Inventário das emissões de gases de efeito estufa no setor químico brasileiro: estudo de caso em uma empresa na Bahia
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26434 |
Resumo: | Em 2016, o Acordo de Paris entrou em vigor, hoje ratificado por mais de 178 países, com o compromisso de limitar o aumento da temperatura global até 2ºC em 2100. Apesar de o Brasil ter se comprometido em reduzir 37% das emissões até 2025 e 43% até 2030 em comparação a 2005, a economia brasileira não tem sido direcionada para sua descarbonização. Por sua vez, o setor privado pode contribuir com cerca de 60% da meta global de redução de emissões (WAY CARBON, 2016), e o primeiro passo é contabilizar as emissões de GEE referente às suas atividades. Esta contabilização, no entanto, deve considerar a cadeia de valor da empresa inventariante, a fim que os resultados gerados possam subsidiar oportunidades potenciais de redução de GEE. Assim, este trabalho teve como objetivo geral contabilizar e analisar as emissões de GEE da cadeia de valor de uma empresa química localizada na Bahia (Indústria Química X - IQX), a fim de identificar pelo menos uma ação de redução de GEE que apresentasse viabilidade técnica, ambiental e econômica. A contabilização das emissões foi realizada por meio de inventário elaborado por escopos segundo o GHG Protocol, método mais adotado no mundo pelas empresas. As emissões dos escopos 1 e 2 foram contabilizadas, assim como sete das quinze categorias do escopo 3. Dentre as categorias de escopo 3, somente duas categorias não tiveram seus dados de atividade coletados, apesar da não aplicabilidade segundo o GHG Protocol. Verificou-se que 70% das maiores fontes emissoras da IQX foram provenientes da cadeia de valor da empresa, e representaram cerca de 63% das suas emissões totais em 2014. As emissões indiretas e diretas devido à aquisição de gás natural e seu uso nas caldeiras, respectivamente, representaram juntas 45% das emissões da IQX, o que motivou a busca bibliográfica por medidas de eficiência energética para fins de redução de emissões de GEE. Algumas medidas foram identificadas da literatura, contudo apenas uma teve sua viabilidade técnica definida no âmbito deste estudo. Esta medida consistiu na renovação de isolamento térmico e purgadores em uma linha de vapor de alta pressão. Ela apresentou viabilidade ambiental e econômica para implantação, respectivamente, por meio da redução de 6,5 mil tCO2e entre emissões diretas e indiretas, e pelos indicadores econômicos: payback de 1 ano, TIR de 99% e VPL de R$1,7 milhões. Concluiu-se que por meio da contabilização e análise das emissões da cadeia de valor de uma empresa é possível contribuir para o cumprimento da meta nacional de redução de GEE por meio de pelo menos uma ação viável. Contudo, recomendam-se melhorias na contabilidade das emissões, assim como maiores estudos para verificar a viabilidade técnica, ambiental e econômica de medidas de eficiência energética levantadas na literatura para implantação na IQX a fim de promover redução progressiva de suas emissões de GEE. |
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Menezes, Flávia MeloAndrade, José Célio SilveiraTanimoto, Armando HirohumiAndrade, José Célio SilveiraDelgado, Jorge Juan SotoAlbuquerque, Édler Lins de2018-07-11T12:51:56Z2018-07-11T12:51:56Z2018-07-112018-05-14http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26434Em 2016, o Acordo de Paris entrou em vigor, hoje ratificado por mais de 178 países, com o compromisso de limitar o aumento da temperatura global até 2ºC em 2100. Apesar de o Brasil ter se comprometido em reduzir 37% das emissões até 2025 e 43% até 2030 em comparação a 2005, a economia brasileira não tem sido direcionada para sua descarbonização. Por sua vez, o setor privado pode contribuir com cerca de 60% da meta global de redução de emissões (WAY CARBON, 2016), e o primeiro passo é contabilizar as emissões de GEE referente às suas atividades. Esta contabilização, no entanto, deve considerar a cadeia de valor da empresa inventariante, a fim que os resultados gerados possam subsidiar oportunidades potenciais de redução de GEE. 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As emissões indiretas e diretas devido à aquisição de gás natural e seu uso nas caldeiras, respectivamente, representaram juntas 45% das emissões da IQX, o que motivou a busca bibliográfica por medidas de eficiência energética para fins de redução de emissões de GEE. Algumas medidas foram identificadas da literatura, contudo apenas uma teve sua viabilidade técnica definida no âmbito deste estudo. Esta medida consistiu na renovação de isolamento térmico e purgadores em uma linha de vapor de alta pressão. Ela apresentou viabilidade ambiental e econômica para implantação, respectivamente, por meio da redução de 6,5 mil tCO2e entre emissões diretas e indiretas, e pelos indicadores econômicos: payback de 1 ano, TIR de 99% e VPL de R$1,7 milhões. Concluiu-se que por meio da contabilização e análise das emissões da cadeia de valor de uma empresa é possível contribuir para o cumprimento