Fatores que influenciam nas disparidades do peso ao nascer em gestações a termo no Brasil: uma coorte de 100 milhões
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35126 |
Resumo: | Introdução: O inadequado peso ao nascer é um importante preditor da morbimortalidade infantil e sua avaliação é fundamental para desenvolver estratégias destinadas a melhorar a saúde materno-infantil, especialmente entre as populações vulneráveis onde estes desfechos ainda persistem. Não está claro o efeito de estratégias já empregadas, a exemplo do programa Bolsa Família, na redução do inadequado peso ao nascer no Brasil. Objetivos: O presente trabalho possui três objetivos a saber: 1. identificar os fatores associados ao baixo peso entre os nascidos a termo de mulheres pobres e extremamente pobres do Brasil; 2. estimar a ocorrência e os fatores sociodemográficos associados aos nascimentos pequenos (PIG) e grandes para a idade gestacional (GIG) na população pobre e extremamente pobre do Brasil; e 3. apresentar um protocolo de análise para avaliar o impacto do recebimento do Bolsa Família no peso ao nascer. Metodologia: Tratam-se de estudos de coorte retrospectiva e dinâmica. O banco de dados da coorte contém registros de indivíduos elegíveis para programas de assistência social por meio do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), cadastrados entre 2001 e 2015. Dados socioeconômicos da Coorte 100 Milhões de Brasileiros foram vinculados aos dados constantes do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), considerando o período de 01/01/2001 a 31/12/2015. Os dois primeiros artigos incluíram nascidos vivos mais recentes, de gestações a termo de mulheres de 14 a 49 anos, cadastradas na Coorte 100 Milhões de Brasileiros entre 2001 e 2015. Para o segundo artigo foram considerados apenas os nascimentos de 2012 a 2015. A população para análise de impacto será constituída do primeiro nascido vivo por cada mulher registrada no baseline da coorte, no período de 2004 a 2015, com idades variando entre 10 a 49 anos. Para os artigos 1 e 2 foi realizada a regressão logística multivariada. Uma abordagem conceitual baseada em hierarquia foi empregada. No protocolo da avaliação de impacto, apresentamos como proposta de análise os métodos baseados no score de propensão. Como medida de impacto, será calculado o efeito médio do tratamento sobre os tratados (Average Treatment effect for the Treated – ATT) considerando as diferentes métricas baseadas na modalidade de escala do desfecho linear (peso ao nascer) e não linear (baixo peso ao nascer, pequeno e grande para idade gestacional). Resultados: No primeiro artigo foi observado que as maiores chances de baixo peso a termo estiveram associadas entre recém-nascidos do sexo feminino (OR: 1,49; IC95%: 1,47-1,50), cujas mães eram negras (OR: 1,20; IC95%: 1,18-1,22), com baixo nível de escolaridade (OR: 1,57; IC 95%: 1,53-1,62), 35 ou mais anos de idade (OR: 1,44; IC 95%: 1,43-1,46), baixo número de consultas de pré-natal (OR: 2,48; IC 95%: 2,42-2,54) e eram primíparas (OR: 1,62; IC 95%: 1,60-1,64). Entre os resultados do segundo artigo, foram encontradas maiores chances de PIG entre crianças nascidas de mulheres que se autorreferiram como pretas (OR: 1,21; IC 95%: 1,20-1,23), analfabetas (OR: 1,49; IC 95%: 1,43-1,55), que não realizaram consultas durante o pré-natal (OR: 1,62; IC 95%: 1,58-1,66) ou tinham idade entre 14-20 anos (OR: 1,26; IC 95%: 1,24-1,27) ou 35-49 anos (OR: 1,11; IC 95%: 1,10- 1,13). Em relação às crianças GIG, as maiores chances foram encontradas entre os nascidos de mulheres residentes em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal baixo/muito baixo (OR: 1,23; IC95%: 1,22-1,24) e entre as mulheres mais velhas (OR: 1,31; IC95%: 1,30-1,32). No entanto, as chances de GIG diminuíram para bebês nascidos de mulheres mais jovens que compareceram a menos consultas pré-natais. A proposta de avaliação de impacto do Programa Bolsa Família (PBF) foi detalhada no protocolo de pesquisa. O protocolo seguiu as diretrizes internacionalmente reconhecidas para a realização e divulgação dos resultados de estudos de avaliação de impacto, proporcionando transparência na condução das análises de dados e maior comparabilidade dos resultados. A disponibilidade de uma coorte com uma ampla quantidade de variáveis explicativas e confundidoras possibilita avaliar o efeito do PBF no peso ao nascer, considerando a utilização de métodos baseados em escore de propensão. Conclusões: Múltiplos aspectos estiveram associados ao baixo peso ao nascer a termo, PIG e GIG, evidenciando a necessidade de se examinar de forma abrangente os mecanismos subjacentes a esses fatores. A proposta de avaliação de impacto do PBF poderá fornecer evidências para justificar o emprego de programas de transferência condicionada de renda na redução das disparidades relacionadas ao inadequado peso ao nascer. |
