Características físico-químicas e potencial farmacológico do óleo da semente da Annona muricata L. em modelos de diabetes autoimune In vitro e In vivo
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20850 |
Resumo: | Introdução: O diabetes tipo 1 autoimune é caracterizado por destruição das células pancreáticas e ativação de mecanismos imunológicos celulares e humorais. O tratamento com insulina exógena é oneroso, apresenta efeito colateral como a hipoglicemia e não modula ação inflamatória pancreática. A busca de novos fármacos alternativos anti-inflamatórios e imunomoduladores, torna-se uma estratégia para o controle desta doença crônica. Ácidos graxos apresentam uma dinâmica de interação metabólica e podem desempenhar algum papel na diminuição dos eventos imunológicos e controle da homeostase glicêmica no diabetes melito tipo 1. A Annona muricata (graviola) é uma árvore que apresenta várias propriedades biológicas descritas na literatura tais como gastroprotetora, antioxidante, anticancerígena, anti-inflamatória, hipoglicemiante, antidiabética, dentre outras. A ação antidiabética já foi identificada, especialmente, nos extratos da folha da graviola e há uma limitação de dados sobre caracterização e propriedades do óleo das sementes da planta. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram caracterizar as propriedades físico-químicas e ação imunomoduladora do óleo em modelos de diabetes autoimune in vitro e in vivo. Metodologia: Foram investigados a composição centesimal, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante in vitro pelos métodos DPPH ABTS e FRAP. O óleo das sementes foi extraído por Blig-Dyer e o perfil de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa. A presença de acetogeninas foi avaliada por cromatografia de camada fina e a massa molecular foi identificada por HPLC-DAD. A toxicidade in vitro do óleo (4000-7,8μg/mL) foi avaliada pelos ensaios do MTT-Tetrazólio e Resazurina sódica em cultura de esplenócitos murino e de sangue total humano. A toxicidade in vivo foi avaliada após 14 dias de exposição ao óleo, com administração oral de doses de 0,5 e 1,0mL/Kg/peso. Sobrevida, Glicemia, colesterol total, creatinina, uréia, alterações físicas e histopatologia hepática e renal foram avaliados. O protocolo experimental do DM1 induzido por STZ (3 x 100mg/Kg) foi de 48 dias em que camundongos BALB/c foram pré-tratados ou não com 1,0mL/Kg/peso do óleo por via oral. Glicemia, insulina, área das ilhotas, histopatologia hepática e pancreática, alterações físicas, ALT e creatinina foram avaliados. As citocinas IL-10, IL-4 e IL-17 foram dosadas em sobrenadantes de cultura de esplenócitos de animais diabéticos na presença ou não do óleo (125, 61,5 e 31μg/mL) por ELISA. Além disso, também por ELISA, IFN-y e IL-10 foram dosados em cultura de sangue total de pacientes diabéticos ou controles não diabéticos, na presença ou não do óleo da graviola (125, 61,5 e 31μg/mL). Resultados: As sementes apresentaram teor de 18% de lipídios e 310-320mg% de compostos fenólicos. O óleo tem baixa ação antioxidante in vitro e é fonte de ácidos graxos oléico e linoléico. Acetogeninas foram confirmadas no óleo e frações, sendo a anonacina a mais predominante. O precipitado do óleo bruto apresentou toxicidade in vivo, diferente do óleo filtrado. Concentrações abaixo de 125μg/mL do óleo não apresentaram citotoxidade in vitro. O tratamento dos animais diabéticos com o óleo (Stz-FLOsg) levou a um efeito anti-hiperglicêmico, preservou a área das ilhotas e diminuiu atrofia das ilhotas, recuperou parcialmente o glicogênio hepático e evitou/regenerou danos oxidativos hepáticos. Em cultura de esplenócitos, a exposição do óleo na concentração de 125μg/mL aumentou a produção de IL-4 e IL-10. Em cultura de sangue total humano, a exposição ao óleo reduziu os níveis de IFN-y e não alterou os níveis de IL-10. Conclusão: O óleo da semente da A. muricata apresentou qualidade nutritiva, potencial antidiabético, potencial imunomodulador e anti-inflamatório in vitro. |
