Síndrome dos ovários policísticos: uma abordagem epidemiológica
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12838 |
Resumo: | A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a doença endócrina mais freqüente em mulheres com idade reprodutiva. Apresenta prevalência entre 2 e 15%, tendo sido estimada em 8,5% (IC 95%: 6,80-10,56) em Salvador, Brasil. Caracteriza-se por fenômenos relacionados à oligoovulação, hiperandrogenismo e subfertilidade, além de se constituir numa síndrome metabólica que predispõe à obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão e dislipidemia. O diagnóstico precoce traz consigo a chance da intervenção para a prevenção das complicações. Apesar do quadro completo de fatores de risco para a doença cardiovascular (DCV), não tem sido fácil demonstrar esta associação. Muitos trabalhos têm sido realizados com resultados desconcertantes, pois ao tempo em que apontam invariavelmente para a associação da síndrome com os fatores de risco conhecidos para DCV não mostram de forma consistente a associação com a ocorrência desses eventos. A necessidade de pesquisar mulheres com SOP que se encontrem em faixa etária de risco para as DCV leva à necessidade de identificá-las na fase de sua ocorrência, que costuma ser na pós menopausa, momento em que uma parte dos critérios diagnósticos consagrados para mulheres em idade reprodutiva já não estão presentes, ou se encontram atenuados. Outro problema encontrado são as definições e padronização de métodos utilizados para a identificação dos componentes do diagnóstico, em particular para a utilização em estudos com grandes amostras. Um dos principais marcadores da SOP é o hiperandrogenismo clínico, representado predominantemente pelo hirsutismo, que costuma ser identificado através do escore de Ferriman-Gallwey, método com grandes problemas de aplicabilidade em estudos populacionais. A patogênese da SOP é ainda incerta. Alguns dados apontam para causas genéticas, com ocorrência frequente num mesmo grupo familiar, porém até o momento, nenhum padrão de herança, gene ou grupo de genes foi associado à ocorrência da síndrome de modo consistente. Exposições precoces são também aventadas, que se iniciam na vida intrauterina, passando pelo período pós-natal, infância e adolescência, o que parece configurar um acúmulo de eventos adversos que levam à morbidade na vida adulta e apontam não só para a multicausalidade, como também para a necessidade de se apropriar da perspectiva do curso de vida como modelo teórico para dar conta da sua complexidade. A quase totalidade dos estudos sobre o tema realizados no Brasil é da área clínica, observando-se uma carência absoluta de estudos epidemiológicos nacionais. O objetivo geral desta tese foi estudar a síndrome dos ovários policísticos numa perspectiva epidemiológica, possibilitando meios para sua identificação em estudos populacionais. Os objetivos específicos indicam os artigos que compõem este trabalho: a) construir e validar instrumento simplificado para a identificação de hirsutismo; b) propor e avaliar critérios plausíveis para a identificação de mulheres com SOP na pós-menopausa e c) estudar fatores associados à SOP, reconstruindo domínios que representem as diversas fases da vida e a ocorrência de comorbidades tardias. No primeiro artigo, construiu-se e validou-se questionário simplificado e autoaplicável com quatro perguntas, para identificar o hirsutismo em mulheres acima dos 35 anos, adequado para uso em larga escala e adaptável para diversos meios de aplicação, dentre eles, a internet. No segundo artigo foram propostos critérios diagnósticos para a síndrome em mulheres na pós-menopausa e pôde-se mostrar como os fenótipos resultantes identificaram mulheres com características clínicas e bioquímicas esperadas para mulheres com SOP, validando os critérios propostos com desfechos epidemiológicos prováveis. O terceiro artigo descreveu fatores sociodemográficos, reprodutivos e metabólicos associados à SOP e como eles se comportaram em relação à ocorrência da síndrome. A população de estudo foi composta por trabalhadoras da Universidade Federal da Bahia que integram a coorte do ELSA-Brasil. Todos os artigos foram realizados com os dados transversais da linha de base, efetuada de 2008 a 2010. Com este trabalho, que é a continuidade do projeto de pesquisa epidemiológica sobre o tema, que se iniciou em 2007 com o estudo de prevalência da SOP na atenção primária de Salvador, começam a ganhar corpo dados brasileiros sobre esta parcela significativa de mulheres, que apresenta riscos particulares para doenças crônicas comuns, porém de alta morbimortalidade. |
