Torta de girassol oriunda da produção do biodiesel na alimentação de cordeiros mestiços Santa Inês

• Autor(a) principal: Lima, Anny Graycy Vasconcelos de Oliveira
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31345
• topic: Nutrição e Alimentação Animal; Ácidos graxos; Coproduto; Helianthus annuus L.; Ovinos deslanados; Rendimento de carcaça; Girassol

Objetivou-se determinar o melhor nível de inclusão de torta de girassol, na dieta de ovinos mestiços Santa Inês em crescimento, com base no consumo de nutrientes, digestibilidade, balanço de nitrogênio, desempenho, características da carcaça e características qualitativas da carne destes animais. Foram utilizados 40 cordeiros machos inteiros, recém desmamados, vacinados e vermifugados, com peso inicial médio de 20,87 ± 0,41 kg, distribuídos em baias individuais sob um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e 10 repetições por tratamento. As dietas apresentaram relação volumoso: concentrado de 50:50, constituída de feno de tifton-85, milho moído, farelo de soja, premix mineral, ureia associada a sulfato de amônio e níveis de torta de girassol (0,0; 10,0; 20,0 e 30,0%) na matéria seca total da dieta. O período experimental foi constituído por 71 dias, com 15 dias destinados a adaptação dos animais a dietas e baias experimentais e 56 dias destinados a coleta de dados. A digestibilidade ocorreu entre o 30º ao 35º dia, com 20 animais. Ao final do período experimental, os animais foram pesados para obter o vivo ao abate e posteriormente após serem abatidos, as carcaças foram pesadas quente e fria para cálculos de rendimento e após 24 horas do abate foram avaliadas as medidas morfométricas da carcaça e posteriormente as carcaças foram seccionadas em cortes comerciais e o Longissimus lumborum foi utilizado para avaliar a qualidade da carne, através das características físico-químicas, instrumentais e sensoriais. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de regressão e para a análise sensorial, também foi realizado o teste de Levene para verificar a homogeneidade de variâncias. A inclusão de torta de girassol na dieta proporcionou redução linear no consumo de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro descontado cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT) e aumento linear no consumo de extrato etéreo (EE). A digestibilidade da MS e dos CNF reduziu e a digestibilidade do EE. O balanço de nitrogênio (BN), eficiência alimentar, ganho peso, ganho médio diário, peso final e características de carcaça reduziram e espessura de gordura, o grau de acabamento, as características quantitativas e qualitativas do Longissimus lumborum não apresentaram efeito. Na carne, a inclusão de torta de girassol aumentou os teores de lipídios totais, umidade, somatório de ácidos graxos saturados, ácidos graxos poli-insaturados, n-6, n-3, ácidos graxos desejáveis e as relações AGPI:AGS, AGPI:AGMI e hipocolesterolêmico: hipercolesterolêmico e reduziu os ácidos graxos monoinsaturados, a relação AGMI:AGS e o índice de aterogenicidade. A inclusão de até 30% de torta de girassol na MS total da dieta reduz o consumo, o desempenho e as características de carcaça dos cordeiros, mas melhora a qualidade nutricional do perfil lipídico e sensorial da carne.