Fatores relacionados a aspectos de imunossupressão a resposta imunológica antitumoral em cadelas portadoras de carcinoma inflamatório mamário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conceição, Aline Michelle dos Santos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31769
Resumo: O carcinoma inflamatório mamário (CIM) é uma neoplasia que acomete mulheres, cadelas e gatas e se destaca por sua agressividade, elevado potencial metastático e baixa sobrevida. Estudos realizados sobre o microambiente tumoral indicam que o comportamento agressivo dessas neoplasias está correlacionado ao processo inflamatório presente. Objetiva-se com a realização deste estudo avaliar possíveis fatores relacionados a evasão à resposta imunológica antitumoral. Foram estudadas 32 cadelas divididas em três grupos: Controle negativo – CN (10), carcinoma inflamatório mamário - CIM (12) e carcinoma em estadio avançado - CEA (10). Foram realizadas a avaliações clínica e histopatológica, tratamento, acompanhamento com determinação da sobrevida, imunofenotipagem de leucócitos no sangue periférico e tumor, além da avaliação imuno-histoquimica com os marcadores CD4, granzima B, perforina e FAS-L. Em sete cadelas foi possível a realização do exame necroscópico. Como resultados clínicos foram observados no grupo CIM maior frequência da forma primária da neoplasia e média de sobrevida de 32 dias. Na avaliação histopatológica, o arranjo sólido foi o mais diagnosticado. Os achados necroscópicos demonstraram envolvimento sistêmico, sendo os linfonodos e pulmão os principais órgão acometidos por metástases e de forma pioneira foi observado o acometimento da traqueia por células neoplásicas. A avaliação do infiltrado inflamatório associado ao tumor revelou maior predominância de linfócitos e macrófagos porém sem diferença estatística entre os grupos. A imunofenotipagem de sangue revelou maior frequência de TCD8+ (p= 0,0017) e menor frequência de TCD4+ (p<0,0001) e da razão CD4/CD8 (p= 0,0002) em comparação aos grupos CN e CEA. O índice médio de fluorescência (IMF) de MHCI e MHCII em monócitos em sangue periférico foi significativamente maior nas cadelas portadoras de CIM (p=0,038 e p=0,0117 respectivamente) em comparação a cadelas dos outros dois grupos. Não houve diferença significativa entreos grupos nas avaliações de imunofenotipagem no tumor. Na avaliação imuno-histoquímica das secções tumorais, foi observado menor marcação positiva em células inflamatórias para FAS-L em cadelas com CIM em comparação com o grupo CEA. E de forma interessante, constatou-se marcação citoplasmática significativa do FAS- L no grupo CEA. A sobrevida global dos animais portadores de CIM foi significativamente inferior (p=0,0007). Foram significativas as correlações entre taxa de sobrevida global, frequência de TCD8+ (r= -0,53 e p=0,048), razão CD4/CD8 (r= 0,58 e p= 0,032) e número de macrófagos infiltrantes no tumor em cadelas com CIM (r= 0,546 e p= 0,041). Esses resultados sugerem importante contribuição das células TCD8+, macrófagos infiltrantes e a baixa expressão de FAS-L na agressividade do CIM.
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Foram realizadas a avaliações clínica e histopatológica, tratamento, acompanhamento com determinação da sobrevida, imunofenotipagem de leucócitos no sangue periférico e tumor, além da avaliação imuno-histoquimica com os marcadores CD4, granzima B, perforina e FAS-L. Em sete cadelas foi possível a realização do exame necroscópico. Como resultados clínicos foram observados no grupo CIM maior frequência da forma primária da neoplasia e média de sobrevida de 32 dias. Na avaliação histopatológica, o arranjo sólido foi o mais diagnosticado. Os achados necroscópicos demonstraram envolvimento sistêmico, sendo os linfonodos e pulmão os principais órgão acometidos por metástases e de forma pioneira foi observado o acometimento da traqueia por células neoplásicas. A avaliação do infiltrado inflamatório associado ao tumor revelou maior predominância de linfócitos e macrófagos porém sem diferença estatística entre os grupos. 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Foram significativas as correlações entre taxa de sobrevida global, frequência de TCD8+ (r= -0,53 e p=0,048), razão CD4/CD8 (r= 0,58 e p= 0,032) e número de macrófagos infiltrantes no tumor em cadelas com CIM (r= 0,546 e p= 0,041). Esses resultados sugerem importante contribuição das células TCD8+, macrófagos infiltrantes e a baixa expressão de FAS-L na agressividade do CIM.Inflammatory mammary carcinoma (IMC) is a neoplasm that affects women, female dogs and cats. It is extremely aggressive, presenting high metastatic potential and low survival. Studies on the tumor microenvironment indicate a correlation between the aggressive behavior of these neoplasms and the trigged inflammatory process. The aim of this study was to evaluate factors related with mechanisms of immune evasion in cancer. In total, 32 female dogs were divided in three groups: 10 negative control (NC), 12 mammary inflammatory carcinoma (IMC) and 10 advanced stage carcinoma (ASC). For each dog we evaluated the treatment response and survival. Also, we carried out clinical and histopathological evaluations and performed leucocytes immunophenotyping in the peripheral blood and tumor, immunohistochemical evaluation with the CD4, granzyme B, perforin and FAS-L markers. Necroscopic examination was made in seven female dogs. Clinical results revealed greater frequency of primary IMC (mean of survival 32 days). The solid arrangement was the most described in histopathological evaluation. The necroscopic findings demonstrated systemic involvement, however lymph nodes and lung metastases were the main organs affected. Furthermore neoplastic cells in tracheal was observed by first time. The evaluation of inflammatory infiltrate revealed an increased number of lymphocytes and macrophages related to other cellsin the tumor, but statistical difference was not observed. Blood immunophenotyping revealed a higher frequency of CD8 + (p = 0.0017), and a lower frequency of CD4 + (p <0.0001) and CD4 / CD8 ratio (p = 0.0002) than NC and ASC groups. Monocytes in peripheral blood revealed that the mean fluorescence index (MFI) of MHC-I and MHC-II in female dogs with IMC was significantly higher than female dogs of the other two groups. There was no significant difference between the immunophenotyping evaluations in tumors. The immunohistochemical evaluation of tumor sections showed lower FAS-L positive staining in inflammatory cells of female dogs with IMC compared to ASC group. Significant cytoplasmic expression of FAS-L was observed in the ASC group. The overall survival of dogs belonging to IMC group was significantly lower (p = 0.0007) than in the others groups. There were significant correlations between overall survival rate and CD8 + frequency (r = -0.53 and p = 0.048), CD4 / CD8 ratio (r = 0.58 and p = 0.032) and number of tumor infiltrating macrophages in female dogs with IMC (R = 0.546 and p = 0.041). These results suggest an important role of the CD8 + T cells, infiltrating macrophages and the low expression of FAS-L in the aggressiveness of IMC.Submitted by Emanoel Martins Filho (emanoelfilho@ufba.br) on 2020-04-07T10:58:45Z No. of bitstreams: 1 C744f.pdf: 2986264 bytes, checksum: a1a844ef84b05930ec58eedbbbf6bbfc (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2020-04-07T23:01:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 C744f.pdf: 2986264 bytes, checksum: a1a844ef84b05930ec58eedbbbf6bbfc (MD5)Made available in DSpace on 2020-04-07T23:01:08Z (GMT). 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