fb3c0b380MD53ORIGINALGil Carlos Silveira Porto.pdfGil Carlos Silveira Porto.pdfapplication/pdf5741976https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/1/Gil%20Carlos%20Silveira%20Porto.pdf27a7e34c21886f1e193cc9e55553e7e5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/2/license.txt0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900MD52ri/193612021-12-30 09:19:02.086oai:repositorio.ufba.br:ri/19361VGVybW8gZGUgTGljZW4/YSwgbj9vIGV4Y2x1c2l2bywgcGFyYSBvIGRlcD9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZCQS4KCiBQZWxvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3M/byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldSByZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIAplc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD9yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSAKbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgYz9waWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXQ/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4gCkVzc2VzIHRlcm1vcywgbj9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIApjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpPz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EgCmVudGVuZGUgcXVlOgoKIE1hbnRlbmRvIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCByZXBhc3NhZG9zIGEgdGVyY2Vpcm9zLCBlbSBjYXNvIGRlIHB1YmxpY2E/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/cmlvCnBvZGUgcmVzdHJpbmdpciBvIGFjZXNzbyBhbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1hPz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/P28gY2llbnQ/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgZWRpdG9yZXMgZGUgcGVyaT9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/P2VzIHNlbSBpbmljaWF0aXZhcyBxdWUgc2VndWVtIGEgcG9sP3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwP3NpdG9zIApjb21wdWxzP3Jpb3MgbmVzc2UgcmVwb3NpdD9yaW8gbWFudD9tIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudD9tIGFjZXNzbyBpcnJlc3RyaXRvIAphbyBtZXRhZGFkb3MgZSB0ZXh0byBjb21wbGV0by4gQXNzaW0sIGEgYWNlaXRhPz9vIGRlc3NlIHRlcm1vIG4/byBuZWNlc3NpdGEgZGUgY29uc2VudGltZW50bwogcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322021-12-30T12:19:02Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
title |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
spellingShingle |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia Porto, Gil Carlos Silveira Configuração espacial Feiras livres Circuito inferior da economia Geografia econômica - Itapetinga (BA) |
title_short |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
title_full |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
title_fullStr |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
title_full_unstemmed |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
title_sort |
Configuração sócio-espacial e inserção das feiras livres de Itapetinga-BA e arredores no circuito inferior da economia |
author |
Porto, Gil Carlos Silveira |
author_facet |
Porto, Gil Carlos Silveira |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Porto, Gil Carlos Silveira |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Serpa, Angelo Szaniecki Perret |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Germani, Guiomar Inez Sampaio, Antônio Heliodório Lima Serpa, Angelo Szaniecki Perret |
contributor_str_mv |
Serpa, Angelo Szaniecki Perret Germani, Guiomar Inez Sampaio, Antônio Heliodório Lima Serpa, Angelo Szaniecki Perret |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Configuração espacial Feiras livres Circuito inferior da economia Geografia econômica - Itapetinga (BA) |
topic |
Configuração espacial Feiras livres Circuito inferior da economia Geografia econômica - Itapetinga (BA) |
description |
O presente trabalho discute a configuração espacial e a produção das principais feiras livres dos municípios de Maiquinique, Macarani, Itarantim, Itororó e Itapetinga, todos inseridos na Região Sudoeste do Estado da Bahia. O trabalho foi desenvolvido a partir do entendimento de que as feiras constituem uma das ferior da economia urbana dos países subdesenvolvidos. O referencial teórico, de maior relevância, utilizado para se compreender as feiras foi o do professor Milton Santos. As análises foram construídas mediante informações concedidas pelos feirantes comerciantes e consumidores à luz da teoria citada. Após tabulação e interpretação dos dados obtidos verificou-se que a maioria dos atributos do circuito inferior está presente no “acontecer” das feiras livres. Essas características vão desde as relações estabelecidas entre comprador e vendedor à organização interna dos espaços de venda. Além do entendimento da feira enquanto parte integrante do circuito inferior desses municípios, questões outras foram elucidadas. A maioria dos comerciantes e dos consumidores é de baixa renda e freqüentam a feira não somente para vender e compra, mas a vêem como local de encontro e de entretenimento. Por conta disso, a feira não foi entendida apenas como fenômeno econômico, mas também como fenômeno cultural. Percebeu-se que nos cinco municípios estudados a feira é freqüentada por classes sociais diferentes. Porém, a maioria dos feirantes consumidores entrevistados afirmou não ter nenhum rendimento ou recebe menos de um salário mínimo por mês. Itapetinga, município que apresenta maior população total e urbana, também possui a maior parcela da população com rendimentos salariais relativamente altos, isso, se comparados aos rendimentos dos demais municípios. Sua feira é freqüentada por uma população de menor poder de compra, se ela é comparada relativamente à dos demais municípios. Isso implica dizer que, à medida que a população e a renda do município aumenta, e se o aumento dessa renda é acompanhado pela importância da cidade em relação às do entorno, a feira tende a ser freqüentada por uma população de menor poder aquisitivo, ao passo que, nos municípios onde essas características não ocorrem, a feira é “utilizada” proporcionalmente por pessoas de classes sociais distintas. O atual movimento das feiras livres e as características resultantes desse processo produzem uma configuração espacial com elementos característicos em cada uma delas, porém, existem diferenças entre elas, se são observados outros elementos, evidenciando assim, suas peculiaridades. Nesse sentido, duas feiras foram escolhidas para serem compreendidas a partir da sua arrumação no espaço. A menor, a feira de Maiquinique e a maior, a de Itapetinga. A análise das feiras a partir do referencial teórico proposto reafirmou a importância das mesmas para a população rural e urbana de cada município. Sua configuração, sua produção e os aspectos culturais nela presentes são, portanto, resultantes da forma como a sociedade, onde estão inseridas, apropria e utiliza o espaço e do conjunto de valores construídos historicamente por suas populações. |
publishDate |
2005 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2005 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-06-03T20:55:43Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-06-03T20:55:43Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-06-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19361 |
dc.identifier.other.none.fl_str_mv |
911.3:33(813.8) |
identifier_str_mv |
911.3:33(813.8) |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19361 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/3/Gil%20Carlos%20Silveira%20Porto.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/1/Gil%20Carlos%20Silveira%20Porto.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19361/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
29cb6cb8752d6f9e3a364b7fb3c0b380 27a7e34c21886f1e193cc9e55553e7e5 0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459489311981568 |