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Pinto, Laise CedrazPinto, Laise CedrazFigueirêdo, Camila Alexandrina Viana deLopes, Mariângela VieiraFigueirêdo, Camila Alexandrina Viana dePiuvezam, Marcia ReginaCarneiro, Valdirene LeãoRodriguez, Tânia TavaresSilva, Luciana Lyra Casais e2016-10-18T12:52:18Z2016-10-18T12:52:18Z2016-10-182015http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20850Introdução: O diabetes tipo 1 autoimune é caracterizado por destruição das células pancreáticas e ativação de mecanismos imunológicos celulares e humorais. O tratamento com insulina exógena é oneroso, apresenta efeito colateral como a hipoglicemia e não modula ação inflamatória pancreática. A busca de novos fármacos alternativos anti-inflamatórios e imunomoduladores, torna-se uma estratégia para o controle desta doença crônica. Ácidos graxos apresentam uma dinâmica de interação metabólica e podem desempenhar algum papel na diminuição dos eventos imunológicos e controle da homeostase glicêmica no diabetes melito tipo 1. A Annona muricata (graviola) é uma árvore que apresenta várias propriedades biológicas descritas na literatura tais como gastroprotetora, antioxidante, anticancerígena, anti-inflamatória, hipoglicemiante, antidiabética, dentre outras. A ação antidiabética já foi identificada, especialmente, nos extratos da folha da graviola e há uma limitação de dados sobre caracterização e propriedades do óleo das sementes da planta. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram caracterizar as propriedades físico-químicas e ação imunomoduladora do óleo em modelos de diabetes autoimune in vitro e in vivo. Metodologia: Foram investigados a composição centesimal, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante in vitro pelos métodos DPPH ABTS e FRAP. O óleo das sementes foi extraído por Blig-Dyer e o perfil de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa. A presença de acetogeninas foi avaliada por cromatografia de camada fina e a massa molecular foi identificada por HPLC-DAD. 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Além disso, também por ELISA, IFN-y e IL-10 foram dosados em cultura de sangue total de pacientes diabéticos ou controles não diabéticos, na presença ou não do óleo da graviola (125, 61,5 e 31μg/mL). Resultados: As sementes apresentaram teor de 18% de lipídios e 310-320mg% de compostos fenólicos. O óleo tem baixa ação antioxidante in vitro e é fonte de ácidos graxos oléico e linoléico. Acetogeninas foram confirmadas no óleo e frações, sendo a anonacina a mais predominante. O precipitado do óleo bruto apresentou toxicidade in vivo, diferente do óleo filtrado. Concentrações abaixo de 125μg/mL do óleo não apresentaram citotoxidade in vitro. O tratamento dos animais diabéticos com o óleo (Stz-FLOsg) levou a um efeito anti-hiperglicêmico, preservou a área das ilhotas e diminuiu atrofia das ilhotas, recuperou parcialmente o glicogênio hepático e evitou/regenerou danos oxidativos hepáticos. Em cultura de esplenócitos, a exposição do óleo na concentração de 125μg/mL aumentou a produção de IL-4 e IL-10. Em cultura de sangue total humano, a exposição ao óleo reduziu os níveis de IFN-y e não alterou os níveis de IL-10. Conclusão: O óleo da semente da A. muricata apresentou qualidade nutritiva, potencial antidiabético, potencial imunomodulador e anti-inflamatório in vitro.Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-10-18T12:52:18Z No. of bitstreams: 1 Laíse Cedraz Pinto.pdf: 11085324 bytes, checksum: 061a2f82440cac5a0bd4c494f83eb8ef (MD5)Made available in DSpace on 2016-10-18T12:52:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Laíse Cedraz Pinto.pdf: 11085324 bytes, checksum: 061a2f82440cac5a0bd4c494f83eb8ef (MD5)Annona MuricataDiabetes AutoimuneÁcido OléicoÁcido LinoleicoanonacinaCaracterísticas físico-químicas e potencial farmacológico do óleo da semente da Annona muricata L. em modelos de diabetes autoimune In vitro e In vivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.UFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALLaíse Cedraz Pinto.pdfLaíse Cedraz Pinto.pdfapplication/pdf11085324https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20850/1/La%c3%adse%20Cedraz%20Pinto.pdf061a2f82440cac5a0bd4c494f83eb8efMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20850/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTLaíse Cedraz Pinto.pdf.txtLaíse Cedraz Pinto.pdf.txtExtracted