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2022-04-27T14:00:35Z2022-05-012022-04-27T14:00:35Z2020-09-11https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35126Introdução: O inadequado peso ao nascer é um importante preditor da morbimortalidade infantil e sua avaliação é fundamental para desenvolver estratégias destinadas a melhorar a saúde materno-infantil, especialmente entre as populações vulneráveis onde estes desfechos ainda persistem. Não está claro o efeito de estratégias já empregadas, a exemplo do programa Bolsa Família, na redução do inadequado peso ao nascer no Brasil. Objetivos: O presente trabalho possui três objetivos a saber: 1. identificar os fatores associados ao baixo peso entre os nascidos a termo de mulheres pobres e extremamente pobres do Brasil; 2. estimar a ocorrência e os fatores sociodemográficos associados aos nascimentos pequenos (PIG) e grandes para a idade gestacional (GIG) na população pobre e extremamente pobre do Brasil; e 3. apresentar um protocolo de análise para avaliar o impacto do recebimento do Bolsa Família no peso ao nascer. Metodologia: Tratam-se de estudos de coorte retrospectiva e dinâmica. O banco de dados da coorte contém registros de indivíduos elegíveis para programas de assistência social por meio do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), cadastrados entre 2001 e 2015. Dados socioeconômicos da Coorte 100 Milhões de Brasileiros foram vinculados aos dados constantes do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), considerando o período de 01/01/2001 a 31/12/2015. Os dois primeiros artigos incluíram nascidos vivos mais recentes, de gestações a termo de mulheres de 14 a 49 anos, cadastradas na Coorte 100 Milhões de Brasileiros entre 2001 e 2015. Para o segundo artigo foram considerados apenas os nascimentos de 2012 a 2015. A população para análise de impacto será constituída do primeiro nascido vivo por cada mulher registrada no baseline da coorte, no período de 2004 a 2015, com idades variando entre 10 a 49 anos. Para os artigos 1 e 2 foi realizada a regressão logística multivariada. Uma abordagem conceitual baseada em hierarquia foi empregada. No protocolo da avaliação de impacto, apresentamos como proposta de análise os métodos baseados no score de propensão. 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Entre os resultados do segundo artigo, foram encontradas maiores chances de PIG entre crianças nascidas de mulheres que se autorreferiram como pretas (OR: 1,21; IC 95%: 1,20-1,23), analfabetas (OR: 1,49; IC 95%: 1,43-1,55), que não realizaram consultas durante o pré-natal (OR: 1,62; IC 95%: 1,58-1,66) ou tinham idade entre 14-20 anos (OR: 1,26; IC 95%: 1,24-1,27) ou 35-49 anos (OR: 1,11; IC 95%: 1,10- 1,13). Em relação às crianças GIG, as maiores chances foram encontradas entre os nascidos de mulheres residentes em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal baixo/muito baixo (OR: 1,23; IC95%: 1,22-1,24) e entre as mulheres mais velhas (OR: 1,31; IC95%: 1,30-1,32). No entanto, as chances de GIG diminuíram para bebês nascidos de mulheres mais jovens que compareceram a menos consultas pré-natais. A proposta de avaliação de impacto do Programa Bolsa Família (PBF) foi detalhada no protocolo de pesquisa. 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A proposta de avaliação de impacto do PBF poderá fornecer evidências para justificar o emprego de programas de transferência condicionada de renda na redução das disparidades relacionadas ao inadequado peso ao nascer.Introduction: Inadequate birth weight is an important indicator of infant morbidity and mortality, and its assessment is essential to develop strategies aimed at improving maternal and child health especially among vulnerable populations. It is not clear the effect of strategies already used, such as the Bolsa Família Program, in reducing the inadequate birth weight in Brazil. Objectives: The present study has three objectives: 1. To investigate the factors associated with TLBW in the Brazilian population living in poverty and extreme poverty; 2. To estimate the occurrence of and sociodemographic factors associated with Small (SGA) and Large-for-gestational-age (LGA) births in the poor and extremely poor population of Brazil; and 3. To demonstrate an analysis protocol to assess the impact of receiving Bolsa Família on birth weight. Methods: These are studies with a retrospective and dynamic cohort. The cohort database contains records of individuals eligible for social assistance programs via the Unified Registry for Social Programs (CadÚnico), who were registered between 