Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21547
Resumo: Os recifes de coral costeiros de Abrolhos começaram a crescer há cerca de 7.500 anos A.P., quando o mar já havia inundado a plataforma continental. Com o crescimento dos corais acompanhando a subida do nível do mar, formou-se uma estrutura rochosa que serviu de suporte para a fixação de organismos possuidores de esqueleto calcário, dando origem a uma rocha carbonática recifal, de idade holocênica, que serve de suporte para o crescimento dos organismos constituintes dos recifes atuais. Dados das idades dos corais, comparados com a história do nível relativo do mar na costa da Bahia, nos últimos 7.500 anos, revelam que os recifes cresceram acompanhando a subida do nível do mar, atingindo seu clímax à aproximadamente 5.000 anos A.P. coincidindo com a altura máxima do mar que, nesta época, estava cerca de 5 m acima do nível atual. Esta fase de subida do nível relativo do mar, durante o Holoceno, favoreceu o desenvolvimento dos recifes ao longo de todo o litoral da Bahia. Em decorrência da regressão marinha que sucedeu este nível máximo do mar, os recifes costeiros ficaram em regiões mais rasas e mais próximas da linha de costa expondo os corais à erosão e intensa radiação solar. Quando a atividade humana começou a causar impacto na Terra, começaram a ocorrer mudanças nas condições oceânicas e atmosféricas e, consequentemente, na distribuição da biodiversidade. No Brasil estão registradas várias ameaças das atividades antropogênicas sobre os recifes de coral. Em Abrolhos estas ameaças estão relacionadas particularmente à ocupação urbana na costa provocando o desmatamento das zonas ribeirinhas e o consequente aumento da sedimentação nas áreas recifais; ao uso inadequado dos recifes pelo turismo subaquático; à sobrepesca e poluição marinha. Para avaliar se os efeitos destes impactos na região dos recifes costeiros de Abrolhos provocaram mudanças na biodiversidade dos corais construtores dos recifes entre o Holoceno (7.220 a 4.530 anos cal. A.P., idade do testemunho analisado) e a fauna coralina atual, foram levantados dados da composição do testemunho e da cobertura viva dos recifes atuais. Oito espécies dos corais construtores da sequência holocênica ocorreram com percentuais variando entre 1% e 37%, sendo que duas espécies endêmicas do gênero Mussismilia e uma espécie de hidrocoral (Millepora alcicornis) constituem as espécies mais abundantes da fauna holocênica. Como componentes da fauna coralina atual foram registradas nove espécies com percentuais variando entre 1% e 45% e mais uma vez duas espécies do gênero Mussismilia predominaram. Estas evidências provam que as atividades decorrentes desde quando o Homem se tornou uma força global sobre o planeta (período Antropoceno) não estão enfraquecendo, ainda, a robusta fauna endêmica dos recifes de Abrolhos.
id UFBA-2_1d49d2be82e6f8974565fcf7892e0178
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/21547
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Vasconcelos, Mayanne Jesus OliveiraLeão , Zelinda Margarida de Andrade Nery2017-02-20T19:07:32Z2017-02-20T19:07:32Z2017-02-202014http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21547Os recifes de coral costeiros de Abrolhos começaram a crescer há cerca de 7.500 anos A.P., quando o mar já havia inundado a plataforma continental. Com o crescimento dos corais acompanhando a subida do nível do mar, formou-se uma estrutura rochosa que serviu de suporte para a fixação de organismos possuidores de esqueleto calcário, dando origem a uma rocha carbonática recifal, de idade holocênica, que serve de suporte para o crescimento dos organismos constituintes dos recifes atuais. Dados das idades dos corais, comparados com a história do nível relativo do mar na costa da Bahia, nos últimos 7.500 anos, revelam que os recifes cresceram acompanhando a subida do nível do mar, atingindo seu clímax à aproximadamente 5.000 anos A.P. coincidindo com a altura máxima do mar que, nesta época, estava cerca de 5 m acima do nível atual. Esta fase de subida do nível relativo do mar, durante o Holoceno, favoreceu o desenvolvimento dos recifes ao longo de todo o litoral da Bahia. Em decorrência da regressão marinha que sucedeu este nível máximo do mar, os recifes costeiros ficaram em regiões mais rasas e mais próximas da linha de costa expondo os corais à erosão e intensa radiação solar. Quando a atividade humana começou a causar impacto na Terra, começaram a ocorrer mudanças nas condições oceânicas e atmosféricas e, consequentemente, na distribuição da biodiversidade. No Brasil estão registradas várias ameaças das atividades antropogênicas sobre os recifes de coral. Em Abrolhos estas ameaças estão relacionadas particularmente à ocupação urbana na costa provocando o desmatamento das zonas ribeirinhas e o consequente aumento da sedimentação nas áreas recifais; ao uso inadequado dos recifes pelo turismo subaquático; à sobrepesca e