Amonóides da Transição Aptiano–Albiano da Bacia de Sergipe, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siqueira, Maria Helena Zucon Ramos de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23379
Resumo: Os amonóides têm se mostrado eficazes nos estudos biocronoestratigráficos das bacias sedimentares. A grande diversidade das conchas, que variam de muito pequenas a agigantadas, com superfícies lisas a muito ornamentadas, favorecem a identificação taxonômica. Os amonóides da Bacia de Sergipe, no Nordeste do Brasil, ocorrem em uma faixa costeira com largura aproximada de 20 km, nas Formações Riachuelo e Cotinguiba, do Grupo Sergipe; e na Formação Calumbi, do Grupo Piaçabuçu. Essas formações representam a fase marinha da Bacia de Sergipe. O objetivo do presente estudo é datar as primeiras transgressões do Atlântico Sul em Sergipe, através do estudo dos amonóides, para correlacionar estas datações com as diversas escalas cronoestratigráficas internacionais e propor uma reconstrução paleogeográfica da fase inicial da abertura do Atlântico Sul na região nordeste do Brasil. Vinte e cinco áreas de afloramento foram analisadas e descritas 93 localidades com ocorrência de amonóides. Foram selecionados 176 exemplares, entre os mais bem preservados, que pertencem a cinco famílias (Gaudryceratidae, Desmoceratidae, Cleoniceratidae, Douvilleiceratidae e Parahoplitidae), 11 gêneros e 18 espécies, desde o Aptiano superior ao Albiano inferior. A sucessão de gêneros e espécies para estes andares na Bacia de Sergipe foi estabelecida. O Aptiano superior de Sergipe é caracterizado pelas espécies de Eogaudryceras (Eotetragonites), Cheloniceras, Diadochoceras, Vectisites, Eodouvilleiceras e Hypacanthoplites e o Albiano inferior é caracterizado pelas espécies de Aioloceras, Puzosia, Anadesmoceras, Cleoniceras e Douvilleiceras.. O estabelecimento da sucessão das espécies de amonóides permitiu propor para o Aptiano superior de Sergipe a Zona Diadochoceras–Eodouvilleiceras e para o Albiano inferior a Zona Douvilleiceras mammillatum. A paleobiogeografia dos amonóides que ocorrem na transição Aptiano– Albiano de Sergipe está diretamente relacionada com a separação entre América do Sul e África e evidencia a primeira deposição marinha do Oceano Atlântico no nordeste do Brasil, sob a influência predominante das formas tetianas.
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O objetivo do presente estudo é datar as primeiras transgressões do Atlântico Sul em Sergipe, através do estudo dos amonóides, para correlacionar estas datações com as diversas escalas cronoestratigráficas internacionais e propor uma reconstrução paleogeográfica da fase inicial da abertura do Atlântico Sul na região nordeste do Brasil. Vinte e cinco áreas de afloramento foram analisadas e descritas 93 localidades com ocorrência de amonóides. Foram selecionados 176 exemplares, entre os mais bem preservados, que pertencem a cinco famílias (Gaudryceratidae, Desmoceratidae, Cleoniceratidae, Douvilleiceratidae e Parahoplitidae), 11 gêneros e 18 espécies, desde o Aptiano superior ao Albiano inferior. A sucessão de gêneros e espécies para estes andares na Bacia de Sergipe foi estabelecida. O Aptiano superior de Sergipe é caracterizado pelas espécies de Eogaudryceras (Eotetragonites), Cheloniceras, Diadochoceras, Vectisites, Eodouvilleiceras e Hypacanthoplites e o Albiano inferior é caracterizado pelas espécies de Aioloceras, Puzosia, Anadesmoceras, Cleoniceras e Douvilleiceras.. O estabelecimento da sucessão das espécies de amonóides permitiu propor para o Aptiano superior de Sergipe a Zona Diadochoceras–Eodouvilleiceras e para o Albiano inferior a Zona Douvilleiceras mammillatum. A paleobiogeografia dos amonóides que ocorrem na transição Aptiano– Albiano de Sergipe está diretamente relacionada com a separação entre América do Sul e África e evidencia a primeira deposição marinha do Oceano Atlântico no nordeste do Brasil, sob a influência predominante das formas tetianas.ABSTRACT - Ammonites are useful in biochronostratigraphic studies of sedimentary basins. Their wide morphological diversity, with shells that vary from very small to giant and smooth to strongly ornamented, favours identification. In the Sergipe Basin in northeastern Brazil ammonites are found in a 20 km wide coastal belt comprising the Aptian-Albian Riachuelo, CenomanianConiacian Cotinguiba, and Campanian-Maastrichtian Calumbi formations. The objective of the present study is to date the first open marine transgression of the South Atlantic in Sergipe through study of the ammonites, to correlate these datings with the international chronostratigraphic scales and to propose a palaeogeographic reconstruction for the initial opening stage of the northern South Atlantic. Twenty-five outcrop areas exposing the basal beds of the Riachuelo Formation were analyzed and 93 localities with ammonites sampled and described. A total of 176 well-preserved specimens were selected for study, represented by five families (Gaudryceratidae, Desmoceratidae, Cleoniceratidae, Douvilleiceratidae and Parahoplitidae), 11 genera and 18 species, ranging from the upper Aptian to lower Albian. The succession of species for this stratigraphic interval in the basin was established. Thus, the upper Aptian of Sergipe is characterized by species of Eogaudryceras (Eotetragonites), Cheloniceras, Diadochoceras, Vectisites, Eodouvilleiceras and Hypacanthoplites and the lower Albian by species of Aioloceras, Puzosia, Anadesmoceras, Cleoniceras and Douvilleiceras. A Diadochoceras-Eodouvilleiceras Zone for the upper Aptian and a Douvilleiceras mammillatum Zone for the lower Albian are proposed. These oldest ammonite faunas in the northern South Atlantic show a predominantly Tethyan influence, their palaeobiogeographic development being related directly to the progressive opening of the northern South Atlantic through the separation of South America from Africa.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-06-28T21:57:03Z No. of bitstreams: 2 (TESE_2005_vers_343o_final_estampas).pdf: 11458086 bytes, checksum: a0e0daeb1660d346e0b7d17de105ed95 (MD5) mapa_fig8.PDF: 245655 bytes, checksum: ba195b5c0c99bd9c832af8044536fe99 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-28T21:57:03Z (GMT). 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