Impacto da adoção do PSA no rastreio do câncer de próstata sobre mortalidade e estadiamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilar, Thiago Fagner Inácio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11061
Resumo: Vários trabalhos recentes tem questionado o custo-benefício do uso sistemático da dosagem do PSA no rastreio de carcinomas de próstata. Este estudo teve como objetivo a revisão sistemática da literatura para avaliar o impacto do teste de PSA sobre a mortalidade e estágio da doença. Dez artigos foram selecionados a partir de PubMed, Scopus e LILACS, e usando critérios de inclusão, exclusão e avaliação qualitativa. Dois grandes estudos randomizados, um americano e um europeu, foram selecionados para avaliar a mortalidade e três artigos para avaliar o impacto sobre o estágio clínico. Embora o estudo americano randomizado não tenha mostrado diferença entre os grupos rastreado e não rastreado, o estudo Europeu mostrou redução da mortalidade (em até 21% dos casos) no grupo rastreado. Ambos os estudos apresentaram limitações, enquanto o estudo americano mostrou a contaminação do grupo de controle pela realização do PSA, o estudo europeu utilizou alguns critérios diferentes de seleção em diferentes países ao longo dos anos. Como um exemplo, o braço Espanhol de estudo europeu mostrou aspectos contraditórios, apoiando o estudo americano. Por outro lado, corroborando o estudo europeu, estudos epidemiológicos indicam que o rastreio tem um impacto na redução da mortalidade e na detecção da doença em estágio inicial. Em conclusão, os resultados contrastantes aumentam o debate sobre o tema e impossibilita a recomendação do teste de PSA como medida de saúde pública. Entretanto esta prática tem sido amplamente usada, tal como evidenciado pela contaminação do grupo controle no estudo americano. Do nosso ponto de vista o problema não é o diagnóstico proporcionado pelo rastreio, mas a ausência de critérios precisos para distinguir carcinomas incipientes daqueles que irão evoluir para a doença disseminada. Desta forma, a melhor proposta é que os pacientes devem participar ativamente na tomada de decisão, depois de expostos aos riscos e benefícios.
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