texttext/plain414569https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20850/3/La%c3%adse%20Cedraz%20Pinto.pdf.txta7bb0bd77e2c5199b94b1f2b65989facMD53ri/208502022-07-08 13:26:19.519oai:repositorio.ufba.br:ri/20850VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-08T16:26:19Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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Introdução: O diabetes tipo 1 autoimune é caracterizado por destruição das células pancreáticas e ativação de mecanismos imunológicos celulares e humorais. O tratamento com insulina exógena é oneroso, apresenta efeito colateral como a hipoglicemia e não modula ação inflamatória pancreática. A busca de novos fármacos alternativos anti-inflamatórios e imunomoduladores, torna-se uma estratégia para o controle desta doença crônica. Ácidos graxos apresentam uma dinâmica de interação metabólica e podem desempenhar algum papel na diminuição dos eventos imunológicos e controle da homeostase glicêmica no diabetes melito tipo 1. A Annona muricata (graviola) é uma árvore que apresenta várias propriedades biológicas descritas na literatura tais como gastroprotetora, antioxidante, anticancerígena, anti-inflamatória, hipoglicemiante, antidiabética, dentre outras. A ação antidiabética já foi identificada, especialmente, nos extratos da folha da graviola e há uma limitação de dados sobre caracterização e propriedades do óleo das sementes da planta. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram caracterizar as propriedades físico-químicas e ação imunomoduladora do óleo em modelos de diabetes autoimune in vitro e in vivo. Metodologia: Foram investigados a composição centesimal, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante in vitro pelos métodos DPPH ABTS e FRAP. O óleo das sementes foi extraído por Blig-Dyer e o perfil de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa. A presença de acetogeninas foi avaliada por cromatografia de camada fina e a massa molecular foi identificada por HPLC-DAD. A toxicidade in vitro do óleo (4000-7,8μg/mL) foi avaliada pelos ensaios do MTT-Tetrazólio e Resazurina sódica em cultura de esplenócitos murino e de sangue total humano. A toxicidade in vivo foi avaliada após 14 dias de exposição ao óleo, com administração oral de doses de 0,5 e 1,0mL/Kg/peso. Sobrevida, Glicemia, colesterol total, creatinina, uréia, alterações físicas e histopatologia hepática e renal foram avaliados. O protocolo experimental do DM1 induzido por STZ (3 x 100mg/Kg) foi de 48 dias em que camundongos BALB/c foram pré-tratados ou não com 1,0mL/Kg/peso do óleo por via oral. Glicemia, insulina, área das ilhotas, histopatologia hepática e pancreática, alterações físicas, ALT e creatinina foram avaliados. As citocinas IL-10, IL-4 e IL-17 foram dosadas em sobrenadantes de cultura de esplenócitos de animais diabéticos na presença ou não do óleo (125, 61,5 e 31μg/mL) por ELISA. Além disso, também por ELISA, IFN-y e IL-10 foram dosados em cultura de sangue total de pacientes diabéticos ou controles não diabéticos, na presença ou não do óleo da graviola (125, 61,5 e 31μg/mL). Resultados: As sementes apresentaram teor de 18% de lipídios e 310-320mg% de compostos fenólicos. O óleo tem baixa ação antioxidante in vitro e é fonte de ácidos graxos oléico e linoléico. Acetogeninas foram confirmadas no óleo e frações, sendo a anonacina a mais predominante. O precipitado do óleo bruto apresentou toxicidade in vivo, diferente do óleo filtrado. Concentrações abaixo de 125μg/mL do óleo não apresentaram citotoxidade in vitro. O tratamento dos animais diabéticos com o óleo (Stz-FLOsg) levou a um efeito anti-hiperglicêmico, preservou a área das ilhotas e diminuiu atrofia das ilhotas, recuperou parcialmente o glicogênio hepático e evitou/regenerou danos oxidativos hepáticos. Em cultura de esplenócitos, a exposição do óleo na concentração de 125μg/mL aumentou a produção de IL-4 e IL-10. Em cultura de sangue total humano, a exposição ao óleo reduziu os níveis de IFN-y e não alterou os níveis de IL-10. Conclusão: O óleo da semente da A. muricata apresentou qualidade nutritiva, potencial antidiabético, potencial imunomodulador e anti-inflamatório in vitro. |
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