2001 and 2015. Socioeconomic data from the Cohort 100 Million Brazilians were linked to data contained in the National System Information on Live Births (SINASC), considering the period from Jan 1, 2001 to Dec 31, 2015. The study population of the first two articles included most recent live births born at term (37-41 gestational weeks) from women aged 14-49 years who entered in the 100 Million Brazilian Cohort between 2001-2015. For the second article, only births from 2012 to 2015 were considered. The population for impact analysis, present in research protocol, will include of the first live birth from women aged 10 to 49 years, who entered in the 100 Million Brazilian Cohort between 2004-2015. Multivariate logistic regression was performed in articles 1 and 2. A hierarchical conceptual approach was employed. In the impact assessment protocol, we propose methods of analysis based on the propensity score. The average treatment effect on the treaties (Average Treatment effect for the Treated - ATT) will be calculated considering the different metrics based on the linear (birth weight) and non-linear outcome scale (low birth weight, small and large for gestational age). Results: The first article indicated that the highest odds of low weight at term were associated with female newborns (OR: 1.49; 95% CI: 1.47-1.50), whose mothers were black (OR: 1.20; 95% CI: 1.18-1.22), had a low educational level (OR: 1.57; 95% CI: 1.53-1.62), were aged ≥35 years (OR: 1.44; 95% CI: 1.43-1.46), had a low number of prenatal care visits (OR: 2.48; 95% CI: 2.42- 2.54) and were primiparous (OR: 1.62; 95% CI: 1.60-1.64). Among the results of the second article, highest odds of SGA were associated among those children born to women who self-reported as black (OR: 1.21; 95% CI: 1.20-1.23), mixed/parda (OR: 1.08; 95% CI: 1.07; 1.09) or indigenous (OR: 1.10; 95% CI: 1.05-1.14), were unmarried (OR: 1.09; 95% CI: 1.08-1.10), illiterate (OR: 1.49; 95%CI: 1.43-1.55), did not attend prenatal consultations (OR: 1.62; 95%CI: 1.58-1.66) or were aged 14-20 years (OR: 1.26; 95% CI: 1.24-1.27) or 35-49 years (OR: 1.11; 95% CI: 1.10-1.13). Considering LGA children, higher odds were found among those born to women living in municipalities with low/very low Municipal Human Development Index (OR: 1.23; 95% CI: 1.22-1.24) and among older women (OR: 1.31; 95% CI: 1.30-1.32). However, the odds of LGA decreased for infants born to younger women who attended fewer prenatal visits. The Bolsa Família Program (BFP) impact assessment proposal was detailed in the research protocol. The protocol followed internationally recognized guidelines for conducting and disseminating the results of impact assessment studies, providing transparency in conducting data analysis and greater comparability of results. The availability of a cohort with a large amount of explanatory and confounding variables makes it possible to evaluate the effect of BFP in birth weight, considering the use of methods based on propensity score. Conclusion: Multiple aspects were associated with low birth weight at term, SGA and LGA, highlighting the need to examine comprehensively the mechanisms underlying these factors. The PBF impact evaluation proposal may provide evidence to justify the use of conditional cash transfer programs to reduce disparities related to inadequate birth weight.Submitted by Ila Falcão (falcao.ila@gmail.com) on 2022-04-27T11:47:18Z No. of bitstreams: 1 tese_ila_2009-2020_rev_banca.pdf: 3732949 bytes, checksum: 040fc928f7ac56f24750251cba03cf15 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2022-04-27T14:00:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tese_ila_2009-2020_rev_banca.pdf: 3732949 bytes, checksum: 040fc928f7ac56f24750251cba03cf15 (MD5)Made available in DSpace on 2022-04-27T14:00:35Z (GMT). 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Falcão, Ila Rocha |
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Silva, Rita de Cássia Ribeiro Fiaccone, Rosemeire Leovigildo Silva, Rita de Cássia Ribeiro Ichihara, Maria Yury Travassos Barreto, Mauricio Lima Almeida, Marcia Furquim de Costa, Maria da Conceicao Nascimento |
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CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE Peso ao nascer Coorte Fatores associados Avaliação de impacto População pobre e extremamente pobre Programa Bolsa Família. – Bahia – Brasil Birth weight Cohort Poor and extremely poor populations Associated factors Impact evaluation Bolsa Família Program |
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Birth weight Cohort Poor and extremely poor populations Associated factors Impact evaluation Bolsa Família Program |