poluição marinha. Para avaliar se os efeitos destes impactos na região dos recifes costeiros de Abrolhos provocaram mudanças na biodiversidade dos corais construtores dos recifes entre o Holoceno (7.220 a 4.530 anos cal. A.P., idade do testemunho analisado) e a fauna coralina atual, foram levantados dados da composição do testemunho e da cobertura viva dos recifes atuais. Oito espécies dos corais construtores da sequência holocênica ocorreram com percentuais variando entre 1% e 37%, sendo que duas espécies endêmicas do gênero Mussismilia e uma espécie de hidrocoral (Millepora alcicornis) constituem as espécies mais abundantes da fauna holocênica. Como componentes da fauna coralina atual foram registradas nove espécies com percentuais variando entre 1% e 45% e mais uma vez duas espécies do gênero Mussismilia predominaram. Estas evidências provam que as atividades decorrentes desde quando o Homem se tornou uma força global sobre o planeta (período Antropoceno) não estão enfraquecendo, ainda, a robusta fauna endêmica dos recifes de Abrolhos.ABSTRACT - The Abrolhos coastal reefs began to grow about 7,500 years B.P., when sea had inundated the continental shelf. With the growth of corals following the rise of sea level, a rocky structure was formed, which served as support for the establishment of organisms with calcareous skeletons, giving rise to a reefal carbonate rock of Holocene age,that gave support to the growth of present day reefs. Data from the age of corals, compared with the history of relative sea level along the coast of Bahia, in the last 7,500 years, reveal that reefs grew following the rising sea level, reaching its climax at approximately 5,000 years B.P., coincident with the maximum height of the sea that, at this time, was about 5 m above present level. This phase of relative sea level rise, during the Holocene, favored the development of coral reefs along the coast of Bahia. As a result of the marine regression that succeeded this maximum sea level, the coastal reefs were located in shallower areas and closest to the shoreline, exposing corals to erosion and intense solar radiation. When human activity begins to have impact on Earth, changes in oceanic and atmospheric conditions started to occur and, consequently, affected biodiversity distribution. In Brazil various threats of anthropogenic activities on coral reefs are registered. In Abrolhos these threats are related, particularly, to the urban development along the coast contributing to the deforestation and the consequent increase in sedimentation rates in the reef areas; the inadequate use of the reefs by underwater tourists; overfishing and marine pollution. In order to evaluate if the effects of these impacts on the coastal reefs of Abrolhos had caused changes in the biodiversity of the reef builder corals between the Holocene (7.220 to 4.530 cal. Years B.P., age of the studied reef core) and the present day coral fauna, data from the composition of the Holocene core was compared with the living coral coverage of present day reefs. Eight species of corals from the Holocene sequence occur with percentages varying between 1% and 37%, and two endemic species of the genus Mussismilia and a species of hidrocoral (Millepora alcicornis) constitute the most abundant species of the Holocene fauna. Nine species with percentages varying between 1% and 45% are the major components of the living fauna and, once more, two species of the genus Mussismilia predominate. These evidences prove that the activities since Man became a global force on the planet (Anthropocene period) are not, yet, weakening the robust endemic coral fauna of the Abrolhos reefs.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-20T19:07:31Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdf: 5807579 bytes, checksum: 41c4d1a3ea140e79a0c77ca7b802e443 (MD5)Made available in DSpace on 2017-02-20T19:07:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdf: 5807579 bytes, checksum: 41c4d1a3ea140e79a0c77ca7b802e443 (MD5)Geologia Marinha, Costeira e SedimentarAbrolhosRecifes de CoralBiodiversidade coralíneaHolocenoAntropocenoOs Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisInstituto de GeociênciasGeologiaPGGEOLOGIABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdfDissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdfapplication/pdf5807579https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_MayanneVasc_Jul.2014.pdf41c4d1a3ea140e79a0c77ca7b802e443MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTDissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdf.txtDissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdf.txtExtracted texttext/plain146907https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_MayanneVasc_Jul.2014.pdf.txtff6e49306ceebc56b3d7ecccaef40ed4MD53ri/215472022-03-10 14:08:47.456oai:repositorio.ufba.br:ri/21547VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-10T17:08:47Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
title Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
spellingShingle Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
Vasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira
Geologia Marinha, Costeira e Sedimentar
Abrolhos
Recifes de Coral
Biodiversidade coralínea
Holoceno
Antropoceno
title_short Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
title_full Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
title_fullStr Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
title_full_unstemmed Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
title_sort Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, Bahia
author Vasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira
author_facet Vasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leão , Zelinda Margarida de Andrade Nery
contributor_str_mv Leão , Zelinda Margarida de Andrade Nery
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Geologia Marinha, Costeira e Sedimentar
topic Geologia Marinha, Costeira e Sedimentar
Abrolhos
Recifes de Coral
Biodiversidade coralínea
Holoceno
Antropoceno
dc.subject.por.fl_str_mv Abrolhos
Recifes de Coral
Biodiversidade coralínea
Holoceno
Antropoceno
description Os recifes de coral costeiros de Abrolhos começaram a crescer há cerca de 7.500 anos A.P., quando o mar já havia inundado a plataforma continental. Com o crescimento dos corais acompanhando a subida do nível do mar, formou-se uma estrutura rochosa que serviu de suporte para a fixação de organismos possuidores de esqueleto calcário, dando origem a uma rocha carbonática recifal, de idade holocênica, que serve de suporte para o crescimento dos organismos constituintes dos recifes atuais. Dados das idades dos corais, comparados com a história do nível relativo do mar na costa da Bahia, nos últimos 7.500 anos, revelam que os recifes cresceram acompanhando a subida do nível do mar, atingindo seu clímax à aproximadamente 5.000 anos A.P. coincidindo com a altura máxima do mar que, nesta época, estava cerca de 5 m acima do nível atual. Esta fase de subida do nível relativo do mar, durante o Holoceno, favoreceu o desenvolvimento dos recifes ao longo de todo o litoral da Bahia. Em decorrência da regressão marinha que sucedeu este nível máximo do mar, os recifes costeiros ficaram em regiões mais rasas e mais próximas da linha de costa expondo os corais à erosão e intensa radiação solar. Quando a atividade humana começou a causar impacto na Terra, começaram a ocorrer mudanças nas condições oceânicas e atmosféricas e, consequentemente, na distribuição da biodiversidade. No Brasil estão registradas várias ameaças das atividades antropogênicas sobre os recifes de coral. Em Abrolhos estas ameaças estão relacionadas particularmente à ocupação urbana na costa provocando o desmatamento das zonas ribeirinhas e o consequente aumento da sedimentação nas áreas recifais; ao uso inadequado dos recifes pelo turismo subaquático; à sobrepesca e poluição marinha. Para avaliar se os efeitos destes impactos na região dos recifes costeiros de Abrolhos provocaram mudanças na biodiversidade dos corais construtores dos recifes entre o Holoceno (7.220 a 4.530 anos cal. A.P., idade do testemunho analisado) e a fauna coralina atual, foram levantados dados da composição do testemunho e da cobertura viva dos recifes atuais. Oito espécies dos corais construtores da sequência holocênica ocorreram com percentuais variando entre 1% e 37%, sendo que duas espécies endêmicas do gênero Mussismilia e uma espécie de hidrocoral (Millepora alcicornis) constituem as espécies mais abundantes da fauna holocênica. Como componentes da fauna coralina atual foram registradas nove espécies com percentuais variando entre 1% e 45% e mais uma vez duas espécies do gênero Mussismilia predominaram. Estas evidências provam que as atividades decorrentes desde quando o Homem se tornou uma força global sobre o planeta (período Antropoceno) não estão enfraquecendo, ainda, a robusta fauna endêmica dos recifes de Abrolhos.
publishDate 2014
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-02-20T19:07:32Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-02-20T19:07:32Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-02-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21547
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21547
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.publisher.program.fl_str_mv Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv PGGEOLOGIA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_MayanneVasc_Jul.2014.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21547/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_MayanneVasc_Jul.2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 41c4d1a3ea140e79a0c77ca7b802e443
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
ff6e49306ceebc56b3d7ecccaef40ed4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502600925806592