da meta nacional de redução de GEE por meio de pelo menos uma ação viável. Contudo, recomendam-se melhorias na contabilidade das emissões, assim como maiores estudos para verificar a viabilidade técnica, ambiental e econômica de medidas de eficiência energética levantadas na literatura para implantação na IQX a fim de promover redução progressiva de suas emissões de GEE.In 2016, the Paris Agreement entered into force, now ratified by more than 178 countries, with a commitment to limit the global temperature increase to 2ºC by 2100. Although Brazil has committed to reducing emissions by 37% by 2025 and 43% by 2030 compared to 2005, the Brazilian economy has not been directed towards its decarbonisation. In turn, the private sector can contribute about 60% of the global emission reduction target (WAY CARBON, 2016), and the first step is to account for GHG emissions related to its activities. This accounting, however, must consider the value chain of the reporting company, so that the results generated can subsidize potential GHG reduction opportunities. Thus, the main objective of this work was to account for and analyze the GHG emissions of a chemical company located in Bahia (Chemical Industry X - IQX), in order to identify at least one GHG reduction action that presented technical, environmental and economic feasibility. The emission accounting was carried out by means of an inventory elaborated according to the GHG Protocol, the most adopted method in the world by companies. The emissions of scopes 1 and 2 were counted, as well as seven of the fifteen categories of scope 3. Among the categories of scope 3, only two categories did not have their activity data collected, despite the non-applicability according to the GHG Protocol. It was verified that 70% of IQX's largest emitting sources came from the company's value chain, which accounted for about 63% of its total emissions in 2014. Indirect and direct emissions due to the acquisition of natural gas and its use in boilers, respectively, represented together 45% of IQX emissions, which motivated the bibliographic research for energy efficiency measures, in order to reduce its GHG emissions. Some measures were identified from the literature, however only one had its technical feasibility defined in the scope of this study. This measure consisted in the retrofit of thermal insulation and steam traps in a high-pressure steam line. It presented environmental and economic feasibility, respectively, through the reduction of 6,500 tCO2e considering direct and indirect emissions, and the economic indicators: 1 year payback, 99% IRR and NPV of R$ 1.7 million. It was concluded that through the accounting and analysis of emissions in a company's value chain, it is possible to contribute to the achievement of the national GHG reduction target through at least one viable action. However, improvements in emission accounting are recommended, as well as further studies to verify technical, environmental and economic feasibility of energy efficiency measures raised in the literature for implementation at IQX, in order to promote progressive reduction of its GHG emissions.Submitted by Flávia Menezes (flaviamelomenezes@gmail.com) on 2018-07-10T22:32:01Z No. of bitstreams: 1 Dissertação F.Menezes.pdf: 4371187 bytes, checksum: 907f12ebedd80c2e633f8a2e2c45ec7b (MD5)Approved for entry into archive by Vanessa Reis (vanessa.jamile@ufba.br) on 2018-07-11T12:51:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação F.Menezes.pdf: 4371187 bytes, checksum: 907f12ebedd80c2e633f8a2e2c45ec7b (MD5)Made available in DSpace on 2018-07-11T12:51:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação F.Menezes.pdf: 4371187 bytes, checksum: 907f12ebedd80c2e633f8a2e2c45ec7b (MD5)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)Saneamento ambiental: Qualidade do ar, das águas e do soloMudanças climáticasGases de efeito estufaInventário de emissõesIndústria químicaInventário das emissões de gases de efeito estufa no setor químico brasileiro: estudo de caso em uma empresa na Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola PolitécnicaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia IndustrialEPUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação F.Menezes.pdfDissertação F.Menezes.pdfapplication/pdf4371187https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26434/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20F.Menezes.pdf907f12ebedd80c2e633f8a2e2c45ec7bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26434/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTDissertação F.Menezes.pdf.txtDissertação F.Menezes.pdf.txtExtracted texttext/plain401223https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26434/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20F.Menezes.pdf.txt04b1a6a4396f836312d3a3c1dd9c9dcfMD53ri/264342022-02-20 21:57:59.212oai:repositorio.ufba.br:ri/26434VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T00:57:59Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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