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Introdução: O inadequado peso ao nascer é um importante preditor da morbimortalidade infantil e sua avaliação é fundamental para desenvolver estratégias destinadas a melhorar a saúde materno-infantil, especialmente entre as populações vulneráveis onde estes desfechos ainda persistem. Não está claro o efeito de estratégias já empregadas, a exemplo do programa Bolsa Família, na redução do inadequado peso ao nascer no Brasil. Objetivos: O presente trabalho possui três objetivos a saber: 1. identificar os fatores associados ao baixo peso entre os nascidos a termo de mulheres pobres e extremamente pobres do Brasil; 2. estimar a ocorrência e os fatores sociodemográficos associados aos nascimentos pequenos (PIG) e grandes para a idade gestacional (GIG) na população pobre e extremamente pobre do Brasil; e 3. apresentar um protocolo de análise para avaliar o impacto do recebimento do Bolsa Família no peso ao nascer. Metodologia: Tratam-se de estudos de coorte retrospectiva e dinâmica. O banco de dados da coorte contém registros de indivíduos elegíveis para programas de assistência social por meio do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), cadastrados entre 2001 e 2015. Dados socioeconômicos da Coorte 100 Milhões de Brasileiros foram vinculados aos dados constantes do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), considerando o período de 01/01/2001 a 31/12/2015. Os dois primeiros artigos incluíram nascidos vivos mais recentes, de gestações a termo de mulheres de 14 a 49 anos, cadastradas na Coorte 100 Milhões de Brasileiros entre 2001 e 2015. Para o segundo artigo foram considerados apenas os nascimentos de 2012 a 2015. A população para análise de impacto será constituída do primeiro nascido vivo por cada mulher registrada no baseline da coorte, no período de 2004 a 2015, com idades variando entre 10 a 49 anos. Para os artigos 1 e 2 foi realizada a regressão logística multivariada. Uma abordagem conceitual baseada em hierarquia foi empregada. No protocolo da avaliação de impacto, apresentamos como proposta de análise os métodos baseados no score de propensão. Como medida de impacto, será calculado o efeito médio do tratamento sobre os tratados (Average Treatment effect for the Treated – ATT) considerando as diferentes métricas baseadas na modalidade de escala do desfecho linear (peso ao nascer) e não linear (baixo peso ao nascer, pequeno e grande para idade gestacional). Resultados: No primeiro artigo foi observado que as maiores chances de baixo peso a termo estiveram associadas entre recém-nascidos do sexo feminino (OR: 1,49; IC95%: 1,47-1,50), cujas mães eram negras (OR: 1,20; IC95%: 1,18-1,22), com baixo nível de escolaridade (OR: 1,57; IC 95%: 1,53-1,62), 35 ou mais anos de idade (OR: 1,44; IC 95%: 1,43-1,46), baixo número de consultas de pré-natal (OR: 2,48; IC 95%: 2,42-2,54) e eram primíparas (OR: 1,62; IC 95%: 1,60-1,64). Entre os resultados do segundo artigo, foram encontradas maiores chances de PIG entre crianças nascidas de mulheres que se autorreferiram como pretas (OR: 1,21; IC 95%: 1,20-1,23), analfabetas (OR: 1,49; IC 95%: 1,43-1,55), que não realizaram consultas durante o pré-natal (OR: 1,62; IC 95%: 1,58-1,66) ou tinham idade entre 14-20 anos (OR: 1,26; IC 95%: 1,24-1,27) ou 35-49 anos (OR: 1,11; IC 95%: 1,10- 1,13). Em relação às crianças GIG, as maiores chances foram encontradas entre os nascidos de mulheres residentes em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal baixo/muito baixo (OR: 1,23; IC95%: 1,22-1,24) e entre as mulheres mais velhas (OR: 1,31; IC95%: 1,30-1,32). No entanto, as chances de GIG diminuíram para bebês nascidos de mulheres mais jovens que compareceram a menos consultas pré-natais. A proposta de avaliação de impacto do Programa Bolsa Família (PBF) foi detalhada no protocolo de pesquisa. O protocolo seguiu as diretrizes internacionalmente reconhecidas para a realização e divulgação dos resultados de estudos de avaliação de impacto, proporcionando transparência na condução das análises de dados e maior comparabilidade dos resultados. A disponibilidade de uma coorte com uma ampla quantidade de variáveis explicativas e confundidoras possibilita avaliar o efeito do PBF no peso ao nascer, considerando a utilização de métodos baseados em escore de propensão. Conclusões: Múltiplos aspectos estiveram associados ao baixo peso ao nascer a termo, PIG e GIG, evidenciando a necessidade de se examinar de forma abrangente os mecanismos subjacentes a esses fatores. A proposta de avaliação de impacto do PBF poderá fornecer evidências para justificar o emprego de programas de transferência condicionada de renda na redução das disparidades relacionadas ao inadequado peso ao nascer. |
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