Avaliação da associação entre HLA-B em mães com HIV- 1 e crianças expostas verticalmente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cubillos Angulo, Juan Manuel
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29176
Resumo: INTRODUÇÃO: Os antígenos leucocitários humanos de classe I e, mais especificamente, as moléculas codificadas no locus B (HLA-B) estão associados ao risco de desenvolvimento da HIV/AIDS. Tem sido descritos diferentes grupos de alelos HLA-B com efeito protetor ou alelos que aumentam a susceptibilidade à infecção pelo HIV, e que são expressos desde as etapas iniciais da gestação. OBJETIVO. Avaliar que variantes do HLA-B estão associados ao risco de transmissão vertical do HIV-1, em uma população de mulheres infectadas pelo vírus e seus filhos expostos à infecção durante a gestação, parto ou aleitamento, em um centro de referência para HIV. METODOS. Em um estudo transversal, descritivo, realizamos a tipagem do HLA-B, em 52 mães (65 filhos), acompanhadas no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador Brasil. RESULTADOS. A profilaxia das mães mostra associação significativa com a prevenção da transmissão vertical do HIV-1 (p= 0.03) e as crianças corroboram a associação com um 95,1% de crianças HIV-1 negativas que recebeu profilaxia (p = <0.001). A frequência dos grupos alélicos HLA-B*14 (29.2%) e o HLA-B*18 (16.7%) foi significativamente mais elevada nas crianças HIV-1 positivas (p=0.002 e p=0.04 respectivamente). O subgrupo HLA-B*14:01 também foi mais frequentemente detectado em crianças HIV-1 positivas (p=0.01). Não observamos diferenças significativas entre a frequência de alelos HLA-B entre as mães que transmitiram o vírus, comparadas às que não o fizeram. Observou-se uma associação positiva significativa entre risco de transmissão do HIV e ausência de profilaxia durante o parto, mas a diferença na frequência de alelos persistiu mesmo após ajuste para este fator. 2 CONCLUSÃO. A presença do alelo HLA-B*14 é preditivo da transmissão vertical em filhos expostos ao HIV-1. Essas descobertas ajudam a entender a patogenia da transmissão vertical do HIV-1 e colocam o alelo HLA-B*14 como uma parte crucial desse processo.
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Em um estudo transversal, descritivo, realizamos a tipagem do HLA-B, em 52 mães (65 filhos), acompanhadas no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador Brasil. RESULTADOS. A profilaxia das mães mostra associação significativa com a prevenção da transmissão vertical do HIV-1 (p= 0.03) e as crianças corroboram a associação com um 95,1% de crianças HIV-1 negativas que recebeu profilaxia (p = <0.001). A frequência dos grupos alélicos HLA-B*14 (29.2%) e o HLA-B*18 (16.7%) foi significativamente mais elevada nas crianças HIV-1 positivas (p=0.002 e p=0.04 respectivamente). O subgrupo HLA-B*14:01 também foi mais frequentemente detectado em crianças HIV-1 positivas (p=0.01). Não observamos diferenças significativas entre a frequência de alelos HLA-B entre as mães que transmitiram o vírus, comparadas às que não o fizeram. 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