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Fernandes, Ligia GabrielliFernandes, Ligia GabrielliAquino, Estela Maria Motta Lima Leão de2013-09-04T13:53:08Z2013-09-04T13:53:08Z2013http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12838A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a doença endócrina mais freqüente em mulheres com idade reprodutiva. Apresenta prevalência entre 2 e 15%, tendo sido estimada em 8,5% (IC 95%: 6,80-10,56) em Salvador, Brasil. Caracteriza-se por fenômenos relacionados à oligoovulação, hiperandrogenismo e subfertilidade, além de se constituir numa síndrome metabólica que predispõe à obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão e dislipidemia. O diagnóstico precoce traz consigo a chance da intervenção para a prevenção das complicações. Apesar do quadro completo de fatores de risco para a doença cardiovascular (DCV), não tem sido fácil demonstrar esta associação. Muitos trabalhos têm sido realizados com resultados desconcertantes, pois ao tempo em que apontam invariavelmente para a associação da síndrome com os fatores de risco conhecidos para DCV não mostram de forma consistente a associação com a ocorrência desses eventos. A necessidade de pesquisar mulheres com SOP que se encontrem em faixa etária de risco para as DCV leva à necessidade de identificá-las na fase de sua ocorrência, que costuma ser na pós menopausa, momento em que uma parte dos critérios diagnósticos consagrados para mulheres em idade reprodutiva já não estão presentes, ou se encontram atenuados. Outro problema encontrado são as definições e padronização de métodos utilizados para a identificação dos componentes do diagnóstico, em particular para a utilização em estudos com grandes amostras. 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No primeiro artigo, construiu-se e validou-se questionário simplificado e autoaplicável com quatro perguntas, para identificar o hirsutismo em mulheres acima dos 35 anos, adequado para uso em larga escala e adaptável para diversos meios de aplicação, dentre eles, a internet. No segundo artigo foram propostos critérios diagnósticos para a síndrome em mulheres na pós-menopausa e pôde-se mostrar como os fenótipos resultantes identificaram mulheres com características clínicas e bioquímicas esperadas para mulheres com SOP, validando os critérios propostos com desfechos epidemiológicos prováveis. O terceiro artigo descreveu fatores sociodemográficos, reprodutivos e metabólicos associados à SOP e como eles se comportaram em relação à ocorrência da síndrome. A população de estudo foi composta por trabalhadoras da Universidade Federal da Bahia que integram a coorte do ELSA-Brasil. Todos os artigos foram realizados com os dados transversais da linha de base, efetuada de 2008 a 2010. Com este trabalho, que é a continuidade do projeto de pesquisa epidemiológica sobre o tema, que se iniciou em 2007 com o estudo de prevalência da SOP na atenção primária de Salvador, começam a ganhar corpo dados brasileiros sobre esta parcela significativa de mulheres, que apresenta riscos particulares para doenças crônicas comuns, porém de alta morbimortalidade.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-09-04T13:46:01Z No. of bitstreams: 1 Tese. Ligia Gabrielli. 2013.pdf: 1026296 bytes, checksum: 89f63e16b88a791cbbe005081c01884e (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-09-04T13:53:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese. Ligia Gabrielli. 2013.pdf: 1026296 bytes, checksum: 89f63e16b88a791cbbe005081c01884e (MD5)Made available in DSpace on 2013-09-04T13:53:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese. Ligia Gabrielli. 2013.pdf: 1026296 bytes, checksum: 89f63e16b88a791cbbe005081c01884e (MD5) Previous issue date: 2013SalvadorTese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, como requesito parcial para obtenção do título de Doutor em Saúde Pública.Síndrome do Ovário PolicísticoEstudos de ValidaçãoHirsutismoResistência à InsulinaSaúde da MulherPolycystic Ovary SyndromeValidation StudiesHirsutismInsulin ResistanceWomen’s HealthSíndrome dos ovários policísticos: uma abordagem epidemiológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTese. Ligia Gabrielli. 2013.pdfTese. 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