Densidade tecnológica e o cuidado humanizado em enfermagem: a realidade de dois serviços de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13108 |
Resumo: | Na conjuntura atual, é perceptível o descompasso entre os conceitos de humanização e o processo de desenvolvimento tecnológico. A tecnologia, cada vez mais determinante para aumentar a sobrevida humana e diminuição do sofrimento, afasta os profissionais do contato mais próximo com o paciente. Ambientes com alta densidade tecnológica - que apresentam grande concentração de equipamentos e instrumentais médico-hospitalares (tecnologias duras) – trazem consigo desafios ligados à qualificação, modernização e à necessidade de refletir sobre as modificações que possam ocorrer para o cuidado de enfermagem. Neste trabalho interessa discutir este último aspecto, de forma a responder a seguinte questão: como se configura o cuidado de enfermagem, tendo em vista a perspectiva da humanização em saúde, em instituições com realidades distintas em termos de densidade tecnológica? A partir desta questão, o estudo teve como objetivo comparar percepções e práticas do cuidado de enfermagem, sob a perspectiva da humanização em saúde, em dois serviços hospitalares que se distinguem por apresentar, respectivamente a seguinte configuração: baixa e alta densidade tecnológica. Um critério básico para tipificar a densidade tecnológica foi a existência ou não de monitores multiparamétricos na unidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no estudo de caso múltiplo, realizado em duas unidades hospitalares: Hospital Antônio Carlos Magalhães, em Inhambupe (BA) e Hospital do Subúrbio, em Salvador (BA). Os sujeitos foram cinquenta e um profissionais de enfermagem que atuam nas unidades assistenciais e de terapia intensiva. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada e observação direta. Os dados foram analisados e distribuídos em três categorias: percepções de enfermagem acerca do cuidado humanizado; práticas do cuidado e humanização da assistência e fatores que limitam ou que favorecem o cuidado humanizado de enfermagem. Não foram observadas, nos casos estudados, diferença significativa entre as percepções dos enfermeiros (as) e a prática, apenas mudanças de focos da dimensão ou ação do cuidado humanizado. Dentre os fatores limitantes, puderam ser notados o despreparo e insatisfação profissional, rotinas rígidas, sobrecarga de trabalho; tempo excessivo consumido em atividades gerencias e o constante barulho dos equipamentos médico hospitalares. Em contrapartida, fatores como ambientes silenciosos; melhor distribuição do tempo entre as atividades de enfermagem; estabelecimento de protocolos assistenciais; existência de programa de gratificação; adequação de horas de trabalho de enfermagem e, principalmente, programas de educação continuada são apontados como facilitadores da humanização do cuidado. Programas de educação continuada e o estabelecimento de ações gerenciais e institucionais que privilegiem a qualidade da assistência revelam-se essenciais para o incentivo à humanização, vez que o que o fator determinante para que a tecnologia desumanize o cuidado de enfermagem não é a tecnologia por si só, mas principalmente como esta opera nos contextos pessoais, institucionais e gerenciais. |
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Lima, Adeânio AlmeidaLima, Adeânio AlmeidaTrad, Leny Alves Bomfim2013-10-03T18:52:11Z2013-10-03T18:52:11Z2013http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13108Na conjuntura atual, é perceptível o descompasso entre os conceitos de humanização e o processo de desenvolvimento tecnológico. A tecnologia, cada vez mais determinante para aumentar a sobrevida humana e diminuição do sofrimento, afasta os profissionais do contato mais próximo com o paciente. Ambientes com alta densidade tecnológica - que apresentam grande concentração de equipamentos e instrumentais médico-hospitalares (tecnologias duras) – trazem consigo desafios ligados à qualificação, modernização e à necessidade de refletir sobre as modificações que possam ocorrer para o cuidado de enfermagem. Neste trabalho interessa discutir este último aspecto, de forma a responder a seguinte questão: como se configura o cuidado de enfermagem, tendo em vista a perspectiva da humanização em saúde, em instituições com realidades distintas em termos de densidade tecnológica? A partir desta questão, o estudo teve como objetivo comparar percepções e práticas do cuidado de enfermagem, sob a perspectiva da humanização em saúde, em dois serviços hospitalares que se distinguem por apresentar, respectivamente a seguinte configuração: baixa e alta densidade tecnológica. Um critério básico para tipificar a densidade tecnológica foi a existência ou não de monitores multiparamétricos na unidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no estudo de caso múltiplo, realizado em duas unidades hospitalares: Hospital Antônio Carlos Magalhães, em Inhambupe (BA) e Hospital do Subúrbio, em Salvador (BA). Os sujeitos foram cinquenta e um profissionais de enfermagem que atuam nas unidades assistenciais e de terapia intensiva. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada e observação direta. Os dados foram analisados e distribuídos em três categorias: percepções de enfermagem acerca do cuidado humanizado; práticas do cuidado e humanização da assistência e fatores que limitam ou que favorecem o cuidado humanizado de enfermagem. Não foram observadas, nos casos estudados, diferença significativa entre as percepções dos enfermeiros (as) e a prática, apenas mudanças de focos da dimensão ou ação do cuidado humanizado. Dentre os fatores limitantes, puderam ser notados o despreparo e insatisfação profissional, rotinas rígidas, sobrecarga de trabalho; tempo excessivo consumido em atividades gerencias e o constante barulho dos equipamentos médico hospitalares. Em contrapartida, fatores como ambientes silenciosos; melhor distribuição do tempo entre as atividades de enfermagem; estabelecimento de protocolos assistenciais; existência de programa de gratificação; adequação de horas de trabalho de enfermagem e, principalmente, programas de educação continuada são apontados como facilitadores da humanização do cuidado. Programas de educação continuada e o estabelecimento de ações gerenciais e institucionais que privilegiem a qualidade da assistência revelam-se essenciais para o incentivo à humanização, vez que o que o fator determinante para que a tecnologia desumanize o cuidado de enfermagem não é a tecnologia por si só, mas principalmente como esta opera nos contextos pessoais, institucionais e gerenciais.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-10-03T18:51:28Z No. of bitstreams: 1 Diss MP. 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Adeanio Almeida 2013.pdf: 761576 bytes, checksum: e6fa6de40f4407eb0e64fad35f261cd6 (MD5) Previous issue date: 2013SalvadorDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Instituto de Saúde Coletiva, como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Saúde Coletiva.Avaliação de Tecnologias em SaúdeDensidade TecnológicaHumanização da AssistênciaCuidado de EnfermagemEvaluation of Health TechnologiesTechnological DensityQuality Careursing CareDensidade tecnológica e o cuidado humanizado em enfermagem: a realidade de dois serviços de saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDiss MP. Adeanio Almeida 2013.pdfDiss MP. 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